O jipe robótico chinês Yutu roda pela Lua
Se o satélite Kepler nos ensinou sobre a chance de haver mais alguém lá fora, o programa espacial chinês está falando uma coisa ou duas sobre nosso destino. Mesmo sem uma Guerra Fria para impulsionar a expansão para além da órbita terrestre, os chineses mostram um plano claro e consistente de exploração e uso dos recursos naturais disponíveis na Lua e em outros corpos celestes.
Enquanto os americanos patinam na lama, sem rumo, a China mostrou que, com menos recursos, mas acompanhados de gestão estratégica, é possível tomar a dianteira da exploração. É claro que o jipe Yutu, que foi à Lua a bordo da nave Chang’e-3, ainda é bem menos sofisticado do que os que a Nasa envia a Marte — um destino muito mais difícil de atingir.
Contudo, os chineses estão revelando uma estratégia clara que culminará com o envio de astronautas à Lua na próxima década. Os americanos, em compensação, têm um programa tripulado “zumbi”, a essa altura, que está indo, mas não sabe nem onde. A proposta de capturar e visitar um asteroide não colou, e falta visão estratégica ao programa americano.
Especula-se que a chegada chinesa à Lua “desperte o gigante”, da mesma forma que aconteceu após o lançamento do Sputnik, pela União Soviética, em 1957. Se isso vai ou não ocorrer, ninguém sabe. Mas o que fica claro é que, independentemente de quem liderará o esforço, os seres humanos estão destinados a colonizar o espaço.
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