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sábado, 10 de novembro de 2012

Especial: Hepatite VI - Saúde

(continuação...)
Mostrei alguns sintomas, agora darei início a tentar repassar um pouco sobre cada tipo das várias hepatites existentes, pois os sintomas são similares, independente da causa da hepatite.

1.) HEPATITES VIRAIS
Vários vírus podem causar quadros de inflamação do fígado, ou seja, hepatite. Podemos citar a dengue, o citomegalovírus (ou CMV) e a febre amarela. Porém, chamamos de hepatites virais apenas aquelas causadas por vírus que atacam preferencialmente o fígado. São cinco as hepatites virais: A, B, C, D e E. As três primeiras correspondem por mais 95% dos casos.
Ao contrário do que o senso comum nos leva a pensar, os vírus que causam as hepatite virais são muito diferentes entre si. O vírus da hepatite C, é por exemplo, muito mais parecido geneticamente com o vírus da dengue do que com os das outras hepatites. As hepatite virais devem ser encaradas como doenças diferentes, com tratamento e prognósticos distintos, mas que apresentam em comum o fato de serem vírus que causam hepatite.

- Hepatite A : É transmitida pela chamada via fecal-oral, ou seja, quando o vírus eliminado nas fezes de alguém contaminado é ingerido por uma pessoa sadia.Sua incidência é extremamente comum. Para entrar em contato com o vírus basta nadar em uma praia ou lago poluído por esgoto, comer algo preparado por alguém que não lava as mãos após evacuar ou se alimentar de frutos do mar oriundos de águas infectadas.
Como é de se esperar, locais com carência de saneamento básico, com esgoto a céu aberto, apresentam altas taxas de contaminação. A prevalência da doença é muito maior nos países pobres.
A hepatite A costuma ser mais branda que a B ou a C. Quando contraída em criança, pode passar despercebida, sendo confundida com uma gripe comum. Nos adultos costuma ser mais sintomática (falarei dos sintomas mais para baixo). Mesmo nos casos sintomáticos, a infecção costuma curar. Já existe vacina para hepatite A.

- Hepatite B: É transmitida em geral por contato sexual, transfusão sanguínea ou por agulhas contaminadas, não só em usuários de drogas endovenosas, mas também em tatuagens, piercings e acupuntura. A maioria dos doentes também costumam ter hepatite subclínica, com sintomas inespecíficos de infecção viral. O problema na hepatite B é que 5 a 10% nunca curam e desenvolvem o que chamamos de hepatite crônica, que a longo prazo pode levar a cirrose, falência hepática e câncer hepático. A chance da doença tornar-se crônica é maior nas crianças abaixo de 5 anos e chega a 90% nas infecções adquiridas por recém-nascidos durante o parto.
O vírus da hepatite B é 100 vezes mais infeccioso que o HIV. Estima-se em 350 milhões de pessoas com hepatite B crônica em todo mundo, 25% destes devem desenvolver cirrose ou câncer de fígado. A hepatite B também tem vacina.

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