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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Para que um peito te proteja... - Saúde/Sociedade/Comportamento


Foto: Reprodução/Facebook
A brasileira Sheyla Hershey, conhecida por ter um dos maiores seios do mundo, garante ter sido salva em um grave acidente de carro por seus implantes de silicone . Segundo reportagem do Daily News, ela estava dirigindo para buscar o marido depois de uma festa do Super Bowl, no Texas (EUA), quando perdeu o controle do veículo e bateu em uma árvore.
Os airbags de seu Ford Mustang não funcionaram, mas seus seios fizeram o trabalho de proteção. “Meus seios estão muito doloridos e com alguns arranhões, mas sei que teria sido gravemente ferida, não fosse por eles, porque eles ficam muito próximos do volante.”
Lembrando um pouco, após entrar para o Guinness Book por ter as maiores próteses de silicone nos seios e quase perder a vida por uma infecção. A modelo chegou a ter 5,5 L de silicone em cada mama e, por conta do risco de vida que correu, passou um ano e meio sem nenhuma prótese nos seios. Infeliz por perder a característica que a tornou famosa, Sheyla disse que pensou em suicídio. "Eu quis morrer, fiquei internada em uma clinica psiquiátrica por três meses. Ficaram me dando remédios, me dopando. As pessoas somente me procuravam pelo peito. Quando me ligavam para alguma matéria ou programa, eu dizia que estava sem os peitos, me falavam para deixar para quando eu os colocasse de volta", comentou.
Sheyla Hershey reimplantou silicone nos seios. Foto: DivulgaçãoO vício em cirurgia plástica fez Sheyla passar por 40 intervenções, sendo 19 somente nos peitos. A TV americana ficou curiosa por sua obsessão e lhe deu um reality show, acompanhando todas as modificações que a brasileira decidia fazer. Em sua última operação, quando implantou 5,5 L em cada mama, Sheyla sofreu uma contaminação por ter viajado muito rapidamente para os Estados Unidos. "O médico havia recomendado 15 dias de descanso, mas não obedeci. A infecção não foi culpa de nenhum médico", declarou.
Ao chegar nos Estados Unidos, Sheyla passou a sentir fortes dores nos braços e no estômago, além de ter crises de diarreia. Ao procurar ajuda médica, a brasileira foi recusada por diversos profissionais, pelo fato de o implante dos silicones ter sido feito em outro país.
Por isso que digo, tem coisas que precisa ter peito, outras, apenas algumas próteses...

Sheyla Hershey reimplantou silicone nos seios
Foto: Divulgação

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Pornoest (clone do Pinterest) - Tecnologia/Economia

Comentei do modelo de negócio da rede social para organizar e compartilhar imagens da web, o Pinterest já começa a dar origem aos seus primeiros clones. E alguns deles, acreditem, para conteúdo pornô. O Pornterest possui o mesmo visual do Pinterest, mas, em vez de imagens inocentes de quadros e vestidos, ele recebe fotos e vídeos de garotas nuas fazendo sexo. Até o logo é plagiado do original. Mesma proposta tem o Snatchly, que pelo menos se deu ao trabalhar criar uma nova logomarca.
De acordo com um levantamento do serviço App Data divulgado pelo Techcrunch, 97,8% dos fãs do Pinterest no Facebook são mulheres – isso poderia explicar o surgimento dos clones de conteúdo erótico. Além dos citados, o russo Pin.me e o alemão Pinspire também copiam claramente a proposta do serviço americano. Stylepin e Thinng também o fazem sem ao menos diferenciar o idioma.
De acordo com um post publicado pelo blog especializado Mashable, o design em colunas do Pinterest pode estar traçando um novo padrão para as interfaces da web. “Ele coloca a bola de volta nas mãos do usuários”, afirmou o webdesigner Andrew Beck, da agência Blue Fountain Media.
Lançado em março 2010, o Pinterest já é oitava rede social mais utilizada nos Estados Unidos, com 4,8 milhões de usuários. No mundo todo, são cerca de 10 milhões. O serviço levou o prêmio The Crunchies Award como melhor nova startup. Também foi listado pela revista Time como um dos 50 melhores sites de 2011.
Definitivamente, preciso "pesquisar" mais na internet (sem ninguém do lado vendo pois tenho vergonha..).


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Pinterest - Tecnologia


Preciso me atualizar um pouco mais, acho que estou me tornando "defasado". Existe o Pinterest, uma nova Rede Social (mais uma), que se propõe a coletar e organizar ilustrações e imagens da internet.
Quando foi criada em 2010 até maio de 2011, conseguiu reunir pouco mais de 400 mil usuários (não é um número para se desprezar). Após 8 meses, o número bate quase na casa dos 12 milhões, 4 milhões apenas nos Estados Unidos.
pinterest-600-275x171 (Foto: pinterest-600-275x171)De acordo com um estudo promovido pelo blog Sharseaholic, a rede social Pinterest bateu o YouTube, o Reddit, o Google +, o LinkedIn e o MySpace na porcentagem total de tráfego de referência, durante o mês de janeiro.  O site de relacionamento contabilizou 3,6% do tráfego de referência, enquanto o Twitter ficou apenas um centésimo à frente, com 3,61%. A pesquisa, sobretudo, aponta um rápido crescimento da rede. Em julho de 2011, o Pinterest representava apenas 0,17% do tráfego.
 O Facebook permanece como líder, respondendo por mais de um quarto (26,4%) do tráfego, dos quais 4,3% vêm do Facebook Mobile (versão móvel do Facebook). Depois do Pinterest, é o Facebook que experimenta o maior crescimento no seu tráfego de referência, ganhando quase um ponto percentual em dezembro.
 O YouTube também viu mais tráfego de referência em janeiro do que em dezembro, passando de 0,98% para 1,05%. O Shareaholic sugere que o vídeo “Sh*t Girls Say” pode explicar este aumento de referências. Apesar da maior integração do Google+ + com produtos do Google, a rede social perdeu um pouco de tráfego em janeiro, uma queda de 0,24% de encaminhamentos para 0,22%. O Google - abrangendo pesquisa, notícias, imagens e Gmail - também teve um declínio, foi de 3,69% para 3,62% no mês passado. O modelo de negócio é que parece que não possui muita sustentação, pois eles obtém receita com um programa de afiliados. Produtos exibidos no site, são direcionados por links, que o usuário pode efetuar uma compra. Poucos são os que ficam compartilhando imagens de produtos, então a receita que é bom...

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A morte de um notebook.. - Tecnologia


Tem coisas que só acontecem em filmes, mas esse é um filme, só que real. Desapontado ao descobrir que sua filha fez injustas reclamações sobre seus pais e madrasta no Facebook, um pai norte-americano não teve dúvidas: deu nove tiros no laptop da moçoila. E não são projéteis comuns, mas nove balas “dum dum”, daquelas que explodem no impacto. Tudo documentado num vídeo endereçado à filha e publicado no YouTube.
A filha de Tommy Jordan, de nome Hanna, cansada de ser “explorada” pelos pais com tarefas domésticas, postou no Facebook um protesto público, desrespeitoso e cheio de palavrões, a respeito do “trabalho escravo” a que os pais a obrigam diariamente. A adolescente bloqueou o pai, a mãe e a madrasta para que não lessem a mensagem.
Jordan é diretor da empresa de TI Twisted Networx e, enquanto gastava cerca de meio dia e US$ 130 para fazer um upgrade no notebook da filha, descobriu a mensagem. Como reação, atirou no notebook da garota. A atitude pode parecer drástica, mas Jordan explica que Hanna já havia feito isso antes, ficou três meses de castigo e, pelo visto, não entendeu o recado. Jordan ainda conta que os “trabalhos forçados” a que Hanna é submetida incluem apenas fazer sua cama de manhã, ir à escola e lavar sua própria roupa, entre outros serviços menores.
O bacana é que, não contente em apenas deixá-la de castigo (“até arranjar um emprego e sair de casa”, segundo Jordan), o irritado pai fuzilou o notebook com sua pistola .45 e filmou tudo. Ele teve apoio maciço de pais e filhos por toda a internet em terras do Tio Sam.
Jordan ainda arremata com um “você não precisa mais se preocupar com um notebook novo, ou uma máquina fotográfica nova, ou um celular novo, porque você realmente não vai usar nenhum deles – até, provavelmente, a faculdade”. E que, se ela reclama de vida dura, a vida dela agora vai ser realmente dura.
“Você não vai ver isso porque não tem computador. Mas eu vou postar este vídeo no seu mural do Facebook, para os seus amigos verem”. E, após dar os tiros, finaliza o vídeo: “Daqui a alguns anos, quando você não estiver mais de castigo, talvez você tenha um laptop novo. Mas seu próximo computador quem vai comprar é você. Isso depois de pagar os US$ 130 que me deve”.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Kodak tentando... - Economia/Tecnologia

A Kodak, empresa que inventou a câmera digital há mais de três décadas, anunciou dia 9 que deixará de fabricá-las no meio do ano para se concentrar no negócio da impressão fotográfica, como parte de seu processo de reestruturação desde que declarou moratória no mês passado. A lendária empresa com sede em Rochester (Nova York) abandonará totalmente um negócio que inclui a fabricação de câmeras digitais, filmadoras de bolso e porta-retratos digitais, mas tentará conceder licenças para que outras empresas fabriquem esses dispositivos com seu logotipo.
Dessa forma, a Kodak deixa de produzir câmeras digitais, que foram inventadas justamente por um de seus engenheiros, Steven Sasson, em 1975. Entretanto, a empresa não conseguiu aproveitar desta invenção com medo de prejudicar seu principal negócio: a venda de filmes. "Faz tempo que a estratégia da Kodak é melhorar as margens no negócio de dispositivos de captura de imagens ao reduzir nossa participação em termos de produção", disse o diretor de marketing da empresa, Pradeep Jotwani, que classificou a decisão anunciada nesta quinta-feira como uma "extensão lógica" desse processo.
Quando a icônica empresa fotográfica se desfizer completamente de seu negócio de câmeras digitais, deve poupar anualmente cerca de US$ 100 milhões, enquanto prevê que este processo represente um custo de US$ 30 milhões. A empresa, que não especificou o número de demitidos que esta decisão pode envolver, se centrará no negócio da impressão de fotografias tanto através da internet como em estabelecimentos comerciais, assim como na fabricação de impressoras de injeção de tinta, onde vê maiores oportunidades.
O anúncio faz parte do processo de reestruturação no qual está imersa a companhia, que declarou moratória em 19 de janeiro atingida por uma dívida que chega aos US$ 6,8 bilhões, enquanto seus ativos se situam nos US$ 5,1 bilhões. A empresa fundada há cerca de 130 anos por George Eastman tinha anotado três anos fiscais consecutivos de perdas e segundo as últimas contas publicadas em novembro, perdeu US$ 647 milhões nos primeiros nove meses de 2011, sete vezes mais que no mesmo período de 2010.
Após sua moratória, a Bolsa de Nova York (NYSE) decidiu expulsar a Kodak do mercado, no qual estava cotada há mais de um século, por isso que suas ações são negociadas nos mercados secundários. Pouco antes da jornada regular em Wall Street, os títulos da Kodak ganhavam 1,53% para serem trocados por 43 centavos nos mercados OTC ('over the counter'), onde eram negociados os títulos de empresas sem supervisão oficial.
Mas ícones mudam. Outra gigante, a IBM abandonou a alguns anos a fabricação de computadores pessoais, dedicando sua inteligência para o segmento corporativo, transferindo para a Lenovo, uma empresa asiática, os direitos (recebendo obviamente royalties). É preciso se re-inventar, e no caso da Kodak, houve morosidade. A Apple se continuasse insistindo na fabricação dos processadores, em conjunto com a Motorola, sem poder ter aplicativos de terceiros, estaria fadada a derrocada.
Assim segue a economia, onde até gigantes se curvam. Será que algum dia a Coca-Cola terá problemas???

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Impressora 3D -Tecnologia/Saúde


Mandíbula
Uma prótese de mandíbula inferior fabricada por uma impressora 3D foi implantada no rosto de uma mulher de 83 anos. Especialistas envolvidos dizem que esta foi a primeira operação desse tipo já realizada.
O transplante foi feito em junho último na Holanda, mas só agora foi tornado público. A prótese foi fabricada com pó de titânio aquecido e fundido por um laser, uma camada de cada vez.
A equipe disse que o sucesso da operação abre caminho para a impressão – embora em um futuro distante – de órgãos humanos para transplantes. A cirurgia foi resultado de estudos realizados no Biomedical Research Institute da Hasselt University, na Bélgica, e o implante foi construído pela empresa belga LayerWise – especializada em manufaturar artefatos de metal. A paciente que recebeu a prótese tinha desenvolvido uma infecção óssea crônica. Os médicos acreditavam que uma cirurgia de reconstrução seria arriscada por causa da idade da mulher, por isso optaram pela nova tecnologia.
A prótese, feita sob medida, é complexa. Ela tem juntas articuladas, cavidades para incentivar a formação de conexões com os músculos e sulcos para direcionar o crescimento dos nervos e veias.
Um vez desenhada, no entanto, foram necessárias algumas poucas horas para que fosse impressa. "Assim que recebemos o desenho digital em 3D, a peça foi dividida automaticamente em camadas bidimensionais, depois enviamos as diferentes partes para a máquina impressora", disse Ruben Wauthle, engenheiro de aplicações médicas da LayerWise. "(A máquina) usou um raio laser para derreter várias camadas finas de pó de titânio para formar a peça. Foram necessárias 33 camadas para construir 1 mm de altura, então você pode imaginar, milhares de camadas foram necessárias para construir essa mandíbula."
Uma vez completada, a prótese foi coberta com uma camada de biocerâmica. A equipe disse que a cirurgia para conectar a mandíbula à face da paciente demorou quatro horas, um quinto do tempo necessário para uma operação tradicional de reconstrução do osso. Pouco depois de acordar da anestesia, a paciente disse algumas palavras. Um dia depois, ela já era capaz de engolir, informou Jules Poukens, da Hasselt University, líder da equipe de cirurgiões. "O novo tratamento é primeiro no mundo porque trata-se do primeiro implante específico para um determinado paciente em que toda a mandíbula inferior é substituída, explicou."
A nova mandíbula pesa 107g, um terço a mais do que o osso original. Os médicos acreditam, no entanto, que a mulher não terá problemas para se adaptar ao peso maior. Uma nova cirurgia está marcada para o final do mês, quando a equipe vai retirar peças inseridas em buracos feitos na superfície da prótese com o objetivo de auxiliar a cicatrização. Durante essa operação, uma ponte com furos será acoplada à prótese. Nela, serão parafusados dentes falsos.
A equipe disse esperar que técnicas semelhantes se tornem comuns com o passar dos anos. "As vantagens são que o tempo de cirurgia diminui, porque o implante se encaixa perfeitamente no paciente" , disse Wauthle. “O tempo de hospitalização também diminui e tudo isso reduz os custos médicos.”
Pode-se manufaturar partes que não podem ser criadas usando qualquer outra tecnologia. Por exemplo, pode imprimir estruturas porosas de titânio que permitem o crescimento do osso internamente e (permitem também) uma fixação melhor do implante, o que lhe dá uma vida mais longa.
A pesquisa belga sucede um outro projeto, feito no ano passado na Washington State University, nos Estados Unidos. Nele, engenheiros demonstraram como andaimes de cerâmica criados por impressoras 3D poderiam ser usados para auxiliar o crescimento de tecido ósseo.
Os pesquisadores disseram que experimentos feitos em animais indicam que a técnica poderia ser usada em humanos nas próximas duas décadas. A fabricante de artefatos de metal LayerWise acredita que os dois projetos demonstram muito superficialmente o imenso potencial médico da impressão em 3D.
Wauthle disse que o objetivo final é imprimir órgãos do corpo humano, prontos para o transplante. Ele advertiu, no entanto, que não estaremos vivos para testemunhar avanços como esses. "Ainda há grandes problemas biológicos e químicos a ser resolvidos", disse o médico. "No momento, usamos o pó de metal para imprimir. Para imprimir tecido orgânico e ossos você precisaria de material orgânico para dar a ‘liga’. Tecnicamente, poderia ser possível – mas ainda falta muito para chegarmos lá".
Blade Runner já experimentava coisas assim...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carnaval da vergonha II - Sociedade

Rosas de Ouro estava em segundo lugar, seguida pela Vai-Vai. Camisa Verde e Branco e Pérola Negra seriam rebaixadas ao Grupo de Acesso.
Os presidentes das escolas de samba de São Paulo estavam reunidos no Anhembi no início da noite desta terça-feira (21) para resolver o que seria feito após a confusão no Sambódromo. A apuração do resultado do carnaval do Grupo Especial de São Paulo foi interrompida após um torcedor invadir a área onde ocorria a leitura das notas e rasgar os envelopes com a pontuação de dois últimos jurados no quesito comissão de frente.
O regulamento da liga das escolas de samba diz que será eliminada da disputa, e expulsa da liga, a escola que tiver qualquer membro ou dirigente com comportamento inadequado, seja na concentração, dispersão, durante o desfile ou na apuração. A Escola Mocidade Alegre tinha a maior pontuação entre as 13 escolas do Grupo Especial quando o anúncio das notas foi interrompido. A agremiação estava com 160 pontos e se recebesse mais uma nota dez, entre as duas restantes, seria campeã.
Paulo Sérgio Ferreira, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, afirmou que "tem escola que não sabe perder". "O jogo é jogado, a regra é clara. A escola vem na avenida, canta o samba errado e depois quer tirar o julgador de samba-enredo. Vamos ver se tem possibilidade de levantar as duas notas que faltam, se não tiver, vai se manter o resultado que se mantém até agora", afirmou o dirigente logo após a confusão que se estabeleceu durante a apuração no sambódromo do Anhembi, Zona Norte de São Paulo, na tarde desta terça-feira (21).
Ao final da apuração, quando faltavam apenas duas notas para serem divulgadas do último quesito, um integrante da escola Império da Casa Verde pulou a grade que separa a área entre os integrantes das escolas e a Liga. O homem chegou a roubar as notas que estavam sendo lidas e as rasgou. A escola estava até então em 11º lugar, ou seja, não estava sendo rebaixada - são 14 escolas e as duas últimas caem para o Grupo de Acesso.
Carro alegórico da escola Pérola Negra pegou fogo durante confusão na apuração dos desfiles das escolas de samba de São Paulo. (Foto: Bruno Azevedo/G1)

