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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ainda 11 de setembro... - Economia

Está completando 11 anos da tragédia. Um juiz de Nova York aceitou um processo milionário aberto pelos proprietários das Torres Gêmeas contra as companhias aéreas American e United Airlines por negligência nos atentados de 11 de setembro de 2001, que destruíram o World Trade Center.
Segundo uma decisão do juiz federal Alvin Hellerstein, incluída na ata do caso, as companhias aéreas em questão deverão enfrentar em um julgamento um pedido de US$ 2,8 bilhões que são exigidos pelos proprietários do grupo World Trade Center Properties LLC (WTCP). Em seu processo, o WTCP afirma que "se não fosse pela negligência das companhias aéreas acusadas, os terroristas não teriam entrado e sequestrados os aviões, nem os teriam jogado contra as Torres Gêmeas".
Apesar de a WTCP alegar danos no valor de US$ 8,4 bilhões, o juiz Hellerstein estabeleceu que os donos do World Trade Center não tinham direito a reclamar mais que US$ 2,805 bilhões, o preço que pagaram em julho de 2001, dois meses antes dos atentados, ao arrendar por 99 anos as torres do complexo. Como WTCP já obteve US$ 4,091 bilhões em termos de pagamento do seguro pelos danos sofridos pelos imóveis, as companhias aérea apresentaram uma moção ante o juiz para que arquivasse o processo contra elas, alegando que os proprietários foram compensados acima do previsto pelo próprio magistrado.
No entanto, Hellerstein rejeitou esse argumento, assinalando que a "superposição entre a indenização do seguro à WTCP e a indenização pela responsabilidade das companhias aéreas apresenta questões de fato que requerem um julgamento". Com os elementos atualmente à sua disposição, não é possível estabelecer se o pagamento do seguro recebido pelos proprietários das Torres Gêmeas corresponde às categorias potenciais reclamadas à American e United Airlines.
Dois aviões da American Airlines e dois da United Airlines foram sequestrados em 11 de setembro de 2001 e três deles foram jogados contra as Torres Gêmeas em Nova York e o Pentágono em Washington, deixando mais de 3.000 mortos. No caso do World Trade Center, foram o voo 11 da American Airlines que havia decolado de Boston (nordeste) e o voo 175 da United Airlines, que havia partido de Washington. O voo 77 da American Airlines, que havia decolado também Washington, foi jogado contra o Pentágono. Enquanto isso, o quarto avião, o voo 93 da United, caiu num campo da Pensilvânia (leste) depois que os passageiros - alertados por celular do que estava ocorrendo - confrontaram os sequestradores.
Bem, daqui a pouco estarão pedindo indenização às famílias das pessoas responsáveis pelos ataques. Numa guerra ou atentado, é possível estabelecer culpabilidade pela ação de terceiros? Se for assim, as empresas de Aviação podem se tornar vítimas de um processo de ressarcimento, visto que não são elas que controlam quem entra num aeroporto, nem a sua liberação, apenas efetuam o embarque.
Podem culpar também os responsáveis pela gestão das estradas de acesso, e assim por consequente, tirando cada qual, sua casquinha do volume de indenização. O WTC foi alvo de um ataque com caminhão bomba no seu estacionamento, isso induz que o porteiro responsável pelo controle de veículos deve pagar a indenização?
Tragédias estão virando apenas caminhos para reparar um dano, esquecendo que as vítimas se foram e seus familiares ainda choram suas ausências...


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