O problema começou em 1942, quando o regime de Franco decidiu se alinhar ao horário da Europa continental, num gesto de aproximação com o governo de Hitler. A mudança enterrava um acordo mundial de 1884, que estabelecia Greenwich como a base para todos os cálculos.
Agora, um informe parlamentar apresentado ontem constatou que, diante do horário adotado e da tradicional "siesta", a produtividade dos espanhóis era muito inferior à dos demais europeus. O documento, apoiado por todos os partidos, pede que o governo estude atrasar os relógios em uma hora, além de promover jornadas de trabalho das 8 às 17, como no resto do continente.
Para especialistas, a alteração nos relógios será apenas parte do esforço de impulsionar a economia. O impacto real só virá quando os hábitos das empresas mudarem, assim como os horários escolares e de programas culturais. Algumas multinacionais já começaram a implementar jornadas sem amplos intervalos no almoço.
A "siesta" passou a ser privilégio de parte da população. "Vivemos com um fuso horário alterado de forma permanente", disse Nuria Chinchilla, diretora do Centro Internacional Trabalho e Família, filiada à escola de negócios Iese, uma das mais reconhecidas na Europa.
Vejo como maior problema, não apenas os Espanhóis abandonarem a prática, mas outros locais, que abraçaram com fervor o salutar hábito da soneca após a principal refeição do dia. Lógico para aqueles que entendem o almoço como a refeição rica em proteínas, carboidratos e outros nutrientes, fundamentais à necessidade alimentar, e consequente descanso para digestão alimentar...
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