A formação de tantos profissionais de saúde permitiu que a ilha criasse a figura do Médico de Família, profissionais que atendem em todos os bairros e encaminham os pacientes para especialistas ou hospitais. Mas esse é justamente o programa mais afetado pela saída dos médicos ao exterior.
O fechamento de algumas das casas de saúde gera insatisfação entre os cubanos, aumenta a concentração de pacientes por médico e o tempo de espera. Ainda assim, 60 mil médicos ficaram em Cuba, 1 para cada 200 habitantes - média melhor que a de muitos países desenvolvidos. A ilha também tem uma expectativa de vida próxima aos 80 anos e programas de prevenção a Aids e HIV reconhecidos internacionalmente.
O que se observa é uma briga onde a população se torna refém. Os médicos tem reclamado dos planos de saúde, mas recebem gratificações adicionais se não ficarem pedindo muitos exames necessários. Eles também reclamam dos salários dentro da rede pública, mas costumam em alguns casos, faltar, ou deixar de cumprir a jornada, combinando com outros colegas para uma cobertura. Ou seja, não deixam de atender, apenas diminuem a possibilidade e velocidade de atendimento, visto que acabam diminuindo o número de profissionais.
O governo, por sua vez, finge que não vê, fornece locais inadequados e sem a menor estrutura, jogando profissionais que vão pelo sonho, mas se descobrem perdidos sem materiais para uma simples sutura. Os planos de saúde acabam tentando reverter e inflar seus lucros penalizando quem tenta de fato cuidar da população, na rede dita credenciada, usando de multas, excluindo profissionais, diminuindo valor de remuneração, e criando dificuldades no atendimento.
Nesse meio, a população fica à mercê dos ventos, quando uma ou outra ideia é esplanada, acaba sendo ou bombardeada ou se perde na inocência de sua proposta, transformando como plataforma eleitoral. Os médicos que virão, de países alinhados à política atual, não serão pagos, o dinheiro será remetido ao país de origem (em especial CUBA). Isso transparece uma ajuda de remessa de divisas oficiosa, manipulando o conceito inicialmente proposto.
Afinal, o ministro de estado da Saúde deste país Tropical já foi escolhido como candidato ao partido do governo central para tentar se eleger no Estado de São Paulo. Se o projeto der certo ele ganha, senão fica a oposição que a semelhança da situação é simplesmente as siglas, pois os mecanismos usados para manipular continuam os mesmos...
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