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domingo, 31 de julho de 2011

Navegadores da Internet e QI - Tecnologia

Essa vai dar o que falar: O QI dos usuários do Internet Explorer, programa de navegação da Microsoft, é menor se comparado aos usuários de outros programas, como o Ópera, FireFox, Chrome e outros. Isso, foi obitido através de um estudo realizado por uma empresa canadense - AptiQuant, afirmando que usuários do navegador Internet Explorer, da Microsoft, principalmente das versões mais antigas, tem o quociente de inteligência (QI) inferior ao de usuários de outros programas.
O estudo afirma que os usuários do navegador Internet Explorer 6 possuem, em média, QI um pouco acima de 80, enquantoos usuários do Internet Explorer 8, tem a média de QI acima de 90. Já para usuários de outros navegadores, os números apontados foram superiores, sendo para do navegador Chrome, do Google, e do Firefox, da Mozilla, apresentaram QI acima de 110, segundo o estudo. Já usuários dos navegadores Camino e Opera tiveram resultado acima de 120 no quociente de inteligência.
Em estudo realizado em 2006, mostrou que os usuários à época, do Internet Explorer 6, apresentavam QI mais alto que o resultado atual, donde estão concluindo que o QI aumenta em decorrência da busca por versões mais novas do navegador, afirmando que indivíduos com QI menor tendem a não querer mudar ou atualizar o navegador do computador.
Publicado na Internet e divulgado pelo site Mashable, o estudo - intitulado Quociente de Inteligência e Uso de Navegadores - analisou resultados de testes de QI de 101.326 pessoas com mais de 16 anos. Elas foram agrupadas de acordo com o tipo de browser que utilizaram durante o teste.
O foco dos estudos, foram testes on-line aplicados de forma gratuíta, por quatro semanas, apenas para países de língua inglesa. Outro detalhe é que os usuários não foram avidsados que participavam de um estudo, portanto, pode-se questionar a seriedade como se realizou. Mas que isso ainda vai dar o que falar, não tenham dúvidas, pois muitos navegadores atuais, não podem rodar em equipamentos antigos, devido à falta de capacidade no trato de aplicações gráficas e limitações do equipamento e acessibilidade. Vamos ver o que pode acontecer, e a validade dos estudos, que a meu ver, serão apenas números sem grande valia…

sábado, 30 de julho de 2011

Telefonia Móvel: SmartPhones - Tecnologia/Economia

O mercado de TI (Tecnologia da Informação), cada vez mais demonstra apetite. Existem os equipamentos que são sonho de consumo de milhões, que ficam na fila desde um dia antes, na expectativa de serem os primeiros a desfrutar do objeto...
Mas, diz-se que alguns que não acompanham a evolução, se perdem no meio do caminho. São informações complementares, mas a primeira refere-se ao reinado da Nokia. A Gigante Finlandesa, que ainda continua sendo a maior fabricante de celulares e SmartPhones, está há tempos, perdendo o fôlego. Acaba de ser divulgado: A Apple e a Samsung puseram fim aos 15 anos de liderança da Nokia nas vendas de smartphones no segundo trimestre, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (29).
Isso derruba uma hegemonia de 15 anos no mercado, dos ditos celulares inteligentes. Desde que a Nokia lançou, em 1996 o modelo Communicator, dominava o mercado. No entanto, a concorrência das duas rivais mais próximas e uma queda nas vendas derrubaram a empresa do primeiro para o terceiro lugar no trimestre passado.
A Apple vendeu o volume recorde de 20,3 milhões de iPhones no segundo trimestre. Já estimativas de analistas mostravam que a Samsung teria comercializado 19 milhões de SmartPhones no período, bem acima das 16,7 milhões de unidades vendidas pela Nokia. O grupo sul-coreano se beneficiou da forte demanda por aparelhos equipados com o Android, do Google. “A linha Galaxy, da Samsung, se mostrou popular, especialmente o modelo S2, um dos mais caros”, disse Neil Mawston, analista da Strategy Analytics.