Torcedores jogaram cadeiras próximas da grade de proteção, que separava o público dos organizadores. Depois, o grupo saiu do sambódromo e ocupou a área da Marginal Tiête, seguindo em direção à Casa Verde. Pouco tempo depois integrantes da escola Gaviões da Fiel também invadiram a área. Mais tarde, carros alegóricos foram queimados. Um deles da Pérola Negra. A Mocidade Alegre liderava a disputa e precisava apenas de mais uma nota dez para ser considerada a campeã do carnaval paulista em 2012. A escola da Zona Verde já venceu por sete vezes.
Buscamos fazer frente à dita manifestação popular que bem dita ano passado, de popular não tem nada. Hoje temos bandos, oriundos de torcidas que se dizem organizadas, apenas para promover discórdia, agressão, arruaça. Se a polícia faz uma atuação contundente, podem ser acusados de agressores de pobres torcedores que estavam representando uma agremiação.
Gosto de futebol, mas tem anos que não reúno coragem de assistir um jogo no estádio, pois sei que irei me deparar com esses "torcedores". Escolas de samba, ao menos em São Paulo, acabam representando três grandes clubes de futebol, onde evita-se ao máximo o encontro pois o conflito é certeiro.
O Carnaval, como manifestação popular, se voltar às suas origens, talvez se volte para o povo, mas perderá o luxo e ostentação e deixará de render trocados a poucos que cultuam a hipocrisia da "festa". Devemos pensar um pouco no negócio como negócio, não com a visão romântica e ultrapassada que se perdeu faz tempo..
O Carnaval, como muitos propõe deixou de ser festa popular, e se tornou popularesco, algo que o povo apoia sem saber, massa de manobra, assim como agem os políticos. Seriam eles alguns dos integrantes das ditas "Escolas de Samba"? Pois é, eu gostava tanto disso, perdeu o encanto com quem está no comando, quem sabe se houver mudanças e banimentos mesmo...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval da vergonha I - Sociedade

Dizem meias verdades e acreditamos. Uma de que o carnaval é uma festa legitimamente brasileira. Outra é que o povo de São Paulo consegue fazer uma festa à altura dos cariocas...
Um tumulto durante a reta final da leitura das notas das escolas de samba do Carnaval de São Paulo nesta terça-feira (21) interrompeu a apuração do resultado da campeão de 2012. Um homem invadiu a área restrita dos jurados e rasgou os envelopes que continham as notas dos jurados. Depois de terem sido dispersados pela polícia, manifestantes tomaram as pistas da Marginal Tietê.
No momento da confusão, a Mocidade Alegre estava a apenas uma nota 10 do título, enquanto que as escolas Camisa Verde e Pérola Negra seriam rebaixadas. Nenhuma agremaição foi nomeada campeã. Mais de meia-hora depois do incidente, houve um incêndio nos carros alegóricos da Pérola Negra que estavam no pátio do Sambódromo. Irritado, Edilson Casal, presidente da escola, afirmou que faria o mesmo com os carros de outras escolas. "Queimaram o meu, agora vou queimar o dos outros."
Minutos após a confusão, o presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) Paulo Sérgio Ferreira chegou a dizer que a apuração continuaria de onde parou. A presidente da Mocidade Alegre, Solange Bichara Rezende, disse que o tumulto não é com a escola de samba. "Os outros presidentes e diretores das outras escolas me ligaram para parabenizar", disse ela. "A questão é como foi feita a escolha dos jurados este ano."
Em 2012, a seleção para jurados de Carnaval sofreu mudanças. Foi aberto concurso público para o cargo, o que causou a insatisfação de alguns membros de escola de samba. Antes do início da apuração, houve uma reunião entre os diretores das escolas para discutir a substituição de última hora de um jurado, que teria se sentido mal às vésperas da primeira noite de desfiles, sexta-feira. A mundaça desagradou alguns diretores, mas o consenso ao final da reunião foi de que as notas do jurado substituo não seriam descartados. A apuração começou com cerca de vinte minutos de atraso.
Segundo a Polícia Militar, não havia informações sobre prisões ou se alguém foi hospitalizado. Também de acordo com a PM, os torcedores da Gaviões da Fiel foram retirados do local e caminharam para a pista local da marginal Tietê até a quadra da escola, que fica perto do Sambódromo. A pista já estava interditada pela CET na altura do Anhembi para a apuração. O trânsito no local, que estava sendo monitorado pela tropa de choque da PM. No momento do tumulto, a apuração estava em seu último quesito, Comissão de Frente. Se recebesse mais dez pontos, a Mocidade Alegre seria consagrada campeã, sem chances de ser ultrapassada no resultado final.
Sabemos fazer festa em São Paulo? Não enquanto as ditas escolas de samba que perderam a essência popular e se transformaram num grande negócio, onde dinheiro é descaradamente lavado e projeta alguns políticos e outras ditas personalidades, deixaram o povo de lado. (continua)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A origem das listras nas zebras... - Ciência

Pesquisadores húngaros e suecos fizeram um estudo insólito que culminou em uma boa hipótese sobre a função das listras da zebra. De acordo com a equipe, a padronagem seria um antídoto contra o ataque de parasitas, já que zebras atraem menos moscas que cavalos de pelagem preta, marrom ou branca.
A curiosidade em relação às listras das zebras surgiu em estudos anteriores, onde a equipe de pesquisadores mostrou que o pelo branco não reflete a luz polarizada da mesma maneira que o pelo marrom ou preto -- e por isso, os cavalos brancos sofriam menos com os ataques dos insetos. (A cor escura dos cavalos reflete luz da mesma maneira que poças d'água, onde as moscas se reproduzem.) A partir daí, a equipe passou a especular que como as moscas reagiriam às listras das zebras.
“Nós passamos a levar em consideração a possibilidade de que as zebras desenvolveram suas listras como resposta aos ataques de moscas parasitas”, disse ao iG Susanne Åkesson, da Universidade de Lund, na Suécia e uma das autoras do estudo publicado no periódico científico Journal of Experimental Biology.
Para chegar a esta conclusão, foram realizados seis estudos de campo, em fazendas nos arredores de Budapeste, que sofriam com infestações de moscas. O estudo, porém, não usou zebras de verdade. Os experimentos foram realizados em modelos, como bonecos e telas pintadas que mimetizavam as zebras. A equipe testou o coeficiente de atração de listras em preto-branco pela variação de largura, densidade e ângulo das listras e a direção da polarização da luz refletida. As moscas atraídas ficavam presas ao óleo e a cola colocada nos modelos, e assim a equipe pode medir havia menos moscas conforme o padrão de listras ficava mais fino.
De acordo com a pesquisadora, por mais estranho que pareça, os resultados podem ser aplicados em outros animais. “Nosso trabalho pode ser aplicado em qualquer outro mamífero de pelo curto e com coloração diferenciada. As características opticas de reflexão da luz podem ser aplicadas em qualquer mamífero de pelo curto. Aconteceu de trabalharmos com cavalos pois já havíamos estudados previamente e continuamos com zebras por elas terem um padrão de pelagem tão peculiar”.
Como fica agora a Loteria Esportiva, pois a Zebra não tinha como se explicar, agora só pode haver resultados estudados e evoluídos...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica X - Sociedade


Foto: Arquivo pessoalDe acordo com Lisa Williams, fundadora da Living Water for Girls, a maior parte das meninas chega a sua organização depois terem sido presas pela polícia ou resgatas pelos pais. "Comecei este projeto depois que vi um artigo num jornal local sobre uma menina de 10 anos que estava sendo acusada de prostituição, juntamente com sua irmã de 11 anos. Elas foram encontradas com algemas em seus tornozelos", diz.
"Elas eram vítimas e estavam sendo acusadas como se fossem criminosas. Fiquei indignada." A oferta de sexo é considerada crime em todo o território americano, exceto no Estado de Nevada. Em 2008, Williams, que é ex-militar, arrecadou recursos para comprar uma casa onde as adolescentes recebem tratamento médico e psicológico, além de aulas, pelo período de até um ano.
"Se as colocamos de volta em um sistema educacional onde não tem ninguém que possa acompanhá-las ou olhar por elas, muitas vezes elas voltam para o cafetão. Elas precisam se fortalecer e entender que isso não deve ser uma opção." Ao voltarem para suas famílias, para a escola ou para a universidade, as garotas são acompanhadas por voluntárias da organização. A maior parte das mentoras são mulheres que também foram vítimas de tráfico sexual, como Sara.
Sara conseguiu escapar da prostuição forçada e é mentora de adolescentes em recuperação. "Quando voltei para casa, lutei por meses contra minha depressão. Como eu tinha concluído o ensino fundamental, tentei entrar na Universidade. Passei a frequentar a igreja também, foram as primeiras coisas que eu fiz", diz ela. "Quero fazer com as meninas as coisas que eu queria que alguém tivesse feito comigo quando eu saí da vida, como me levar ao cinema ou a um parque, onde você se lembra o que é se divertir e ser jovem. Fazer com que elas entendam que são especiais e não tenham medo de viver."
Dez anos depois de ter escapado da prostituição, Sara tornou-se diretora de marketing em uma empresa e vê regularmente o seu filho. Depois de conseguir sua independência financeira, ela se casou com um namorado que conheceu na igreja. "Quando eu falei com as meninas pela primeira vez elas ficaram muito emocionadas de ver que uma pessoa como elas que estava do outro lado, que eu consegui", relembra.
Este é o último material da série sobre o tema, apesar de ser algo forte, procurei tentar colher vários aspectos. O que fica evidente, é que a falta de orientação da família é fundamental na escolha dos caminhos.
Não se pode simplesmente jogar culpa no sistema, onde o dinheiro fala mais alto. Mas muitas fazem por opção inicialmente, depois as consequências são observadas, e viram estatísticas jornalísticas...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica IX - Sociedade

