Getty Images - O apoio excessivo de uma parte da cabeça se dá principalmente durante o sono
Outra tática para a correção da assimetria craniana é o uso da órtice, conhecida popularmente como “capacete”. A órtice é feita a partir do escaneamento a laser da cabeça da criança.
“A órtice apóia o tempo todo onde está proeminente e nunca onde está achatado. É apoio, não é pressão” esclarece Gerd. Segundo ele, o capacete não deve incomodar ou machucar a criança. Ela o usa 23 horas por dia, tirando apenas para limpeza da órtice e banho do bebê.
“A cada 15 dias, a criança retorno ao médico. A gente vai desgastando a órtice por dentro, dando progressivamente mais espaço onde é preciso. Vamos direcionando o crescimento para o lugar certo”, conta o médico.
O tratamento com a órtice também precisa ser iniciado cedo: entre três meses e um ano e meio, pois o alto ritmo de crescimento encefálico é necessário para que a correção da assimetria aconteça.
Uma criança sem tratamento se torna um adulto com assimetria craniana. A primeira consequência, e mais visível, é estética. Quanto às questões funcionais, apesar de o cérebro funcionar de forma normal, Gerd destaca o fato de a estrutura craniofacial estar torcida, especialmente nos casos de plagiocefalia, pode gerar alguns problemas. O desalinhamento das orelhas que angula o conduto auditivo pode dificultar o mecanismo de autolimpeza, o que aumenta as chances de otite, por exemplo.
Além disso, a articulação temporomandibular, ATM, também fica desalinhada: “Problemas de oclusão dentária, mastigação e dor na ATM são muito mais frequentes em pessoas com plagiocefalia posicional não corrigida, quando comparadas com a população geral”, afirma Gerd. No entanto, ele ressaltou que a assimetria craniana não atrapalha o desenvolvimento cognitivo da criança.
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