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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Vestidinho rendendo... - Sociedade/Comportamento
O Tribunal de Justiça de São Paulo começa hoje o julgamento das apelações do processo que a hoje atriz Geisy Arruda move contra sua ex-faculdade, a Universidade Bandeirante de São Paulo. Ela teria sido ofendida por outros alunos e expulsa pela direção sem nenhum aviso prévio. Tudo graças a um vestido curto e justo que usou para ir a uma aula do curso de Turismo no campus da universidade em São Bernardo, em outubro de 2009.
A Uniban já foi condenada, pela Justiça de São Bernardo, em setembro de 2010 a pagar R$ 40 mil à jovem, mas o valor foi considerado baixo. A defesa acredita que como a universidade pagou cerca de R$ 500 mil para publicar a nota da expulsão em jornais de grande circulação, poderia muito bem desembolsar o dobro como indenização para Geisy. A instituição recorre da sentença.
Dizendo que a parte jurídica cabe "só a meu advogado", a loira afirma que aceitaria um acordo. "Não é só o dinheiro, é a questão do respeito por tudo que passei", disse, enfatizando que o valor, no entanto, precisa ser maior. "Estou muito tranquila para o que o juiz decidir. Se a gente não gostar, vamos recorrer de novo."
Passados mais de dois anos, Geisy diz que superou o episódio. Pudera: a loira realizou o sonho de virar celebridade. Posou nua, participou de reality show e integra o elenco do humorístico Escolinha do Gugu, interpretando ela mesma. O próximo desafio é entrar para o curso de teatro. "Para isso estou estudando muito", garantiu.
No entanto, a vida profissional vai dar um tempo para o Carnaval. Geisy desfilará por duas escolas: Águia de Ouro, em São Paulo, com um vestido rosa, e Porto da Pedra, no Rio, onde representará uma gueixa, figura típica da cultura japonesa.
Lembrando o caso, a moça em questão foi à Faculdade com um vestido extremamente curto, ousado, mostrando suas formas e um pouco de sua intimidade. Como o prédio que estudava é em formato de Estádio, e passando próximo ao guarda-corpo, permitiu-se ver tudo de ângulos mais favoráveis, principalmente na utilização da escada.
Com isso, alunos mais animados, começaram a declamar palavras alusivas, a qual se sentiu ofendida, tendo que sair amparada pela segurança. Ela foi hostilizada por provocar a manifestação dos estudantes que queriam mais que uma simples visão de amostra.
O comportamento social dos ditos estudantes, e o fato da moça utilizar roupas singelas, evidenciando sempre (como foi esclarecido) suas formas, de forma provocativa e ousada, me remete ao que os pais fazem com seus filhos. Uma roupa ousada é bem vinda, mas em ambiente propício, não para estudar, pois dá a conotação que o objetivo é outro fora das carteiras escolares.
De outro lado, a forma animalesca dos alunos, com sua demonstração de discórdia e agressão verbal (quase física) demonstra também que a educação é na escola, mas a formação comportamental é na casa de cada um. Controlar os hormônios, mesmo que sendo difícil de esconder sob o tecido da calça, mas ao menos escondendo a manifestação explicita faz parte da forma como os pais controlam seus filhos, evitando que outra ingenua possa passar por situação similar...
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