Ainda que seja duramente criticado por algumas correntes do feminismo, o BDSM tem o potencial para ser feminista, ou pelo menos para empoderar as mulheres que escolhem praticá-lo. “O BDSM tem a ver com o feminismo se isso te faz despir dos parâmetros alheios, se isso te faz sentir liberta, se seus limites são respeitados, se a prática te faz sentir tesão, orgulho, energia, força. Do contrário, ele não é para você e está tudo bem ser sexualmente tradicional. BDSM pode ser feminista na medida que respeita a palavra da mulher”, argumenta Divina.
No final das contas, o que realmente importa é que as mulheres se sintam bem consigo mesmas; sejam elas praticantes ou não do BDSM, que elas sempre possam escolher e ter autonomia sobre a própria vida sexual. Divina deixa uma mensagem inspiradora para aquelas que se sentem coagidas a buscar aprovação: “Espero que as mulheres não se sintam mais constrangidas e coagidas por essa ou aquela prática em busca de legitimação, inclusive de movimentos sociais e demais lideranças. BDSM é exercício lúdico, apuração do querer”.
(Os nomes são trocados, pois aqueles que praticam, o fazem sob pseudônimo)
Existem muitas práticas que são chamadas de BDSM, mas pouco ou nada se enquadram. A falsa conotação de que o "jogo" sejam práticas que envolvam sempre dor e sofrimento também são erradas. Voltando aos 50 tons de cinza, que dizem ser "água com açúcar" para iniciantes, acaba por ajudar a desmistificar quem assim faz uso.
Talvez a grande diferença é que quem o faz, deixa claro que gosta, não esconde a satisfação da situação em que se enquadra. Diferentemente de muitos casais que acabam usando a força em demasia, e neste ponto, como não houve um acordo, passa a ser encarado como violência.
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