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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

02 - Intolerância e os estupros coletivos - Sociedade

CastigoGetty Images - Preconceito de familiares e conhecidos levam a episódios de violência

Os casos "não estão documentados, nem costumam ser denunciados, mas são conhecidos desde 2005", diz Maria Isabel Cedano, diretora da organização "Estudo Para a Defesa dos Direitos da Mulher" (Demus), uma ativista com 25 anos de experiência, dez deles na área do feminismo.
E uma pesquisa recente do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos e da Rede Peruana LGBT, intitulada "Informe Anual Sobre os Direitos Humanos de Pessoas Transexuais, Lésbicas, Gays e Bissexuais no Peru 2014-2015", voltou a colocar o tema em pauta. Esse documento não traz números, mas reúne testemunhos e coloca os casos em um contexto mais amplo.
"São resultado de um conjunto maior de violência, do sistema de pressão do patriarcado", destaca Maribel Reyes, secretária nacional da rede Peruana LGBT. "Essa violência se manifesta de diferentes formas, que vão desde insultos, passando pela agressão física e chegando a ameaças de estupro. O próprio termo, estupro corretivo, surgiu com esse enfoque da pressão, que diz que é preciso castigar tudo o que fuja da norma, representada pela mulher heterossexual submissa que vive à sombra de um homem." Por isso, ela não acredita que aqueles que submetem lésbicas a estes estupros acreditem que mudarão sua orientação sexual, mas o fazem como uma forma de punição.

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