Na ONG Living Water for Girls, que atua na Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, Sara, hoje com 31 anos, acompanha o progresso de meninas de 12 a 17 anos que tentam retornar à vida normal. Ela entrou em contato com a organização no início de 2011, depois de ser chamada para participar de um debate com a fundadora da organização, Lisa Williams, em uma rádio local. "Eu nunca tinha falado abertamente da minha história antes, porque não acreditava que era uma vítima. Só ao falar com Lisa consegui admitir publicamente que fui sequestrada, ameaçada e forçada a me prostituir com uma arma, achava que ninguém acreditaria em mim quando dissesse que fui forçada, porque isso aconteceu comigo quando eu já tinha 20 anos."
Em 2000, Sara tinha acabado de deixar seu filho na casa do ex-namorado e andava em direção à parada de metrô, quando um senhor de idade parou em um carro ao seu lado oferecendo carona. Durante o trajeto, o homem disse que precisava fazer uma parada e convidou para entrar em uma casa próxima ao metrô. Lá dentro, ele a deixou sozinha e pouco depois, outro homem apareceu.
"Eu não tinha medo do primeiro homem porque ele era mais velho, mas sabia que com o segundo, que era mais alto e musculoso, eu não conseguiria lutar. Ele me disse onde o pai do meu filho morava, o que ele fazia e disse que os machucaria. Depois descobri que aquela era uma rua em que havia muitas meninas viciadas em drogas que se prostituíam. O homem mais velho era o recrutador do cafetão, esse era o método que eles usavam. Ele disse que sabia que eu era maior de 18 anos – até hoje não sei como ele sabia."
Ela foi forçada a viajar com o cafetão para se prostituir. Ele a levava de volta para casa periodicamente para visitar sua família, para que ninguém suspeitasse e alertasse a polícia. "Na primeira vez em que viajei com ele, ele me prometeu que voltaria para casa depois do fim de semana, se ganhasse cerca de US$ 4 mil. Só voltei três semanas depois", diz.
Ao pai dela, com quem morava, e ao ex-namorado, ela dizia que tinha um trabalho para o qual precisava viajar. "O pai do meu filho perguntava o que eu estava fazendo e eu tinha tanta vergonha que não conseguia contar a ele. O cafetão me esperava no carro com uma arma durante as visitas."
Depois de cerca de um ano trabalhando como prostituta, Sara conseguiu se desvencilhar do cafetão, depois de engravidar dele e fazer um aborto sem que ele soubesse. "Quando ele descobriu, me bateu muito e só parou porque outras pessoas o alertaram que a polícia poderia aparecer. Eu pensei que ia morrer e rezei pela primeira vez ", diz ela.
Para escapar, ela passou a trabalhar para traficantes de drogas e chegou a entrar em brigas com outros grupos de prostitutas forçada pelos traficantes. Em um destes combates, uma troca de tiros que deixou mortos atraiu a atenção da polícia, que acabou por prendê-los, deixando Sara e as outras garotas do grupo independentes. Sem ter para onde ir, elas continuaram se prostituindo juntas.
"As meninas haviam se tornado minha família. Se não fosse Deus, eu certamente passaria de vítima a vitimizadora. Eu poderia facilmente ter me tornado a cafetina, que é algo que acontece com muitas mulheres depois que o cafetão sai de cena." Em julho de 2011, Sara escapou do lugar onde vivia com as outras garotas e voltou para a casa do pai.
Segundo o Departamento de Justiça americano, cerca de 200 mil crianças estão expostas a situações de exploração sexual no país. A idade média com que as meninas são recrutadas pela indústria da prostituição é de 13 anos.
Lisa Williams recebe uma adolescente. Foto: Arquivo Living Water for Girls

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica VIII - Sociedade


(e por aqui???) Para a Apramp, que trabalha há 26 anos na reintegração de mulheres, o Brasil é um caso especial por ser o principal abastecedor do mercado de prostituição na Europa. A ONG fez até um relatório sobre a situação das brasileiras, detectando que são as prostitutas com mais circulação nos prostíbulos europeus. São revendidas em média a cada 21 dias e quase sempre dentro do mesmo país.

Segundo a pesquisa, as brasileiras exploradas por máfias têm entre 20 e 45 anos, nível sócio-econômico baixo e filhos deixados no Brasil. Geralmente, entram com vistos de turistas através de Portugal, Espanha, França, Suíça e Holanda. São cooptadas nas cidades de origem por conhecidos, sendo Goiânia o maior foco de aliciamento.
Na Espanha, organizações oferecem a vítimas casa, tratamento médico e psicológico, apoio jurídico, formação profissional e ajuda para encontrar trabalho.A legislação espanhola sobre tráfico de seres humanos prevê pena de dois a 10 anos de cadeia. As vítimas têm direito à proteção em caso de denunciar os exploradores. Se não quiserem, normalmente, são deportadas por infringir a lei de imigração.
Apesar disso, que muitas são levadas a fazer uso do corpo e se venderem, muitas vivendo como escravas, o que fica cada vez mais evidente, é que as promessas do trabalho fácil e morar na Europa, é o sonho de muitas sem grandes perspectivas econômicas. Mas será que de fato elas não sabem o que irão fazer por aquelas terras?
No caso da prostituição masculina, existem muitos que povoam as ruas das cidades italianas, oferecendo seus préstimos físicos, alguns com grande quantidade de silicone e hormônios...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica VII - Sociedade

Em entrevista à BBC Brasil, Matei, especialista no assunto e autora do livro: En Venta: Mariana, 15 años (À venda: Mariana, 15 anos, em tradução literal), disse que cada vez há mais menores aliciadas pelas redes, muitas vendidas pelas próprias famílias e namorados. 
Livro narra episódios reais sobre tráfico sexual. ''Muitas meninas são reticentes em denunciar seus exploradores porque os identificam como amantes e lhes custa aceitar que sejam presos como marginais.''
Para a escritora, a revenda de mulheres é um delito “relativamente fácil de se cometer” pela falta de controle judicial sobre o que ocorre nos bordéis, “muitas vezes com a cumplicidade de autoridades, porque também há muita corrupção neste tema”. O aumento do comércio, segundo ela, vem acontecendo pela relação cada vez maior de máfias de tráfico de entorpecentes no setor da prostituição com experiências e redes estabelecidas para movimentação de ''mercadorias''. 
No livro, que relata episódios reais, ela conta a história da protagonista. Uma menina de 15 anos vendida pela avó a uma rede de traficantes. A psicóloga descobriu o caso, resgatou a jovem, foi perseguida e ameaçada e acabou criando um albergue para mulheres que conseguem escapar das redes de prostituição.
Fugir dos exploradores é difícil, segundo as ONGs. Os sistemas de controle em cárcere privado envolve violência, sequestro e ameaças. ''O último caso que atendemos foi de uma menor de 17 anos obrigada pelo namorado a se prostituir. Ela se recusou e ele a manteve três dias em cárcere privado, alimentando-a só com água salgada, até ela aceitar'', contou à BBC Brasil, Rocio Nieto, presidente da Apramp, Associação para a Prevenção e Reinserção da Mulher Prostituída. Segundo Nieto, 89% das estrangeiras que se prostituem na Espanha são “vítimas de máfias”.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica VI - Sociedade


Tirando a legalização de atividade, restrita ainda a pouco locais, vamos agora abordar um tema um pouco mais pesado relacionado. A prostituição forçada, muitas vezes de menores.
Especialistas no combate à prostituição forçada na Europa alertam para um fenômeno crescente: a comercialização de mulheres como mercadorias entre diferentes países e cidades. De acordo com um relatório compilado pela ONG espanhola Red española contra la trata de personas, a partir dos dados de 26 organizações internacionais, a revenda de mulheres, muitas delas menores de idade, aumentou em 50% nos últimos cinco anos e movimenta cerca de US$ 7 bilhões por ano (R$ 12 bilhões).
O relatório revelou que anualmente cerca de 1 milhão de pessoas que chegam à Europa acabam sendo forçadas à prostiuição. Deste total, 90% passam por bordéis na Espanha, Itália, Grécia, Alemanha, Bélgica, Holanda, Suíça e Portugal, revendidas por quadrilhas de traficantes. Na Espanha, maior consumidor europeu de serviços sexuais e onde atuam as principais redes de contrabando, segundo as autoridades, uma mulher é vendida entre R$ 2 mil e R$ 7,5 mil, de acordo com idade, características físicas e experiência. Quanto mais jovem, mais cara.
O sistema é parecido ao de uma atividade comercial convencional. Os donos dos prostíbulos atendem à demanda dos clientes, que pedem perfis físicos específicos de prostitutas. Quando querem um tipo ou se cansam de outro, a mercadoria é renovada. Assim, uma mulher é revendida a outra rede, circulando por quase todo o continente.
Segundo a pesquisa, o tempo médio de uma prostituta em um bordel é de 28 dias. Quando alcança este período, ela é revendida para que os clientes tenham novidades, como num catálogo de mercadorias. ''Sai barato explorar uma mulher. As leis são benevolentes e a sociedade ignora o assunto. Os traficantes estão percebendo que correm menos riscos vendendo mulheres do que vendendo entorpecentes'', comparou a psicóloga Iana Matei.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica V - Sociedade


Curiosamente, alguns locais reconhecem a prostituição como atividade legal. Prefeitura de Bonn - Alemanha, espera arrecadar 200 mil euros por ano com nova medida tributária. Lá resolveu-se instalar parquímetros para cobrar imposto de prostitutas que trabalham nas ruas. Como a atividade é legalizada no país, cada trabalhadora precisa depositar seis euros (R$ 13,70) por cada noite. Os bordéis já pagam taxas pela atividade.
Parquímetro para prostitutas, em Bonn. AFP
Segundo a agência France Presse, 260 euros (R$ 595) foram arrecadados nos dois primeiros dias da medida, que entrou em vigor na segunda-feira. Em entrevista à agência alemã DPA, a porta-voz do governo local, Monika Frömbgen, disse que o meio é o mais adequado para a taxação. "Não é justo que apenas as mulheres que trabalham em estabelecimentos como centros de sexo ou saunas sejam taxadas, pelo fato de que nós conseguimos encontrá-las mais facilmente", disse.
Após o pagamento, as prostitutas recebem um vale que lhe dá autorização de trabalho entre às 20h15 às 6h da manhã seguinte. Fiscais vão monitorar o pagamento das taxas. Em caso de sonegação, as trabalhadoras estão sujeitas a multa. Uwe Zimmerman, porta-voz da Associação Alemã de Municípios, disse, também à agência DPA, que a medida "certamente despertará o interesse de outras cidades".
Embora a prostituição seja legalizada na Alemanha desde 2002, a atividade de profissionais do sexo nas ruas da cidade tem motivado reclamação por parte dos moradores. Segundo a Der Spiegel, essa foi a razão que levou à prefeitura de Bonn a criar uma área específica para controlar a prostituição nas ruas. 
Garagens especiais, feitas de madeira, foram construídas para que os clientes possam estacionar os seus carros. A área também é monitorada pela polícia, e um guarda de plantão pode ser acionado pelos profissionais do sexo.
Quem não concordou com as medidas foi a Bufas (associação dos trabalhadores do sexo). "Nós somos contra qualquer espécie de regra especial e a favor da igualidade nas leis para todos os trabalhadores, inclusive em relação aos impostos", disse Beate Leopold, advogado da associação.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica IV - Sociedade


Não são apenas universitárias que estão se voltando para a indústria do sexo para pagar por seus estudos. A jovem de 18 anos ''Clare'' (nome fictício) se voltou para a prostituição quando estava se preparando para seus exames classificatórios para a univerisdade. Na época, ela descobriu que a ajuda de custo educacional que recebia corria o risco de ser cortada. ''Eu não poderia ir para a universidade sem a ajuda de custo. Eu gasto com transporte um total de 70 libras por mês (cerca de R$ 200). Não tinha a quem recorrer na universidade e não queria ter de contar com a minha família. Comecei a procurar empregos, mas os horários eram incompatíveis. Muitas amigas começaram a procurar empregos e acabaram largando os estudos. Eu não queria fazer o mesmo'', afirma.
''Eu tinha um amigo que vinha tentando me convencer a entrar para uma agência de garotas de programas desde que eu tinha 16. Ele me contava histórias sobre o quanto eu poderia ganhar, como os horários seriam flexíveis, que eu poderia escolher quem eu gostaria de encontrar, assim que os visse e com que frequência. Parecia uma opção melhor. Eu não conseguia ver nenhuma outra.''
Clare agora abandonou a indústria do sexo para prosseguir com seus estudos e adverte contra se envolver com a prostituição. ''Fiz isso para poder ir para a universidade, mas sou uma pessoa diferente de quando eu comecei. Perdi muito da minha auto-estima e a confiança em muitas pessoas.''
''Há muitas pessoas com quem você pode conversar e programas de bolsas. Descubra todas as opções possíveis antes de dar esse passo tão grande. Foi isso que eu não fiz.'' O Departamento de Educação britânico afirmou que pretende investir um total de 180 milhões de libras (cerca de R$ 513 milhões) por ano em programas de auxílio financeiro para permitir que jovens de 16 a 19 anos de idade possam prosseguir seus estudos.
O assédio para que se inicie, muitas vezes está do seu lado... (continua...)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica III - Sociedade


O número de estudantes da Inglaterra que recorrem à prostituição para financiar os seus estudos está aumentando, segundo dados divulgados pela União Nacional de Estudantes britânica (NUS, na sigla em inglês). De acordo com a organização estudantil, cortes promovidos pelo governo na ajuda de custo oferecida para estudantes do ensino universitário e o aumento dos preços de anuidades e do custo de vida no país vem contribuindo para a atual situação.
A NUS afirmou ainda que também está em ascensão o número de estudantes que está investindo em jogatina e experimentos médicos para ajudar a pagar os estudos. Mas o governo diz que ainda oferece aos alunos um ''generoso pacote'' de auxílio financeiro.
Em entrevista a um programa de rádio da BBC, Estelle Hart, a representante das alunas da NUS, afirmou que os cortes promovidos pelo governo deixaram as alunas em uma situação ainda mais difícil. ''As estudantes estão tomando mais medidas perigosas. Em um ambiente econômico em que há poucos empregos, onde políticas de apoio a estudantes sofreram cortes profundos, as pessoas estão cada vez mais buscando trabalho junto à economia informal, como a indústria do sexo. São todos trabalhos perigosos e sem regulamentação, mas que permitem que elas permaneçam estudando'', afirmou a líder estudantil. 
A Associação Inglesa de Prostitutas, que conta com um telefone de auxílio em sua sede, em Londres, afirmou que o número de chamadas recebidas por alunas pelo menos dobrou desde o ano passado. De acordo com Sarah Walker, a organização tem viso um aumento em chamadas feitas por estudantes nos últimos dez anos, mas acrescentou que o grupo recebeu um número de telefonemas sem precedentes desde que o governo anunciou que universidades na Inglaterra iriam promover aumentos em suas anuidades em até 9 mil libras (cerca de R$ 25,6 mil), a partir de 2012.
''Eles (os ministros) sabem que os cortes que estão promovendo estão levando mulheres a recorrer a a coisas como a indústria do sexo. É uma estratégia de sobrevivência. Por isso, nós consideramos o governo responsável por essa situação.''
Esse tipo de justificativa, é fornecido por muitas universitárias, que recorrem à atividade, principalmente aquelas que estudam em horários ditos comerciais. Várias casas noturnas de São Paulo tem as alunas, belíssimas por sinal, efetuando a prática.
Elas são vistas muitas vezes em Shoppings da moda, e lojas badaladas, visto que a remuneração é alta, pelo local que frequentam. Algumas se mantém na atividade mesmo após concluírem o curso. Outras se tornam célebres, como um ícone que é a "Bruna Surfistinha".

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica II - Sociedade

Continuando... 
O estudo também afirma que grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de futebol e os Jogos Olímpicos, contribuem para agravar o fenômeno da prostituição. "Futebol e Olimpíadas são identificados como os cenários mais comuns da exploração sexual", afirma o relatório.
Casa de massagens (BBC)Segundo o texto, essas grandes competições internacionais permitem que as redes criminosas "aumentem a oferta" de prostitutas. Na África do Sul, por exemplo, 1 bilhão de camisinhas foram encomendadas pelas autoridades para enfrentar eventuais riscos sanitários durante a Copa do Mundo em 2010. O número de prostitutas no país, estimado em 100 mil, aumentou em 40 mil pessoas durante o evento.
Outros grandes eventos, produzem o fenômeno econômico. Nos antigos países considerados do Leste Europeu, o fluxo de prostituição em grandes eventos fica mais evidente. As competições de Fórmula 1 demonstram isso.
Mas como fica essa relação depois que passa o evento? Bem, ocorre a migração. Onde existe possibilidade de negócios, existe o aspecto do trabalho físico.
Segundo a Fundação Scelles, a internet também contribui para ampliar a prostituição no mundo. "As redes de cafetões agora recrutam pessoas em redes sociais como Facebook e Twitter", diz o estudo, citando um caso na Indonésia em que as autoridades prenderam suspeitos de aliciar jovens estudantes no Facebook e no Yahoo Messenger.
Nos Estados Unidos, a maioria das menores prostitutas são recrutadas por cafetões no site Craiglist, de anúncios, diz o estudo. "Os cafetões fazem falsas propostas de trabalho como manequim e utilizam as vítimas para recrutar outras jovens."
O aspecto das redes sociais, moderniza a atividade. Sites especializados, oferecem mulheres e homens como acompanhantes ou massagistas. Isso não é novidade. O que talvez vejamos com mais frequência será nos sites de compras compartilhadas, ou mesmo leilões, de forma mais aberta e evidente.
(continua...)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Prostituição: Atividade Econômica I - Sociedade


Dizem ser a mais antigas das profissões. Muitas pessoas acabam indo para a prostituição por necessidade, algumas outras por prazer...
Um relatório analisou o fenômeno em 24 países, entre eles França, Estados Unidos, Índia, China e México e diz que o número de pessoas que se prostituem pode chegar a 42 milhões no mundo. O estudo revela ainda que 90% delas estão ligadas a cafetões. O documento analisou também as redes de tráfico, onde se constatou que o maior número de vítimas ocorrem na Ásia (56%).
Na  América Latina e os países ricos registram, respectivamente, 10% e 10,8% do tráfico de pessoas para atividades ligadas ao sexo, afirma o "Relatório Mundial sobre a Exploração Sexual – A prostituição no coração do crime organizado", publicado em um livro.
E quase a metade das vítimas de redes de tráfico humano são crianças e jovens com menos de 18 anos. "Essa é uma das características da prostituição nos dias de hoje: um grande número de crianças é explorada sexualmente", diz o documento. Estima-se que 2 milhões de crianças se prostituam no mundo.
O juiz Yves Charpenel, presidente da Fundação Scelles, diz que não há dados suficientes para avaliar o aumento da prostituição no mundo. "O elemento marcante, na Europa, é a multiplicação de prostitutas vindas de países diversos, normalmente controladas por quadrilhas que as fazem circular por todo o continente", afirma.
O estudo da fundação francesa afirma, com base em dados da agência da ONU contra as drogas e o crime, que o tráfico de mulheres brasileiras na Europa estaria aumentando. O documento não revela, no entanto, números em relação a esse crescimento. "Essas vítimas são originárias de comunidades pobres do norte do Brasil, como Amazonas, Pará, Roraima e Amapá."
"Se a maioria das prostitutas na Europa são de países do leste europeu e de ex-repúblicas soviéticas, a predominância desses grupos parece estar diminuindo no continente", diz o relatório, acrescentando que paralelamente a isso o número de brasileiras estaria aumentando. Em dezembro passado, a polícia espanhola desmantelou uma quadrilha internacional de prostituição que mantinha dezenas de menores brasileiras sob cárcere privado.
(esta matéria é mais uma das séries que vou publicar, continua...)


