Associações de homossexuais na Itália promoveram um boicote aos produtos Barilla, uma das maiores fabricantes mundiais de macarrão. Isso porque o presidente Guido Barilla disse em entrevista a uma rádio italiana que nunca faria uma propaganda com um casal homossexual" porque prefere "a família tradicional"
"Se os gays não estiverem de acordo podem comer macarrão de outra marca. Todos estão livres para fazer o que quiserem desde que não prejudiquem os demais", acrescentou, pressionado pelo locutor, conhecido por conduzir um controverso programa satírico. Guido Barilla ressaltou ainda que "é favorável à legalização do casamento gay, mas não que possam adotar filhos".
Após as declarações, vários internautas publicaram imagens na internet em repúdio à entrevista do presidente da multinacional italiana. "Como o proprietário nos convida a comer macarrão, lançamos uma campanha de boicote", anunciou Aurelio Mancuso, presidente da Equality Italia.
A associação Arcigay aderiu ao boicote sob o lema "todos somos do mesmo macarrão", depois de criticar a publicidade tradicional da Barilla, formada por um belo casal hétero, loiros, altos, com bonitos filhos também loiros: a família perfeita... em "uma Itália que não existe", ressaltaram.
Porém, Guido Barilla se retratou e pediu desculpas por meio do Facebook oficial da empresa. "Desculpo-me por minhas declarações que provocaram mal-entendidos ou polêmicas ou se feriram a sensibilidade de algumas pessoas", declarou Guido Barilla. Barilla espera, assim, acalmar as reações provocadas em todo o mundo.
Porém, Guido Barilla se retratou e pediu desculpas por meio do Facebook oficial da empresa. "Desculpo-me por minhas declarações que provocaram mal-entendidos ou polêmicas ou se feriram a sensibilidade de algumas pessoas", declarou Guido Barilla. Barilla espera, assim, acalmar as reações provocadas em todo o mundo.
O formato de família hoje, difere muito do conceito passado. As mulheres estão fortemente no mercado de trabalho, muitas optando por deixarem uma gravidez para bem mais tarde, outras simplesmente abandonando a maternidade. Então, conceituar um grupo consumidor como tradicional, é querer pedir que as coisas caminhem no processo da manufatura básica e sociedades feudais.
Todos podem consumir produtos, sem que esses sejam voltados para um tipo de público específico, ainda mais um produto massificado como o tratado neste. Melhor o conceito pessoal de cada um ficar restrito ao íntimo, não generalizando e perdendo mercado por uma declaração meramente pessoal, sem ser empresarial...
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