Além de tudo, embora algumas práticas BDSM pareçam muito assustadoras, absolutamente todas as atividades precisam ser devidamente controladas e devem ser feitas somente em segurança. Por exemplo, “brincadeiras” que envolvem queimar, cortar ou chicotear o parceiro até sair sangue podem parecer incrivelmente cruéis e perigosas. Porém, essas práticas só devem acontecer nas mãos de um dominador responsável e competente, que entende perfeitamente bem não apenas como manusear os instrumentos necessários, mas também os limites do corpo humano e, ainda mais importante, os limites específicos do parceiro – que podem ser não somente físicos, mas também mentais.
Se uma pessoa não se sente confortável com uma certa situação, se tem algum trauma, ou mesmo se muda de ideia no meio da relação, o dominador deve sempre respeitar a vontade do submisso e prezar por seu bem estar acima de todas as coisas.
O ponto disso tudo é que, assim como qualquer outro tipo de relacionamento, há, obviamente, pessoas irresponsáveis e mal intencionadas no BDSM. Porém, quando praticado da maneira certa, o BDSM não se compara em nada a qualquer tipo de violência. Há uma ênfase muito grande na consensualidade e no bem estar dos participantes, seja dentro ou fora da sessão, de modo que não poderia ser mais evidente que BDSM e abuso não andam lado a lado. “O BDSM é necessariamente consensual, se lê e presta atenção nos sinais do corpo do outro a todo instante. As violências domésticas e sexuais, contra mulheres ou crianças, partem do princípio da invasão causada por alguém mais forte moralmente, hierarquicamente e, não raro, fisicamente”, pontifica Divina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário