Energia nuclear
Mas os conjuntos de química eram ainda mais inseguros, apesar de as crianças acharem divertidíssimos, o que realmente era, mas elas não imaginavam o risco que estavam correndo.
Com esses kits, as crianças podiam fazer experiências com a mistura e aquecimento de produtos químicos, como o nitrato de sódio, cloreto de amônia e cloreto de cobalto, sendo que alguns ainda incluíam diferentes tipos de cianeto.
Em seguida, houve, naturalmente, o Kit Gilbert sopro de vidro, que permitia que as crianças produzissem os seus próprios tubos de ensaio, derretendo e moldando vidro com um maçarico. Mas o pior ainda estava por vir. Logo, o produto Gilbert U-238 Laboratório de Energia Atômica foi lançado e, apesar de ter durado pouco tempo, muitas crianças tiveram horas de diversão manipulando material radioativo.
As crianças podiam aprender a usar um contador Geiger (também incluído no kit) — que é um detector de radiação —, usar o minério de urânio contido no kit (tudo muito seguro), brincar com a câmara de nuvem em miniatura e ler tudo sobre materiais radioativos nos livros incluídos.
Havia também um folheto que tinha um curso intensivo sobre como encontrar o seu próprio urânio. O item foi retirado de circulação devido a denúncias de que ele era radioativo e representava perigo para as crianças. A bizarrice e o perigo do brinquedo se tornaram tão famosos tempos depois, que o item é hoje um dos mais procurados por colecionadores, que podem pagar um alto preço por ele.
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