Assistimos à mudanças no nosso planeta. Observamos, todos os dias, alterações climáticas, devastações, alterações significativas em nossa pequena casa azul. Mais que ver, é acabar atestando e colaborando, seja pela inércia, ou pela atuação direta.
A atualização da Lista Vermelha da União Internacional de Conservação da
Natureza (IUCN, da sigla em inglês) mostrou que o rinoceronte negro ocidental
(Diceros bicornis longipes) está oficialmente extinto. A espécie tinha como habitat natural a região de Camarões
na África ocidental. Especialistas avaliam que um dos motivos para a extinção é
o tráfico de chifres, prática que também coloca em risco outras espécies de
rinocerontes.
A organização responsável por divulgar a lista afirmou que, apesar dos
esforços ambientalistas de preservação das espécies, cerca de 25% dos mamíferos
correm risco de extinção. Outras subespécies que está correndo risco são o
rinoceronte branco na África Central (Ceratotherium simum cottoni), classificado
como possivelmente extinta, o rinoceronte javanês (Rhinoceros sondaicus), já
quase desaparecendo, além de outras subespécies dessas mesmas famílias. O
rinoceronte javanês só não é considerado extinto por existir uma pequena
comunidade da espécie em Java. Porém, essa população está em declínio.
A IUCN criticou a falta de apoio político aos esforços de conservação dos
habitats dos animais. A organização explica que o motivo para a sua extinção se
dá principalmente pela caça ilegal para obter os chifres dos animais. Existe uma
teoria que substâncias dos chifres sejam terapêuticas contra o câncer, mas não
há nada que comprove tal suposição.
A lista publicada também mostra uma nova preocupação com Madagascar, pois 40%
dos seus répteis apresentam desafios na preservação. Entre estes estão inclusas
espécies de camaleões, lagartixas, cobras-de-pernas e serpentes, mas a
instituição tem otimismo nesses casos. As espécies que apresentam estado crítico
já têm áreas de conservação.
Considerar que existe a evolução das espécies, e algumas somem de fato, dando espaço para outras, deixamos de avaliar que estamos tirando o espaço de quase tudo. Talvez, ponderar sobre equilíbrio, e mais que isso, não consumir mais do que podemos repor, é um caminho para manutenção da vida.
Afinal, este planeta, ainda é o único local que fornece condições para desenvolvimento da vida humana, melhor preservar...
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