Existe uma expectativa de que os SmartPhones representem cerca de 28% do mercado total de celulares, já agora para 2011, representando um total de 420 milhões de aparelhos, segundo pesquisa da IMS Research divulgada no site TechCrunch. Analistas da IMS estimam que o número de smartphones chegue a um bilhão em 2016.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

De Juno à Júpiter - Ciência/Astronomia

Será lançado agora no início de agosto (dia 05) um foguete não tripulado Atlas 5, como parte de uma missão inédita ao coração do maior dos Planetas do Sistema Solar: Júpiter. Esse foguete, levará uma sonda robótica batizada de Juno, que deverá passar um ano dando voltas dentro dos “letais” cinturões de radiação jupiterianos, chegando bem mais perto que outras sondas lançadas anteriormente.
Seus principais objetivos são: descobrir quanta água existe por lá; o que motiva os enormes campos magnéticos do planeta, e se existe um núcleo sólido por baixo da sua atmosfera densa e quente.
Tais estudos se devem à crença que Júpiter foi o primeiro planeta a ser formado depois do nascimento do Sol, mas não se sabe exatamente como. Um dado importante que falta é a quantidade de água existente dentro do planeta gigante, que órbita o Sol a uma distância cinco vezes superior à da Terra. Assim como o Sol, esse gigante é formado principalmente de hidrogênio e hélio, com pitadas de outros elementos, como oxigênio. Cientistas acreditam que esse oxigênio se liga ao hidrogênio para formar água, o que pode ser mensurado por sensores de micro-ondas, um dos oito instrumentos científicos da sonda Juno.
O conteúdo aquático de Júpiter está diretamente ligado ao lugar -- e à forma -- como o planeta se formou. Alguns indícios apontam que ele surgiu em regiões mais frias, e então migrou para mais perto do Sol. Outros modelos computacionais sugerem que o planeta se formou mais ou menos na sua atual posição, pelo acúmulo de antigas bolas de gelo.
Seja como for, Júpiter possui pelo menos o dobro de massa se somássemos todos os outros planetas. Isso lhe confere uma força gravitacional grande o suficiente para preservar praticamente todos os materiais de sua constituição.
Espera-se que sejam obtidas fotografias detalhadas dos pólos do gigante gasoso. Mas, ainda deverá demorar até podermos começar a observar isso. A viagem de Juno a Júpiter levará cinco anos. Quando chegar lá, em julho de 2016, a sonda vai se instalar numa estreita faixa entre o planeta e a beirada interior do seu cinturão de radiação. A sonda, alimentada por energia solar, passará então um ano orbitando os pólos jupiterianos, chegando a apenas 5.000 quilômetros do topo das suas nuvens.
Só uma sonda atmosférica lançada pela Galileo, última nave enviada pela Nasa a Júpiter, chegou mais perto do que isso, mas ela foi capaz de enviar dados durante apenas 58 segundos, antes de sucumbir à pressão e ao calor extremos daquele ambiente.
O "coração" eletrônico da Juno está protegido por um baú de titânio, mas mesmo assim deve durar apenas cerca de um ano. Sua última ação será mergulhar na atmosfera do planeta, para evitar uma contaminação nas luas de Júpiter, onde teoricamente há condições de existir vida.
O lançamento da nave pode ocorrer entre 12h34 (horário de Brasília) até 13h33 da sexta-feira da semana que vem. Se as condições climáticas não permitirem, a janela de oportunidade para a decolagem fica aberta até dia 26 de agosto. A missão custará US$ 1,1 bilhão.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Caminhando pelas Ondas: Nova Fonte de Energia - Tecnologia

