Desde 1985, a mutilação é crime no Reino Unido, mas ninguém foi condenado, apesar de relatos de que imigrantes continuam fazendo isso. "A lei falha, até porque é muito difícil ter evidências. As meninas não querem contar, e os médicos vindos desses países fazem isso de forma clandestina", diz Efua Dorkenoo, da ONG Equality Now.
Nimco divulgou sua história há poucos anos, após uma amiga, também mutilada, ter sido abandonada por um namorado que não aceitou casar-se com ela por causa disso. Nimco criou então a ONG Daughters of Eve. E a vida sexual de garotas assim? Ela respira, pensa e perde um pouco a espontaneidade: "Eu aprendi, quando jovem, que o trauma assim numa mulher é essencialmente psicológico. Isso não é sobre o corpo".
Nimco divulgou sua história há poucos anos, após uma amiga, também mutilada, ter sido abandonada por um namorado que não aceitou casar-se com ela por causa disso. Nimco criou então a ONG Daughters of Eve. E a vida sexual de garotas assim? Ela respira, pensa e perde um pouco a espontaneidade: "Eu aprendi, quando jovem, que o trauma assim numa mulher é essencialmente psicológico. Isso não é sobre o corpo".
Na mesa do pub, ela lembra de dezenas de amigas que saíram do Reino Unido só para sofrer o ritual. "Eu dizia: você sabe que isso é errado? O poder do silêncio é o principal problema", lamenta. A dificuldade é convencer as meninas a contar suas histórias: "Muitas garotas que conheço crescem com isso, sabem que é ilegal, é errado e não querem falar para não legitimar. Além de quererem proteger os seus pais. Mas eu tenho que dizer: a culpa não é sua".
A maioria das mulheres submetidas à mutilação genital sofre dores e hemorragias, além do trauma psicológico. As consequências podem incluir dor crônica, diminuição do prazer sexual, dor na relação, perigos para o parto, problemas urinários e na menstruação.
A Organização Mundial da Saúde classifica quatro formas de mutilação feminina: remoção parcial ou total do clítoris; remoção parcial ou total do clítoris e dos pequenos lábios, com ou sem a retirada dos grandes lábios; infibulação (costura dos lábios genitais, com estreitamento do orifício vaginal); e intervenção, com corte e perfuração, com o propósito de estreitar a vagina.
A Organização Mundial da Saúde classifica quatro formas de mutilação feminina: remoção parcial ou total do clítoris; remoção parcial ou total do clítoris e dos pequenos lábios, com ou sem a retirada dos grandes lábios; infibulação (costura dos lábios genitais, com estreitamento do orifício vaginal); e intervenção, com corte e perfuração, com o propósito de estreitar a vagina.
Por motivos óbvios, preferi não ilustrar este material. O que de fato existe é que a mutilação genital existe em vários países, baseados num aspecto cultural que persiste por séculos. À mulher não é dado o direito ao prazer sexual. Mas isso também ocorria para homens.
Crianças tinham sua bolsa escrotal removida para não alterar o timbre de suas cordas vocais. E também o que não comentar sobre os Eunucos, que faziam a guarda dos haréns da antiga Pérsia? O respeito ao corpo e a decisão futura, compete a quem tem por ele a posse, ou seja, apenas a pessoa pode decidir sobre o que fazer, alterações, etc, desde que não envolvam riscos à saúde. Convivemos nestes tempos modernos sob a obscura mentalidade, e isso ainda vai persistir por tempos...
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