As mudanças que ocorrem a passo de tartaruga em Washington afetaram a popularidade dos líderes políticos. Mas, no caso da BlackBerry, a tendência do governo federal a avançar lentamente oferece alguma esperança. Isso porque o governo é o maior cliente da BlackBerry e mesmo com o resto do mundo abandonando os smartphones da empresa e os trocando pelos Samsung Galaxy e iPhones, o BlackBerry, desprovido de aplicativos, continua sendo o aparelho básico em Washington.
Claro que nos últimos anos o governo reduziu suas compras de BlackBerry. Mas o abandono do aparelho vem se dando a um ritmo bem mais lento do que ocorreu com o mercado. As agências costumam firmar contratos de compra de longo prazo no caso de aparelhos móveis - às vezes de três ou mais anos - e muitos departamentos renovaram seus contratos com a BlackBerry neste ano. O que significa que agências federais como o Departamento de Estado ou a Drug Enforcement Administration (DEA) estarão fornecendo aos funcionários esses aparelhos durante anos, afirmam os analistas.
"O domínio do BlackBerry no âmbito do governo chegou ao auge em 2011, mas o aparelho ainda reina entre os smartphones usados pelo governo", disse Geoff Celhar, analista da empresa Govini, que faz pesquisas dos contratos firmados pelo governo e publicou relatório ontem sobre o acordo com a BlackBerry. "Esta área de negócios das empresas privadas com o governo é uma grande oportunidade e um trunfo na estratégia de sobrevivência ou dissolução de uma empresa."
O Departamento de Estado aumentou seus gastos com os aparelhos BlackBerry este ano. Já a DEA não alterou seu orçamento. Mesmo o Departamento da Defesa, que abriu mais sua política de compras de aparelhos para incluir smartphones Android e iPhones, adquiriu 470 mil BlackBerrys de um total de 600 mil telefones.
Nenhum comentário:
Postar um comentário