Bem, hoje banda larga é uma realidade ao menos nos grandes Centros. Cada vez mais, as pessoas se conectam, por vários meios, hoje o mais comum ainda são por cabos conectados diretamente ao terminal (Notebook, DeskTop, SmartPhone, etc). Alguns, já utilizam a rede sem fio, comumente conhecida por Wi-Fi ou mesmo a 3G ou 4G.
Muitos outros meios de comunicação utilizam o "ar" para transmitir seus sinais. Estamos literalmente mergulhados em um mar de ondas eletromagnéticas. Rádios, TVs, telefones celulares, redes de computador, satélites artificiais e uma infinidade de outros equipamentos emitem essas ondas continuamente. Um grupo de pesquisadores desenvolveu uma forma de coletar essa energia do ar, transformando-a em eletricidade pronta para ser usada em outros equipamentos.
É mais um elemento da chamada "colheita de energia", um conceito que vem chamando a atenção dos pesquisadores pela possibilidade de extrair energia do meio ambiente, disponível na forma de luz, vibrações, calor - e ondas de rádio. Para coletar a energia das ondas eletromagnéticas do ar, a equipe do Dr. Manos Tentzeris, da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, criou um novo tipo de antena.
As antenas foram fabricadas por uma técnica de impressão por jato de tinta, que aplica tintas condutoras sobre plástico ou papel. Isso permitirá que as antenas sejam construídas junto com o aparelho que deverão alimentar. Com uma banda ultra-larga, a antena permite captar uma grande variedade de sinais em diferentes faixas de frequência, o que aumenta a capacidade de captação das ondas.
No estágio atual, elas são capazes de captar energia da faixa de frequência das rádios FM até a frequência dos radares - de 100 megahertz (MHz) a 15 gigahertz (GHz). Na faixa de frequência de TV, os testes mostraram uma capacidade de "colheita" de várias centenas de microwatts - com a antena de colheita de energia posicionada a 500 metros da antena da estação de TV. As antenas multibanda podem gerar até um miliwatt, o que é suficiente para alimentar circuitos miniaturizados ou sensores sem fios. Ou podem ser usadas para alimentar circuitos menores com mais segurança, uma vez que a antena captará energia de outras faixas de frequência quando uma delas for interrompida ou diminuir de potência.
O processo de captar ondas eletromagnéticas e usá-las para alimentar um circuito não é novo: ele está na base do funcionamento das etiquetas RFID, por exemplo. Essas chamadas etiquetas inteligentes não possuem baterias: sua antena capta a energia do leitor que está querendo ler seus dados e usa essa energia para "acordar" seu circuito, fazê-lo funcionar e transmitir de volta a informação solicitada.
A ideia do Dr. Tentzeris é fazer isso em maior escala, criando fontes de energia versáteis que possam ser usadas para alimentar qualquer pequeno aparelho, incluindo sensores, microprocessadores e chips de comunicação. Segundo ele, usando supercapacitores e operação cíclica, será possível, numa próxima etapa, alcançar uma capacidade de geração na casa dos 50 miliwatts.
O dispositivo de colheita de energia poderia ser usado sozinho ou em conjunto com outras tecnologias de geração. Por exemplo, a energia coletada das ondas eletromagnéticas do ar poderia ajudar um painel solar a carregar uma bateria durante o dia. À noite, quando as células solares não fornecem energia, a energia coletada continuaria a aumentar a carga da bateria ou impediria sua descarga.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Impasse Americano: Mercados Apreensivos - Economia

É mais que notória a influencia política, econômica, cultural e tecnológica dos Estados Unidos. Mas o impasse para a elevação do teto da dívida pública do país, que atualmente está na casa dos incríveis US$ 14,3 trilhões de dólares (O PIB Brasileiro está próximo à US$ 2 bilhões), causa calafrios no mundo. Se o persistir a falta de acordo, existe um risco real de suspensão de pagamentos à partir de 3 de agosto.
Com isso, o presidente americano, Barack Obama, tem feito pronunciamentos e apelos em rede nacional de TV, alertando a nação para o que ele chamou de “Perigoso Jogo” dos republicanos, convocando todos os americanos a pressionar o Congresso por uma solução equilibrada, deixando de ser vítimas de uma chamada guerra política. Do lado dos republicanos, eles admitem que o país não pode suspender os pagamentos, mas também não podem dar um “cheque em branco” ao governo.
As propostas são de uma elevação em mais US$ 2,3 trilhões, pelo lado dos Democratas, garantindo certa folga até o término do mandato de Obama. Isso fica evidente na corrida presidencial, evitando-se voltar ao congresso para novas discussões e autorizações.
O FMI (Fundo Monetário Internacional), já se posicionou e pediu aos EUA que elevem o teto sem demora, pois prevê efeitos amplos e negativos, em uma crise em escala mundial. Analisando as informações, Diretores do Fundo, em parte observam que uma alta na taxa de juros dos EUA deverá ocorrer o aumento de risco do refluxo de capitais direcionados aos mercados emergentes. Em resumo, estão preocupados com os “investidores” que colocam o dinheiro a juros.
Os demais países estão assistindo a batalha política, mas o melhor é entender o que de fato pode acontecer, caso não ocorra o acordo. Haverá um grande corte nos benefícios sociais, aumento de impostos, elevação das taxas de juros, redução da economia como um todo, afetando diretamente todos os países que mantém algum contato comercial com os EUA, ou seja, todos os países do mundo...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Falsificação da Maçã - Tecnologia/Política/Economia

