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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Demência e Viuvez: Existe ligação? - Saúde

Pode não ser correto, mas pode indicar um caminho: Segundo um novo estudo, ficar viúvo e nunca se casar novamente pode aumentar o risco de demência e mal de Alzheimer.
Escrevi antes sobre o problema em si, mas nunca havia lido algo a respeito, por esse prisma. O mal de Alzheimer é marcado pela perda de memória, desorientação e alterações de comportamento. Ninguém sabe por que a doença se desenvolve, mas depósitos anormais de uma certa proteína parecem desempenhar um papel na morte das células cerebrais.
Pesquisadores foram financiados para estudar como as experiências de vida podem desempenhar um papel no desenvolvimento do mal de Alzheimer e outras demências. Como parte do projeto, eles acessaram um banco de dados com registro genealógico detalhado de cidadãos de Utah, EUA, com informações sobre americanos nascidos entre 1895 e 1930. Os resultados são preliminares, mas indicam que a viuvez quase dobrou o risco de demência, e aumentou em 2,17 vezes o risco de mal de Alzheimer.
Os pesquisadores dividiram os participantes em categorias que refletem histórias complicadas de relação: os que casaram e permaneceram casados, os casados e divorciados que não se casaram novamente, e os casados e viúvos que não se casaram novamente. Eles também dividiram as pessoas com casamentos múltiplos, em categorias com base no fato de qualquer dos casamentos terem terminado em viuvez ou divórcio.
Depois de controlar idade, sexo, escolaridade e presença da variante do gene APOE e4, conhecido por contribuir para o mal de Alzheimer, os cientistas descobriram que várias mudanças civis, especialmente a viuvez, colocam as pessoas em risco elevado de desenvolver demência mais tarde. O maior risco de demência era entre os que tinham se casado uma vez, tornado-se viúvos e nunca mais se casado. As pessoas menos prováveis a ter demência foram aquelas que permaneceram casadas e não eram viúvas, e aquelas que se casaram, se divorciaram e continuaram solteiras.
Os pesquisadores acreditam que ainda há muitas questões sobre como outros estressores podem desempenhar um papel na demência. Estudos com animais sugerem que o estresse acumulado durante a vida pode acelerar a morte celular no hipocampo, um dos centros da memória do cérebro, e isso pode tornar o cérebro mais vulnerável aos efeitos do mal de Alzheimer.
Também, os cientistas acreditam que o divórcio não aumenta o risco de demência porque o casamento em si era estressante, e sair dele foi um alívio. Por outro lado, a viuvez pode causar grandes estresses à vida. O próximo passo do estudo é refinar os resultados, por exemplo, se ficar viúva aos 25 anos versus aos 75 pode fazer a diferença no risco das doenças mais tarde.
É necessário também contar com outros fatores como a depressão ou a morte de uma criança. A depressão já foi considerada um fator de risco para mal de Alzheimer no passado. A ideia é descobrir quais estressores colocam as pessoas em mais riscos para que os médicos possam desenvolver tratamentos e programas para aliviar essa ansiedade o quanto antes, impedindo a demência de surgir.[LiveScience].
Muito se deve estudar e avaliar, mas o problema fica evidente, principalmente quando temos alguém próximo acometido pela doença. Passei por isso...

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