Mas isso não é o mais comum, segundo especialistas. E quem encontra coragem ou formas para fazer a denúncia nem sempre encontra profissionais como os que cuidaram do caso de Montenegro. "Uma jornalista de rádio lésbica foi estuprada durante um encontro de comunicadores da região norte. Foi um caso muito grave, porque ela ficou grávida", relembra Cedano, da Demus.
"E, mesmo que ela não tenha denunciado, fizeram pouco caso dela no hotel onde ocorreu o ataque e no centro de saúde onde foi atendida. Nem sequer lhe deram um anticoncepcional de emergência ou fizeram exames para descartar o vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Tampouco lhe deram apoio psicológico."
Diante disso, a pesquisa também destaca a responsabilidade do governo para com esta realidade, porque o Peru não tem uma política nacional contra a discriminação por causa de orientação sexual ou identidade de gênero.
Também não são tipificados os crimes de ódio contra a população LGBT, apesar de terem havido iniciativas parlamentares para mudar esta realidade e organizações como a Anistia Internacional lutarem há anos por isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário