Foi assim com C., uma lésbica cujo testemunho está nessa pesquisa mais recente. Ela estava sozinha em casa, em seu quarto, quando chegou um amigo de sua família. Alguém que "era tratado como se fosse um parente" e que tinha sua total confiança.
A porta estava aberta. Ele entrou e a estuprou. "Queria me 'curar' a força. Ele me disse que fez isso porque não era normal eu 'ser como sou' e que 'uma mulher que chora por outra não é certo'." Ela se afastou do estuprador e tentou esquecer o episódio, mas seu maior medo se materializou em fevereiro passado: ela descobriu que estava grávida.
Um caso parecido é descrito por Marxy Condori, do Movimento Lesbia de Arequipano livro "Ei, sou gay". A ativista conta que uma amiga lésbica foi estuprada por seu tio para "torná-la mulher. Sua mãe dizia que não o denunciaria porque era seu tio. E nós dizíamos a ela que, se não o denunciasse, poderia acontecer de novo, que sua família não podia pressioná-la a ficar calada."
Como no caso destas vítimas, a maioria dos episódios deste tipo de violência costuma ocorrer no círculo familiar ou de conhecidos, segundo a pesquisa.
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