Desde meados da década de 1990 o Toyota Corolla é ano após ano o automóvel mais vendido no mundo. Não é mais. Segundo índice do instituto IHS Global, a primeira colocação agora pertence ao Ford Focus, que teve 489.616 unidades produzidas no primeiro semestre de 2012 contra 462.187 exemplares do modelo japonês.
O terceiro e quarto postos também são de produtos Ford, no caso o Fiesta, com 375.295 unidades, e as picapes F-Series, que já somaram 367.781 modelos vendidos nos seis primeiros meses de 2012. Já o Volkswagen Golf, que por anos acompanhou o Corolla de perto na segunda colocação, neste ano caiu para a quinta posição, com pouco mais de 360 mil carros emplacados. O top 10 ainda continua com Toyota Camry, Chevrolet Cruze, Toyota Prius, Honda CR-V e VW Polo.
Conforme analise da IHS, o avanço do Focus é fruto do aumento da participação da Ford no mercado asiático, que vem compensando a queda da fabricante no mercado europeu, que já passa dos 30% na comparação com os resultados de 2011.
Esses números podem causar estranheza, visto que no mercado brasileiro, a montadora continua na quarta (se não na quinta) colocação, no mercado local. Em primeiro lugar, disputam de forma acirrada e constante a GM e a FIAT, com a Volkswagem logo em seguida.
Mas olhando um pouco mais para trás, percebe-se que a Ford, como empresa global, deu um salto e se antecipou para o futuro. Quando houve a grave crise no mercado Americano, a injeção de vultuosos empréstimos governamentais às montadoras, a Ford foi a única que recusou o auxílio.
Conseguiram entender que depender apenas de um único (mas significativo) mercado não era o caminho. Com isso incentivou outras plantas industriais a desenvolverem produtos que pudessem agradar a população local, sem deixar de vir a atender o mercado mundial. Com isso ganhou produtividade e qualidade, proporcionando que outras pessoas inovassem. O resultado disso são os números apresentados. (E o carro, um belo produto...)
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