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sábado, 21 de dezembro de 2013

02 - Vamos aprender? Giárdia - Saúde

O ciclo de vida é simples: ocorre a ingestão do cisto (forma infectante), onde no duodeno ele deixa de ser cisto e passa para sua forma ativa, o trofozoíto. Os trofozoítos têm proteínas de adesão às células da mucosa e geralmente não são arrastados com as fezes. Estes então, colonizam o intestino delgado, fazendo diversas divisões binárias, podendo assim causar uma inflamação na mucosa intestinal, resultando em diarréia. Alguns trofozoítos transformam-se em cistos, que são formas resistentes mas inativas, que são arrastadas e excretadas com as fezes. No exterior, os cistos resistem por algumas semanas até aproximadamente 2 meses. Se forem ingeridos por algum animal, são ativados durante a passagem pelo seu estômago e transformam-se em trofozoítos, completando seu ciclo de vida biológico.
Os principais riscos de infecção pela Giárdia é pelo consumo de alimentos contaminados por água não tratada, além de auto-infecção ou manipulação de alimentos de forma inadequada. A infecção pode ocorrer também através de relações sexuais.
A giárdia (Giardia lamblia) costuma ser encontrada em diversos lugares do mundo, afetando, principalmente, crianças na faixa de 6 anos - interessante ressaltar que este fato é devido a proximidade de criança brincarem em parques,nas ruas, entre outros lugares que possam conter o cisto, ou a própria ingestão de alimentos contaminados - podendo assim ocorrer surtos em creches, por exemplo, aonde as pessoas desta faixa etária se contaminam com maior facilidade, devido ao contato direto.
Giárdia (Giardia lamblia) causa diarreia e dificuldades na absorção intestinal. Por aderir e diminuir as microvilosidades do intestino, dificultando a absorção de nutrientes; e por possuir proteases que agem em glicoproteína, levando lesões à mucosa, desencadeando também uma resposta inflamatória.
O diagnóstico é confirmado a partir do achado de cistos ou trofozoítas nas fezes. Por haver pequena quantidade em amostras, é de difícil diagnóstico, por isso deve-se ter ao menos três amostras do paciente suspeito ou contaminado. Uma maneira mais direta, porém menos quantitativa, é a pesquisa de antígeno por ELISA nas fezes. Tendo um alto grau de sensibilidade (de 85 % a 95%) e de especificidade ( 90% a 100%).

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