Fotografada na saída do local, Goodman seguia usando o uniforme oficial do Aberto dos Estados Unidos. Ela foi detida na última terça, no lobby de um hotel em Nova York, quando estava prestes a entrar em um transporte para Flushing Meadows, complexo onde estão ocorrendo as partidas do torneio qualificatório do Grand Slam, o qual ela arbitraria.
Mãe de três filhas, Goodman, 70 anos, é acusada de ter assassinado o marido, Alan Frederic Goodman, 80 anos, em 17 de abril, na casa onde o casal morava, em Woodland Hills, em Los Angeles. Segundo publicou o jornal americano New York Daily News, a promotoria acredita que o crime tenha sido cometido com uma caneca de café - ela teria continuado a golpear a cabeça do marido mesmo depois da quebra, com os pedaços que sobraram.
Na época, ela alegou que a morte havia sido provocada por uma queda das escadas, explicação que nunca foi totalmente aceita devido aos "múltiplos ferimentos" encontrados no corpo de Alan. Além disso, havia muito sangue no apartamento, o que não sustentava a hipótese.
Conforme informou uma fonte policial ao diário, no dia da morte Goodman começou a conversar com os policiais diante da cena do crime sobre a sua carreira e sobre o ex-tenista americano Andre Agassi, antigo número 1 do mundo, cujas partidas já dirigiu no circuito profissional. Enquanto o corpo do marido jazia ensanguentado em uma cama, ela teria ainda "lamentado amargamente" a morte de Alan.
De acordo com o jornal The New York Times, os dois completariam 50 anos de casamento em maio de 2012. Nesta quarta, Goodman esteve em uma corte de Nova York para explicar o caso. Segundo o mesmo diário, procuradores pediram que a fiança para Goodman seja estabelecida em US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,02 milhões). Nas palavras de David Storaker, funcionário do Departamento de Polícia de Los Angeles, a árbitra se mostrou sempre muito tranquila durante as investigações.
Advogado de Goodman em Nova York, Guy Oksenhendler afirmou ao diário The Wall Street Journal que a cliente estava "ansiosa" para responder às acusações. Ele questionou a atitude dos policiais de prenderem-na em Nova York, sugerindo que essa seria uma tática para ganhar as manchetes e expressando preocupação de que isso possa prejudicar sua defesa, na Califórnia.
Bem, digamos que tentar imaginar a cena é algo grotesco. Duas pessoas idosas, ela de 70 anos, ele com 80, a caminho de completarem 50 anos de união. Por mais que se tente explicar, justificar, não consigo imaginar algo. Acho que o companheirismo por tantos anos de vida comum, deveriam ser mais que suficientes para transmitir a cumplicidade necessária.
Vou um pouco mais longe, uma relação pode ser tão segura e fiel, com menor tempo, basta que as pessoas se permitam confiar e acreditar. Mas, a vida vai moldando e fazendo com que as pessoas se tornem cada vez mais racionais e imediatistas. É a escolha que fazem que levam as consequências, como no caso, danosas e absurdas...
Acusada de matar marido, Goodman foi extraditada para a Califórnia
Foto: Reuters
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Acusada de matar marido, Goodman foi extraditada para a Califórnia
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