A maior rede social do mundo liga mais de meio bilhão de pessoas. Isso
permite comunicações e compartilhamentos em vários níveis, que vão desde
pequenos arquivos até grandes obras, vídeos e outros materiais de interesse
comum. Você já deve saber que essa rede é o Facebook, mas você acha que ele é
tão seguro quanto imaginamos?
Nas últimas semanas, várias denúncias surgiram, todas afirmando que os dados
pessoais armazenados nos servidores do Facebook vão muito além do que pode ser
considerado respeitoso à privacidade dos usuários. Há informações, inclusive,
que afirmam que mesmo depois de deletar a conta, os ex-cadastrados continuam
tendo os movimentos registrados. Mas como o Facebook faz esse rastreio?
Assim como grande parte dos sites da internet, o Facebook instala cookies no
seu computador. Eles são responsáveis pelo armazenamento de uma série de
informações de navegação e, o principal, são utilizados para enviar estes mesmos
dados até servidores remotos.
E é com base nesses cookies que as denúncias de que o Facebook estaria
rastreando seus usuários surgiram. Segundo o USA Today, a rede social estaria
quebrando as regras de privacidade em três níveis:
Conectado: assim que você se loga nos servidores, um cookie de sessão e um
cookie de navegação são instalados no navegador. Eles são responsáveis pela
medição de tempo de permanência na página, além de localizar IP, resolução e
várias outras informações técnicas. Além disso, todas as vezes que você clicar
em "Curtir", preferências de usuário serão salvas.
Desconectado: quando você está navegando em outras páginas ou se está
visitando o Facebook, sem estar logado na rede social, apenas o cookie de
navegação é instalado. Porém, todos os itens citados anteriormente continuam
sendo informados ao servidor, incluindo seu IP e seu tempo de permanência.
Após encerrar as atividades do Facebook: denúncias de um grupo alemão apontam
para o fato de que, até mesmo após deletar a conta na rede social, os usuários
continuam sendo rastreados. Isso significa que dados de navegação continuam
sendo recebidos pelos servidores de Zuckerberg.
A fonte principal das acusações
é a ACLU (União pela Liberdade Civil Americana, uma organização independente dos
EUA), que afirma categoricamente: "A rede social está seguindo você". Foi ela
que entrou em contato com o órgão governamental FTC (Comissão Federal do
Comércio, também dos EUA), com as denúncias de que o Facebook estava roubando
informações.
O que a ACLU pede é que uma ferramenta chamada Do not track (Não rastreie)
seja instalada no Facebook. Com ela, os usuários poderiam decidir se desejam ter
suas informações de navegação rastreadas e enviadas para a rede social e seus
parceiros. O próximo passo, caso a FTC endosse as denúncias, será levar os
pedidos até o congresso norte-americano.
O Facebook está passando pelas mesmas denúncias que a Google passou algum
tempo atrás. Provavelmente, o rastreamento de dados de navegação deve ser
utilizado para personalização de oferta de conteúdo, segmentando com mais
eficiência os anúncios exibidos.
Encarar esses fatos como invasão de privacidade depende de cada usuário. Mas é
fato que, nem todos gostam de saber que estão tendo todos os passos
vigiados. Ainda mais quando não se sabe quais são as reais intenções por trás da
atitude.
Pode-se começar a pensar na paranóia: Você está sendo seguido e vigiado, e tem algo a esconder, ou não quer que saibam? Mude seu caminho...
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