Mecanismo de controleGetty Images - Vítimas relatam terem enfretado o descaso de médicos e autoridades ao denunciar agressões
Isso também é destacado por outro estudo, "Estado de violência: diagnóstico da situação das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e queer na Lima metropolitana", referente à capital peruana e publicada em 2014 pelo coletivo Não Tenho Medo.
De acordo com o estudo, de cada dez lésbicas, 4,3 já sofreram algum tipo de violência em família. "No caso das lésbicas, 22% da violência familiar ocorre de forma sistemática", destaca a pesquisa. "E, em 75% dos casos de violência familiar, se usa a heterossexualidade obrigatória como um mecanismo de controle."
Para corrigir sua homossexualidade, segundo o estudo, "são usados o controle emocional, econômico e inclusive a ameaça de violência sexual ou morte." Quando a mãe de Shalym soube que ela é lésbica e namorava uma mulher, ela tirou o celular da filha, proibiu-a de usar as redes sociais e não a deixava sair de casa.
"Não podia nem ir ao colégio. Era vigiada o dia inteiro", conta ela no site do coletivo Não Tenho Medo. Não ameaçaram estuprá-la, mas fizeram outros tipos de pressão. "Minha família se opôs a meu relacionamento por um ano. Infernizaram minha vida e até me expulsarem de casa", relembra. "Eu era menor de idade, mas sai de casa porque minha mãe ameaçou matar a mim e a minha namorada."
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