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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

01 - A nudez na rede - Sociedade/Comportamento

O nu, exposto em aplicativos como Tinder e Instagram, já não choca tanto, mas está sendo usado para estreitar relações e queimar etapas na construção da intimidade.

Fernanda Preto fotografando: fazer um book sensual é mais aceitável hoje

"Não tiramos mais fotos para nós mesmos. Nós as tiramos para serem compartilhadas". A avaliação do crítico de arte do jornal britânico “Guardian”, Adrian Serle, radiografa uma transformação da relação entre arte e nudez na esteira de aplicativos como o Grindr, OK Cupid, Tinder e Instagram. Mas a transformação não se esgota aí. Está em curso uma mudança na relação humana com a fotografia e com a imagem do próprio corpo.
“Percebo hoje um grande passo em relação à vontade de se ver sendo fotografada nua”, observa a fotógrafa Fernanda Preto. Ela é dona de uma vasta experiência na fotografia sensual, tanto na vertente autoral (Ensaiopitanga.com e a Série Estudos de Nu), como em sua veia mais comercial, com trabalhos para revistas como a Status.
“Existe uma curiosidade menos velada do que havia há três ou quatro anos, quando essa vontade era perceptível, mas se manifestava com mais pudores. Era difícil, por exemplo, obter autorização para divulgar as fotos de uma cliente. O ensaio ficava envolto numa atmosfera de sigilo, como se fosse um conteúdo proibido”. Para Fernanda, hoje a ideia de ser fazer um book sensual é mais aceitável.
“Acho que isso tem relação com o fato de a exposição do corpo ter se tornado quase banal nas mídias sociais. A mulher que procura ser fotografada nua agora se sente mais segura para exibir o corpo”.


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