Muito tem se falado em genéricos e similares. Hoje dentro da farmacologia e para o temor de grandes empresas Farmacêuticas, quebra-se a patente e o princípio ativo pode ser copiado por outros fabricantes, estabelecendo preços no mínimo 50% inferiores ao remédio de marca. Mas a quebra de patente não é uma violação ao direito intelectual, ela visa a acessibilidade dos remédios e haver expirado a validade do registro. Mas o que quero comentar, não são sobre princípios ativos, mas sim sobre clonagem, pirataria ou simplesmente cópia total de produtos e mais que isso, de ambientes de comercialização.
Uma blogueira americana (corro risco como blogueiro), com pseudônimo de BirdAbroad, moradora da cidade chinesa de Kunming, desconfiou de uma loja que revende produtos da Apple ser falsa. Ela considerou que a cidade não reunia atrativos para ter uma loja oficial, por sua localização, mas seu interior mantinha a mesma identidade visual de lojas verdadeiras. Mas o que pegou, foi alguns detalhes, como escada malfeita, descuido na pintura, falta de identificação nos crachás e por fim, a marca “Apple Store” na sua fachada.
Verificando um pouco mais atentamente, e ao entrar no site oficial da empresa, a própria publica quais são os pontos na China que contam com uma loja oficial dos seus produtos. Além disso, a Apple nunca escreve nada na fachada das lojas, pois apenas o ícone luminoso da sua fruta característica é suficiente para que o cliente reconheça a marca. O engano se estendeu aos funcionários, pois esses acreditavam que eram contratados por Steve Jobs.
Ela verificou também os produtos expostos, mas não conseguiu dentro do que foi possível verificar se eram produtos falsos ou não.
Os compradores se sentiram lesados e insultaram os funcionários exigindo a restituição dos valores pagos. Não forneciam documento de compra, que para nós é a Nota Fiscal. Para os descontentes. Os funcionários pediam para voltar depois e pegar o comprovante de compra.
O Governo Chinês mandou fechar essa e outra loja falsa da Apple, ambas na mesma cidade, não por violação de direitos, mas por falta de autorização municipal para seu funcionamento. Outras três lojas com as mesmas características funcionam no país que por enquanto não serão fechadas.
Uma investigação foi aberta após a repercussão do episódio. "Os jornais não devem interpretar mal a situação e tirar conclusões precipitadas. Alguns veículos chegaram a informar que os estabelecimentos estavam vendendo produtos piratas", disse Chang Puyun, porta-voz do governo. "A China tem se esforçado para defender os direitos autorais e as lojas não estavam comercializando produtos falsos."
O porta-voz acrescentou que as autoridades ainda investigam se a identidade visual das lojas da Apple está protegida por lei no país - um direito válido para companhias locais. No dia a dia, portanto, é comum que lojas chinesas emulem a aparências de grandes marcas estrangeiras.
Estados Unidos e outras nações ocidentais acusam frequentemente Pequim de fazer vistas grossas para o problema, que inclui roubo de propriedade intelectual. Em maio, a China foi listada por representantes comerciais americanos como o país com menor iniciativa oficial contra a pirataria pelo sétimo ano consecutivo.
Mas a clonagem não para por ai, e não se limita à China apenas, mas segundo informações, existem outras em Mianmar, Croácia, Colômbia, Eslovênia, Espanha e Venezuela. O que não fica claro é que os produtos vendidos são verdadeiros ou falsificados, ou pirateados, ou similares, ou ainda genéricos, mas com o mesmo efeito.
Mais que ferir o direito intelectual, isso fere a economia. Muito se fala da participação da China, como um grande player no mercado mundial, mas esquecem que muitos direitos são violados, sob, em alguns casos, a tutela do Estado que se preocupa com o desenvolvimento de sua economia em detrimento e competição predatória com outros países, além da evidente sonegação de tributos. E nosso ex-presidente avalizou como economia de mercado...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Água distante - Ciência e Tecnologia

