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sexta-feira, 20 de março de 2015

02 - Profissional com mais de 40 anos tem dificuldade de recolocação - Trabalho

Para o microempresário de São Caetano Walmir Camilo, 51 anos, ter um negócio próprio foi a opção diante da dificuldade de se recolocar profissionalmente. Hoje ele tem uma marcenaria. Quando tinha 47, perdeu o emprego de gerente regional de vendas com a responsabilidade de comandar 700 pessoas em uma grande companhia. Na época, ele procurou, inicialmente, empresas de recolocação.
Chegou a participar de processos seletivos, sem sucesso. Ele disse que chegou a aceitar ganhar bem menos até um quarto do que recebia antes , pensando na possibilidade de ascender profissionalmente, mas sentiu que houve desconfiança do pessoal de RH (Recursos Humanos) de que, se surgisse oferta melhor, ele sairia. Mas isso é uma regra do mercado, não significa que eu aceitaria (se aparecesse outra oportunidade), afirmou. Também não teve nenhum retorno de porque não foi escolhido.
Camilo não chegou a concluir faculdade, mas fez diversos cursos técnicos enquanto esteve empregado e adquiriu vivência na área comercial. Ele cita, no entanto, que têm gente na sua faixa etária com maior formação acadêmica, com nível superior, pós-graduação e MBA, que também enfrenta dificuldades de recolocação no mercado.
É o caso de Alberto Elias, 52. Com pós e MBA, ele trabalhou longos anos como gerente regional em multinacional atuando na área de logística e supply chain (em inglês, cadeia de fornecimento). Mudou a direção (da empresa) e fui demitido, depois de 20 anos, afirma.
Desempregado desde maio, ele sente que a idade é um fator de exclusão, em processos seletivos. E apesar de aceitar ganhar 40% do que recebia, entende que a dificuldade na concorrência com pessoas mais jovens. Graças a Deus tenho reservas, vou me dar um prazo, até fevereiro, se não acontecer (a recolocação), vou tentar empreender alguma coisa na área que eu conheço, diz.
De fato, quem já passou dos 40 anos enfrenta muita dificuldade em obter uma nova recolocação. Muitos se aventuram a empreender. Chamo de aventura, pois nem todos tem perfil para ter uma empresa. Podemos (sim, me enquadro no estudo) ter grande conhecimento, grandes atrativos para gestão, mas não aprendemos como cuidar do que é nosso. Podemos cuidar, e cuidamos muito bem do que pertence à outros. Uma alternativa é prestar consultoria, mas, isso tem aos montes. Uma conta que não fecha...

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