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Desonra com morte: Falta de tolerância? - Sociedade/Religiosidade


A corte da cidade canadense de Kingston considerou Mohammad Shafia, sua mulher Tooba Yahya, e seu filho mais velho, Hamed, culpados pelo assassinato das três jovens e da primeira mulher de Shafia, mortas em uma elaborada trama.
A defesa argumentava que as jovens haviam sido mortas após terem regressado de carro de uma noitada em 2009. Mas a promotoria conseguiu provar que o suposto acidente alegado por Shafia foi uma farsa armada pelo casal e seu filho mais velho.
Mulheres árabes (estou generalizando, pois engloba praticamente todos os países que tem uma forte presença da população originalmente da península arábica), são dotadas de uma beleza singular. Pele delicada, olhos claros (normalmente cor de mel ou verdes), cabelos cacheados... Elas são obrigadas, quando a religião e a tendência do país determina, a esconder grande parte de sua beleza. Não digo aqui das roupas, apenas de forma rápida de suas faces.
Quando estão num país mais tolerante com relação aos costumes rígidos de sua origem, algumas acabam adquirindo hábitos ditos ocidentais. Isso choca a comunidade, onde elas vivem ou são originadas.
Já critiquei o uso da burca por mulheres muçulmanas, isso no passado, hoje não mais, respeito apesar de não achar necessário, mas valores devem ser preservados, mesmo que conflitem com nossa visão mais liberal. A forma como se deu o desfecho, com a comprovação do assassinato das jovens demonstra a intolerância ao local que acolheu os imigrantes.
Entendo que alguém que professa uma fé, deve seguir os preceitos que impõe seus códigos e valores, mas se uma jovem não segue o islã por opção, não precisa, se estiver num país laico, usar suas vestimentas e deixar apenas os olhos visíveis. Acredito que tenha ter sido isso que as meninas terminaram por sucumbir.
Lamento a forma, de professar a fé e demonstrar o respeito ao alcorão, por ceifar a vida delas por questões religiosas as quais acredito, elas não mais professavam...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Apple, Foxconn e polêmicas: Parte V (final?) - Tecnologia/Economia/Sociedade


Em reposta à reportagem “O custo humano embutido num iPad”, do jornal New York Times, o presidente da Apple, Tim Cook, enviou um e-mail a todos os funcionários vinculados à empresa com esclarecimentos sobre as condições de trabalho nas fábricas que montam os aparelhos da companhia.
“Infelizmente, algumas pessoas estão questionando os valores da Apple hoje, e eu gostaria de falar sobre isso com você diretamente. Nós nos importamos com cada trabalhador da nossa rede mundial de fornecedores. Qualquer acidente é um problema profundo e qualquer questão envolvendo condições de trabalho é motivo para preocupação. Qualquer sugestão de que nós não nos importamos com isso é expressamente falsa e ofensiva a nós. Como você sabe melhor que qualquer um, acusações como essa são contrárias aos nossos valores. Não representa quem somos”, diz o início do e-mail de Cook, reproduzido pelo site de tecnologia 9to5Mac.
Apesar de não mencionar o diário americano, a fala do presidente da Apple representa uma posição, principalmente, em relação ao depoimento de Li Mingqi, ex-empregado da Foxconn que trabalhou na área de administração da fábrica. “A Apple nunca se preocupou com qualquer outra coisa a não ser melhorar a qualidade do produto e reduzir os custos de produção”, disse ele ao NYT. (A Foxconn é uma das principais parceiras da Apple na China e enfrenta constantes críticas quanto ao tratamento dado a seus funcionários. Nesta semana, o presidente da fábrica pediu desculpas por ter dito dar dor de cabeça gerenciar 1 milhão de animais.)
A matéria do New York Times apresenta graves casos de maus tratos e acidentes. Um deles é o de Lai Xiaodong, um jovem de 22 anos que consertava as máquinas da fábrica da Foxconn. Ele estava no Edifício A5 quando houve uma explosão na área em que os empregados poliam milhares de estojos de iPads por dia. “O rosto lambuzado, atingido pelo calor e a violência da explosão, deu lugar a uma pasta preta e vermelha no lugar da boca e nariz”, descreve a cena o jornal.
No e-mail aos funcionários, o presidente da Apple se dirige às muitas centenas de trabalhadores baseados nas fábricas fornecedoras da Apple e diz que sabe que eles se sentem indignados (com a notícia), assim como ele mesmo. A carta também se dirige a quem não trabalha próximo às fábricas, que “têm o direito de saber os fatos”.
Eis alguns trechos de Tim Cook:
- “Todos os anos nós inspecionamos mais fábricas (…). Como reportado no início deste mês, nós fizemos um grande progresso e melhoramos as condições para centenas de milhares de trabalhadores.”
- “Nós estamos atacando os problemas agressivamente, com a ajuda das maiores autoridades do mundo em segurança, meio ambiente e justiça do trabalho.”
- “No começo deste mês, nós abrimos nossa cadeia de fornecedores para avaliações independentes pela Associação da Justiça do Trabalho (Fair Labor Association).”
- “Nós estamos concentrados em educar os trabalhadores sobre seus direitos, para que eles tenham o poder de se manifestarem quando houver condições inseguras de trabalho ou tratamento injusto. Como você sabe, mais de um milhão de pessoas foram treinadas por nosso programa.”
- “O que nós não vamos fazer — nem nunca fizemos — é ficar parado ou fingir não enxergar os problemas na nossa cadeia de fornecedores. Vocês têm a minha palavra. Vocês podem acompanhar nossos avanços em apple.com/supplierresponsibility.”
O que se observa é uma empresa almejando lucro pois investidores o exigem. Essa é a economia de mercado, onde a produtividade tem que ser sempre otimizada. Isso se ensina nos bancos escolares, nos MBA's e outros.
Vejo que a industrialização atual não agrega empregos, apenas gera renda. Cada vez mais a indústria demite, isso se observa em todos os indicadores. São concedidos subsídios, doações e outras maravilhas do capital moderno, mas a geração de empregos e insignificante.
Talvez seja melhor estudar mais a fundo o caso, para que possamos ter em mente o que nos aguarda para um futuro próximo, talvez nos próximos meses...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Apple, Foxconn e polêmicas: Parte IV - Tecnologia/Economia/Sociedade


