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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Proteger para nos proteger - Ecologia

Áreas de proteção ambiental cobrem 12,7% da superfície terrestre do planeta, ainda abaixo dos objetivos traçados pela ONU, enquanto a América Latina lidera o ranking das regiões com maior área protegida, revelou um estudo global divulgado recentemente. Segundo o relatório "Planeta Protegido", áreas destinadas a parques nacionais e outros tipos de reservas ambientais cresceram ante os 8,8% registrados em 1990.
Uma das metas definidas pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), assinada por membros das Nações Unidas, é de que 17% do território do planeta estejam sob proteção até 2020. "Áreas protegidas têm contribuído significativamente para a conservação da biodiversidade, e um aumento em sua cobertura e efetividade é vital para prosperidade do planeta e das comunidades no futuro", disse a diretora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza, Julia Marton-Lefèvre, durante o Congresso Mundial da Natureza, em Jeju, na Coreia do Sul.
O levantamento mostra que a América Latina tem 20,4% de suas terras protegidas oficialmente, acima da média das regiões em desenvolvimento --13,3% de área protegidas-- e das regiões desenvolvidas do planeta, que têm 11,6% de suas áreas protegidas. Para atingir a meta de 17% estabelecidas pela CDB com áreas nacionais protegidas, mais 6 milhões de quilômetros quadrados de áreas terrestres e de águas continentais terão que ser reconhecidos como protegidos, uma área 10 vezes o tamanho de Madagascar.
O estudo também trata de áreas protegidas no oceano, onde a meta está mais longe de ser cumprida. Atualmente, 4% de áreas de oceano sob jurisdição de países estão protegidas, enquanto a meta até 2020 é de 10% da área. As entidades que organizaram o estudo avaliam, no entanto, que áreas protegidas oficialmente não significam que na prática esteja ocorrendo conservação dos recursos naturais.
Alguns países tentam colaborar, com a publicação de leis demarcando áreas e estabelecendo áreas de preservação permanentes (APP), isso no papel. Burlar as leis é uma prática comum, seja no mercado que for. Alguns alegarão necessidade de desenvolvimento, outros irão dizer que apenas estão dentro da legislação. Muitos simplesmente ignoram, e fazem estragos absurdos.
Não sou contra o desenvolvimento, muito pelo contrário, sou capitalista, mas tenho em mente que preciso deixar herança para os meus. A forma de deixar algo não é apenas em palavras, mas em atitudes mais responsáveis. 
Hoje consumimos algo próximo de 2 vezes o que o planeta pode repor, em termos de recursos. Alguns países conseguem consumir 4 vezes, proporcionalmente à sua população. Não temos tecnologia de exploração como nos filmes de ficção, onde se constroem naves imensas (de onde vão tirar o material?), colocando alguns escolhidos para povoar um novo e distante planeta.
Melhor pensar um pouco mais no que podemos fazer, e de fato fazer algo. A teoria e reuniões da ONU são lindas, cheias de discursos inflamados e apaixonados. São capa de tabloides e revistas, mas apenas ficam se discutindo, mas sem o compromisso de Nações. Uma fica aguardando a outra fazer.
Espero que Estadistas pensem um pouco mais além dos votos, e partidos políticos, deixando de lado as proteções eleitoreiras, e façam algo pelo futuro, que já é o amanhã...

Vista do local onde será construída a Usina hidrelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do rio Xingu. 

(Foto: A …

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