O câncer de pele é a forma mais comum da doença, mas, por outro lado, também é uma das mais facilmente curáveis. Segundo a Sociedade Americana de Câncer, mais de 3,5 milhões de casos da doença são diagnosticados anualmente nos Estados Unidos, mais do que todos os outros tipos de câncer combinados.
No Brasil, são cerca de 190 mil novos casos todos os anos. O câncer de pele também é o de maior incidência no país. Nas últimas décadas, o número de casos vem aumentando. Quase todos resultam da exposição excessiva à luz ultravioleta, embora outros possam ser causados pelo homem, com bronzeamento artificial, por exemplo.
Contudo, o risco de desenvolver melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele, dobra em pessoas que costumam tomar banhos de sol frequentes. "As pessoas subestimam o dano que as queimaduras solares podem trazer à pele. Elas pensam que a vermelhidão é apenas uma parte inofensiva do processo de bronzeamento da pele, quando, na verdade, se trata de um sinal de dano irreparável", afirma Johnathon Major, da Associação Britânica de Dermatologistas.
Segundo Walayat Hussain, especialista em câncer de pele do Leeds Teaching Hospitals NHS Trust, "o diagnóstico precoce é a chave para a cura."
Sinais assimétricos podem ser indício de câncer de pele
A melhor maneira de prevenir o melanoma é prestar atenção à pele e, especialmente, a todos os sinais, afirmam especialistas. Confira abaixo o alfabeto para melhor decifrar o melanoma:
A para ASSIMETRIA: Um sinal que, quando dividido ao meio, não parece o mesmo de ambos os lados.
B para BORDA: Um sinal com bordas que são pouco definidas ou irregulares.
C para a COR: Alterações na cor do sinal, incluindo escurecimento, propagação de cor, perda de cor ou aparência de diferentes cores como azul, vermelho, branco, rosa, roxo ou cinza.
D para DIÂMETRO: Um sinal maior do que 1/4 de polegada (0,6 cm) de diâmetro
E para ELEVAÇÃO: Um sinal que está elevado por cima da pele e possui superfície irregular.
Outros sinais de alerta são:
Uma ferida que não cicatriza. Propagação do pigmento da borda de uma mancha até a pele. Vermelhidão ou nova inflamação além da borda. Mudança na sensação (coceira, sensibilidade ou dor). Alterações na superfície do sinal (escamação, exsudação, sangramento, ou o aparecimento de protuberância ou nódulo).
Especialistas dizem que às vezes é difícil constatar a diferença entre o melanoma e um sinal comum. Para Hussein, a recomendação, portanto, é que o paciente vá ao médico sempre que tiver dúvidas.
"É preciso ser ponderado com relação ao sol. Não se trata de não se expor aos raios solares, mas apenas agir com sensatez".
Entre as medidas de prevenção destacam-se:
- Evite expor-se ao sol das 11h às 15h
- Use chapéu e aplique protetor solar com índice de proteção elevado
- Aplique o creme várias vezes durante o período de exposição ao sol
- Evite a todo custo queimar a pele
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