A Apple está sendo acusada de “ignorar o custo humano” da cadeia de fabricação dos seus produtos, em uma reportagem publicada pelo New York Times esta semana. O artigo, que chega depois de outra reportagem do jornal sobre a razão de a “maçã” fabricar seus aparelhos longe dos EUA, cita ex-funcionários da Apple, que acusam a fabricante de ser complacente com o abuso a trabalhadores da linha de produção.
“A Apple nunca se importou com outra coisa que não fosse o aumento da qualidade dos produtos e queda dos custos de produção. O bem-estar dos funcionários não tem nada a ver com os interesses deles”, afirmou a ex-funcionária da Foxconn (empresa que produz equipamentos como iPad e iPhone), Li Mingqi, que está processando a empresa após ter sido demitida.
Li ajudava a gerenciar a fábrica de Chengdu, onde ocorreu uma explosão em maio do ano passado. O incidente causou a morte de três funcionários e deixou outros feridos. Outro incêndio ocorreu em uma unidade da Foxconn em Yantai, em setembro, quando também aconteceu uma explosão em uma fábrica de outra parceira de produção da Apple, a Pegatron, que deixou 60 funcionários feridos.
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iPad: condições de produção em fábricas da Ásia são questionadas
Um ex-executivo da Apple, falando sob a condição de anonimato, disse ao New York Times: “nós sabemos sobre abusos trabalhistas em algumas fábricas há quatro anos, e eles continuam. Por que? Porque o sistema trabalha para nós. As fornecedoras mudariam tudo amanhã se a Apple dissesse para elas que elas não têm outra escolha.”
Apesar de a segurança nas fábricas das parceiras da Apple ser o principal foco da reportagem, há também apontamentos mais gerais sobre as condições de trabalho e as horas que os funcionários precisam trabalhar (vale lembrar que o artigo também aponta críticas similares feitas a fornecedoras de empresas como Dell, HP, IBM, Lenovo, Motorola, Nokia, Sony e Toshiba).
“Os funcionários trabalham com excesso de horas extras, em alguns casos chegando a sete dias por semana, e vivem em dormitórios lotados. Alguns dizem que eles ficam tanto tempo de pé que suas pernas incham a ponto de quase não onseguirem andar. Funcionários menores de idade ajudaram a construir produtos da Apple, e as fornecedoras da companhia se livraram de maneira incorreta de lixo perigoso e falsificou registros, de acordo com relatórios da companhia e grupos de defesa dos trabalhadores que, na China, são geralmente considerados monitores independentes e confiáveis”, afirma a reportagem do NYT.
Há algumas semanas, a Apple lançou seu relatório anual de Responsabilidade de Fornecedores, no qual a “maçã” afirma ter encontrado “um número significativamente menor de casos de trabalho infantil” entre suas fornecedoras, que foram nomeadas pela companhia.
A Apple afirmou no relatório que ampliou seu programa de verificação de idade, que busca interromper o trabalho de menores entre suas fornecedoras. Como resultado, a companhia apontou melhorias nas práticas de contratação das parceiras, com casos de trabalho infantil caindo significativamente.
O relatório também revelou um total de seis casos ativos e 13 anteriores de trabalho infantil em cinco fábricas parceiras da Apple; a companhia exigiu que essas unidades melhorem as práticas de recrutamento. As auditorias não encontraram nenhum caso de trabalho infantil em fornecedoras responsáveis pela montagem final dos produtos da Apple.
No entanto, outro executivo da Apple que foi citado anonimamente na reportagem disse que “você pode tanto fabricar em unidades confortáveis e amigáveis aos funcionários, ou reinventar o produto todo ano, e torná-lo melhor, mais rápido e barato, o que exige fábricas que pareçam cruéis pelos padrões dos EUA. Atualmente, os consumidores ligam mais para um novo iPhone do que para as condições de trabalho na China.”
A reportagem aponta ainda o fato de que esse problema causa uma “tensão n” na Apple, com outros executivos preocupados com as condições de trabalho, mas não dispostos a colocar em risco a relação com fornecedoras como a Foxconn – que fabrica 40% dos aparelhos eletrônicos do mundo – ao gerar tais demandas

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Apple, Foxconn e polêmicas: Parte III - Tecnologia/Economia/Sociedade


Quando conseguiu o emprego na Foxconn, Lai Xiaodong sabia que a fábrica em Chengdu era especial. Os trabalhadores estavam produzindo o mais recente produto da Apple: o iPad.
Lai, que consertava máquinas da fábrica, logo de início notou as luzes quase ofuscantes. Os turnos eram de até 24 horas e a unidade estava sempre iluminada. A qualquer momento, havia milhares de operários em pé nas linhas de montagem, agachados perto das grandes máquinas ou correndo entre as plataformas de carga. As pernas de alguns estavam inchadas.
Cartazes nas paredes alertavam os 120 mil empregados: "Trabalhe com afinco no seu emprego hoje ou vai ter que trabalhar duro para encontrar um emprego amanha". O código de conduta da Apple estabelece que, salvo em circunstâncias excepcionais, os operários não devem trabalhar mais de 60 horas por semana. Mas na Foxconn, alguns trabalhavam bem mais, segundo entrevistas, holerites e investigações de grupos independentes.
Lai logo passou a trabalhar 12 horas por dia, seis dias na semana. Havia "turnos contínuos" e então os operários recebiam ordens para trabalhar 24 horas seguidas. O grau universitário permitiu que o jovem ganhasse um salário de US$ 22 por dia, incluindo horas extras. Ao sair do trabalho, ele se recolhia num pequeno aposento, suficiente para abrigar um colchão, um guarda-roupa e uma mesa.
Essa acomodação era melhor do que muitos dormitórios da empresa, onde viviam 70 mil empregados da Foxconn, às vezes com 20 pessoas espremidas em um apartamento de três quartos. Em 2011, uma disputa sobre salários desencadeou um motim num dos dormitórios.
Em nota, a Foxconn contestou os relatos de funcionários sobre os turnos contínuos, as horas extras e as acomodações abarrotadas. Segundo a empresa, ela respeitava os códigos de conduta da Apple. "Todos os empregados da linha de montagem têm pausas regulares, incluindo uma hora para o almoço", escreveu a companhia, afirmando que somente 5% dos empregados realizavam suas tarefas em pé.
(Esse tipo de empresa está sendo subsidiado no Brasil, para termos o status de Produtores de IPad's...)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Apple, Foxconn e polêmicas: Parte II - Tecnologia/Economia/Sociedade

A explosão arrasou o Edifício A5 numa tarde de maio do ano passado. Uma erupção de chamas torceu os tubos de metal como se fossem canudos jogados fora. Quando os operários na lanchonete correram para fora, viram uma fumaça negra saindo das janelas - era a área onde os empregados poliam milhares de estojos de iPads por dia.
Duas pessoas morreram na hora e mais dez se feriram. Quando os feridos eram levados às pressas para as ambulâncias, um em particular chamava atenção. O rosto lambuzado, atingido pelo calor e a violência da explosão, deu lugar a uma pasta preta e vermelha no lugar da boca e nariz.
"Você é o pai de Lai Xiaodong?", alguém perguntou, quando o telefone tocou na casa de Lai. Seis meses antes, o jovem de 22 anos havia se mudado para Chengdu, sudoeste da China, para se tornar mais uma das milhões de peças humanas da engrenagem que move o maior, mais rápido e mais sofisticado sistema de manufatura no globo. "Ele está com problemas", disse a pessoa do outro lado da linha ao pai de Lai, que não resistiu aos ferimentos.
Na última década, a Apple tornou-se uma das mais poderosas e bem sucedidas empresas do mundo. A Apple e suas congêneres do setor de alta tecnologia alcançaram um ritmo de inovação jamais observado na história moderna.
Contudo, os operários encarregados da montagem dos iPhones, iPads e outros aparelhos com frequência trabalham em condições terríveis, de acordo com empregados das fábricas, grupos de defesa dos trabalhadores e relatórios publicados pelas próprias companhias. Os problemas são tão variados quanto os ambientes de trabalho e os problemas de segurança - alguns mortais - são graves.
Os operários fazem horas extras excessivas, em alguns casos trabalham sete dias por semana e vivem em dormitórios superlotados. Alguns trabalham em pé por tanto tempo que suas pernas incham a ponto de quase não conseguirem andar. Empregados menores de idade ajudaram a fabricar produtos da Apple, fornecedores da companhia armazenaram inadequadamente lixo tóxico e falsificaram registros, segundo dados da empresa e grupos de defesa do trabalhador que, dentro da China, são considerados monitores independentes e confiáveis.
Mais preocupante ainda é o desprezo de alguns fornecedores pela saúde do trabalhador. Há dois anos, 137 funcionários de uma fornecedora da Apple a leste da China foram intoxicados depois de receber ordens para usar uma substância química venenosa para limpar as telas do iPhone. No ano passado, houve duas explosões em fábricas de iPad mataram quatro pessoas e deixaram 77 feridas. Antes mesmo destas explosões, a Apple havia sido alertada para as condições perigosas na fábrica de Chengdu.
A Apple não é a única empresa de produtos eletrônicos que opera dentro de um sistema de suprimento preocupante. Condições terríveis de trabalho foram documentadas em fábricas de manufatura de produtos para a Dell, Hewlett-Packard, IBM, Lenovo, Motorola, Nokia, Sony, Toshiba e outras.
Executivos da Apple dizem que a companhia adotou medidas importantes para melhorar as fábricas nos últimos anos. A empresa criou um código de conduta para seus fornecedores, detalhando os critérios a serem obedecidos em termos de trabalho e segurança. A empresa organizou uma campanha de auditoria. Abusos foram descobertos e correções foram exigidas.
Mas os problemas importantes continuam. Mais da metade das fornecedoras inspecionadas pela Apple violaram pelo menos uma norma do código de conduta a cada ano desde 2007, de acordo com relatórios da Apple.
"A Apple nunca se preocupou com qualquer outra coisa a não ser melhorar a qualidade do produto e reduzir os custos de produção", disse Li Mingqi, que trabalhou até abril na administração na Foxconn, uma das mais importantes parceiras da Apple na China. Li, que está processando a Foxconn por ter sido despedido, trabalhava na fábrica de Chengdu quando ocorreu a explosão.
A Apple recebeu um resumo deste artigo, mas não quis comentá-lo. A reportagem foi baseada em entrevistas com mais de 30 funcionários, antigos e atuais, e contratantes, incluindo alguns executivos com conhecimento do grupo de responsabilidade do fornecedor da Apple.
(Continuarei ainda no tema)...


domingo, 5 de fevereiro de 2012

Apple, Foxconn e polêmicas: Parte I - Tecnologia/Economia/Sociedade

Já escrevi sobre as empresas. Mas, muito mais será divulgado e escrito.
A empresa de tecnologia Foxconn emitiu um comunicado pedindo desculpas pelas declarações do presidente da empresa, Terry Gou, que comparou seus funcionários a animais, segundo o site taiuanês Now News. De acordo com outro veículo, o Want China Times, o fato ocorreu durante um encontro entre gerentes da companhia.
Segundo as informações, Terry Gou afirmou que "a Foxconn tem uma força de trabalho de mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo. Seres humanos também são animais, e gerenciar 1 milhão de animais me dá dores de cabeça".
No comunicado, emitido no último fim de semana, a companhia afirma que a declaração de Gou foi descontextualizada pelos meios de comunicação e pede desculpas a "quem se sente ofendido".
Bem, quando uma empresa acaba tendo o tamanho que essa obteve, onde a produção é absurdamente cobrada, onde o proprietário emite um comunicado dizendo também que irá efetuar uma robotização dos processos, nada mais tem-se a falar, apenas lamentar o processo industrial que estamos assistindo...



sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nec de empregos... - Economia


A japonesa NEC anunciou que vai cortar 10 mil postos de trabalho e alertou que uma combinação de baixas contábeis e operações menores levaram a empresa a registrar prejuízo líquido de mais de US$ 1 bilhão nos 12 meses até março. Os cortes de vagas na NEC, que fornece serviços de tecnologia e fabrica computadores e outros aparelhos eletrônicos, surge no momento em que as empresas de tecnologia do Japão buscam meios de lidar com o impacto do iene forte em suas operações internacionais.
"Nós não podemos esperar um crescimento maior no Japão e em outros mercados atualmente, portanto precisamos construir uma estrutura que nos permita gerar lucros estáveis mesmo nesse ambiente", afirmou o presidente da NEC, Nobuhiro Endo. O executivo disse que ainda não está claro como a crise de dívida europeia vai afetar o Japão e as maiores empresas do país - muitas delas são clientes da NEC.
A companhia planeja eliminar 7 mil empregos nas operações domésticas e 3 mil no exterior. Cerca de metade dos 10 mil empregos é de período integral e permanente, enquanto a outra metade é composta por vagas temporárias ou terceirizadas. A força de trabalho global da NEC, incluindo trabalhadores de suas subsidiárias mas excluindo temporários e terceirizados, era de cerca de 116 mil em março de 2011, de acordo com o site da empresa.
Para o ano fiscal que terminará em março deste ano, a NEC afirmou que prevê prejuízo líquido de 100 bilhões de ienes (US$ 1,29 bilhão), em comparação com o lucro de 15 bilhões de ienes previsto anteriormente. A companhia informou que teve prejuízo de 86,53 bilhões de ienes em seu terceiro trimestre fiscal, maior do que o prejuízo de 26,53 bilhões de ienes registrado um ano antes. As informações são da Dow Jones.
Explicando um pouco da empresa, ela é responsável pelo fornecimento de equipamentos para infra-estrutura de telecomunicações, de várias empresas no mundo, e sempre despontou como grande produtora e geradora de tecnologia. Os negócios no Japão, foram prejudicados, ainda como reflexo do terremoto de 2011.
Pessoalmente conheço uma parte da empresa (na gestão brasileira que é compartilhada com grupo local), e sempre admirei seu corpo técnico. Acredito que possam em futuro breve reverter o quadro, é questão de esperar...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Vida acompanhando a ficção? - Sociedade/Comportamento

Antes de começar a ler o material, saiba que considero bizarro, mas comento o restante nos parágrafos finais...
A polícia do Estado da Flórida (EUA) deteve no dia 25 de janeiro Tyree Lincoln Smith, de 35 anos, acusado de matar a machadadas um homem e comer um olho e parte do cérebro da vítima. O crime ocorreu no Estado de Connecticut, onde na sexta-feira passada a polícia descobriu o cadáver de Angel L. González, no terceiro andar de uma casa abandonada. Médicos forenses descobriram que a causa da morte de González foi uma machadada na cabeça e qualificaram o evento como homicídio.
Ele próprio confessou a uma familiar que havia atacado um indigente latino. O relatório detalha o testemunho de uma prima de Smith, chamada Nicole Rabb, que explicou que em meados de dezembro o acusado foi a sua casa e disse que queria "ter sangue nas mãos". No dia seguinte, Smith tornou a aparecer, desta vez com as calças ensanguentadas.
No relato de Nicole, o acusado passava a noite ao relento em um edifício abandonado, até que um mendigo o acordou e convidou a dormir em um andar coberto do mesmo imóvel. Smith, que segundo sua família teria problemas mentais. Após o crime, ele fugiu para a Flórida de ônibus.
A polícia e a família de Smith conseguiram contactá-lo por telefone e na chamada ele admitiu a uma prima que esteve na casa abandonada e que disse a um familiar que havia matado a vítima. Segundo a polícia de Lynn Haven, Smith foi detido sem resistência.
No filme "O Silêncio dos Inocentes", com atuações magistrais de Jodie Foster e Anthony Hopkins, conta a história de Hannibal Lecter, um criminoso psicótico com mente brilhante, mas que faz a prática do canibalismo. Algumas cenas do filmes são chocantes, mas necessárias para a construção do relato.
Fazer uma ponte entre o filme e o fato não vem muito ao caso, mas o que quero comentar é sobre como a sociedade está se portando. O criminoso da vida real tem família, e esses o deixaram à merce de sua própria sorte, mesmo sabendo que esse não tinha uma consciência plena de seus atos.
Se omitir por comodidade o que acrescenta às pessoas? A omissão, considero culpa velada sobre os fatos. Mas isso está sendo fonte de postura social de forma generalizada, onde vemos crimes, descaminhos e nos limitamos a, de certa forma resignada, criticar, sem uma atuação efetiva. Talvez, enquanto sociedade, devamos pensar um pouco mais em quem está do lado, e tentar fazer algo antes que coisas assim sejam publicadas nos jornais para ilustrar como caminhamos...
Nicole relata que Smith contou que atacou o homem com um machado para depois abrir o crânio de sua vítima e comer um olho e parte do seu cérebro em um cemitério próximo. EFE

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Benesses à Foxconn - Economia/Política


Portaria interministerial publicada no dia 25, no Diário Oficial da União habilita a Foxconn Indústria de Eletroeletrônicos a receber incentivos fiscais para a fabricação do iPad no Brasil. Embora a portaria não cite diretamente o tablet da Apple, o governo já havia dito que a fabricante tinha interesse em produzi-lo no País. Os incentivos envolvem a isenção dos impostos IPI, PIS e Cofins.
A portaria interministerial no. 34 habilita a Foxconn a receber os incentivos para produzir “microcomputador portátil, sem teclado, com tela sensível ao toque (‘touch screen’), de peso inferior a 750g (Tablet PC)”, diz o texto publicado no Diário Oficial. O iPad tem peso de 601 gramas (3G) e de 613 gramas (3G + Wi-Fi).
A portaria foi assinada pelos ministros Guido Mantega (Fazenda), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e pelo então ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que desde terça-feira (24) responde pelo Ministério da Educação.
Nada contra o incentivo à produção industrial no país, somos carentes de exportação de produtos que não sejam apenas minérios na forma bruta, carne não processada e alimentos "in natura". A Foxconn é a maior empresa no mundo de terceirização de eletro-eletrônicos.
Já escrevi sobre a empresa, por consequências de sua planta industrial na China, onde emprega mais de 400mil pessoas num único local. Seu proprietário deixou claro a necessidade de robotizar linhas de produção. Esses benefícios concedidos apenas são efetuados sem muitas exigências como manutenção de empregos na manufatura dos produtos.
Receber empresas de alta tecnologia fomenta a economia local, desde que venha com outras características, como transferência de tecnologia. A terceirização que a empresa se especializou, não permite que o desenvolvimento seja compartilhado, visto os contratos de exclusividade mantidos com seus contratantes.
Vejo isso, e espero estar errado, apenas como forma de reverenciarmos o capital especulativo, deixando de lado as reais preocupações sociais, apenas para dizermos que o Ipad é produzido com um grafismo: "Made in Brazil"...


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Porno-Indústria: Ameaças... - Economia/Entretenimento

Atores de filmes adultos produzidos em Los Angeles terão de usar camisinha durante as cenas de sexo nas filmagens, de acordo com uma nova regulamentação que entra em vigor nesta quarta-feira. A legislação foi assinada na última segunda-feira pelo prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa, e já foi alvo de críticas pela indústria de filmes pornográficos.
Produtores ameaçam abandonar a capital do mundo pornô devido à legislação. Eles afirmam que requerer que os atores sejam testados para HIV/Aids a cada 30 dias, como ocorre atualmente, é suficiente. "A cidade de Los Angeles está fazendo a coisa certa", disse o presidente da fundação AIDS Healthcare, Michael Weinstein, que fez lobby pela obrigatoriedade da camisinha. "É a coisa certa para os atores."
No ano passado, a produção de filmes adultos foi afetada pela interrupção temporária de filmagens depois que um ator foi diagnosticado com HIV. Weinstein afirma que a legislação protegerá os astros não só do vírus HIV, que causa a Aids, mas de outras doenças sexualmente transmissíveis. Estima-se que nove entre dez filmes do gênero produzidos nos EUA sejam filmados em Los Angeles, sobretudo no subúrbio de San Fernando Valley.
Autoridades do condado de Simi Valley, próximo a San Fernando, já disseram que vão propor leis semelhantes para evitar que as produtoras mudem seus locais de filmagens para escapar da regulamentação.  A lei concede a isenção do requerimento da camisinha para as cenas de sexo oral, já que a transmissão por meio desta prática é considerada significativamente menor que por outras vias.
A regulamentação também prevê que os realizadores paguem uma taxa para custear vistorias regulares aos sets de filmagens, a fim de verificar a aplicação da lei.
Fico pensando quem será que irá ser o responsável por "verificar" os sets de filmagens. Um emprego um tanto cobiçado, ao mesmo tempo cansativo e enfadonho. Afinal, só diretor de filme para gostar de ver os outros tendo relações sexuais, e vibrando para que a cena seja quente o suficiente e corrigindo eventuais desvios de rota...