Saindo um pouco de ficar escrevendo sobre tragédias que acabei fazendo nos últimos dias, devido a considerar importantes os assuntos abordados, escrevo agora sobre o que gosto, que é sobre Ciência e Tecnologia. Os avanços produzidos no campo de pesquisas com o programa espacial da Nasa, nos últimos 30 anos, foi imenso. A instalação de telescópios potentes e manutenção dos existentes, ajudaram muito na observação e aprendizado do cosmo.
Agora, duas equipes de astrônomos lideradas por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, descobriram o maior e mais distante reservatório de água já detectado no universo. A maior fonte de vapor de água, com 140 trilhões de vezes mais massa do que toda a água dos oceanos e cem mil vezes mais massiva que o Sol, está situada a 12 bilhões de anos-luz da Terra (para se ter ideia, a luz demoraria 100 mil anos para percorrer apenas o diâmetro da Via Láctea).
Quasares são os objetos mais distantes no universo e podem revelar a evolução após o Big Bang. Com massa e emissões de radiações gigantescas, ocupam o núcleo de galáxias remotas e são abastecidos com a energia de buracos-negros. O APM 08279+5255, quasar observado na pesquisa em questão, tem um buraco negro 20 bilhões de vezes mais massivo que o Sol e produz energia superior à energia de trilhões de sóis.
O vapor de água é uma pista importante que pode revelar a natureza do quasar e fornecer uma interpretação mais refinada do cosmo. Neste caso em especial, o vapor de água está distribuído ao redor do buraco negro em regiões gasosas espaçadas a centenas de anos-luz (a luz percorre no vácuo aproximadamente 10 trilhões de quilômetros em um ano). Sua presença indica que o gás é extremamente quente e denso para os padrões astronômicos.
Os cientistas agora analisam a interação entre o vapor de água e a radiação do quasar para tentar descobrir certas propriedades físicas do objeto. Além disso, as medições do vapor de água e de outras moléculas, tais como o monóxido de carbono, sugerem que há gás suficiente para alimentar o buraco negro apenas até cerca de seis vezes o seu tamanho. Caso isso ocorra, parte do gás pode acabar condensando-se em estrelas, ou ser expulso do quasar.
Confins do universo - Porque o quasar está muito distante, as observações correspondem a um tempo em que o universo tinha apenas 1,6 bilhão de anos. “O ambiente em torno deste quasar é o único a produzir essa enorme massa de água”, diz Matt Bradford, cientista do Nasa Jet Propulsion Laboratory e colaborador da Caltech. “É mais uma demonstração de que a água está espalhada em todo o universo, mesmo em tempos mais antigos”.
As descobertas do trabalho foram reveladas no periódico especializado Astrophysical Journal Letters.
Agora uma piadinha, pois apesar da descoberta, é intangível chegar à essa reserva de água, então, quem vai pagar a conta do esgoto doméstico, e a instalação do encanamento para ir buscar até lá e quantos políticos darão continuidade? Bem, é uma descoberta, sem dúvida interessante, pois pelo que entendemos de vida, só pode haver sustentação se houver oxigênio e água, alem de luz. Nossos contatos, poderão levar muitos anos ainda, mas nem tão imediatos...

domingo, 24 de julho de 2011

Talentos perdidos: Amy Winehouse - Entretenimento

A cantora Amy Winehouse foi encontrada morta, neste sábado em Londres. A polícia da cidade confirmou que uma mulher de 27 anos havia morrido em condições não explicadas no bairro de Camden, no norte da cidade.
Ela ganhou projeção internacional com o álbum de estréia Frank, em 2003, mas vinha há anos enfrentando problemas com álcool e drogas. Em 2006, o álbum Back to Black estourou no mundo todo, rendendo cinco prêmios Grammy à cantora.
Em seus 27 anos de vida e oito de carreira, Amy foi capa de diversos tabloides pelo mundo inteiro devido ao seu problema com drogas e bebidas. Em janeiro de 2008, a cantora britânica foi filmada usando crack. Em fevereiro do mesmo ano, ela chegou a ser internada numa clínica de reabilitação, onde era vigiada 24 horas por dia.
Um mês após sua internação, o governo dos Estados Unidos negou visto à artista para cantar no Staples Center, sede da 50ª edição do Grammy, no dia 10 de fevereiro, em Los Angeles. Em maio, durante o Rock in Rio Lisboa, Amy subiu ao palco do evento aparentemente bêbada e um com um hematoma no pescoço. A cantora havia sido presa duas vezes algumas semanas antes do show.
Outro fato que marcou a vida polêmica da intérprete foi a entrevista que ela cedeu à revista Rolling Stones. Ao falar sobre seu casamento com Blake Fielder-Civil, seu companheiro de drogas e bebidas, Amy mostrou à repórter fotos deles fazendo sexo.
Em maio deste ano, durante uma apresentação no Festival de Glastonbury, um fã chegou a jogar um objeto que atingiu a cabeça da cantora, que na hora teve um excesso de raiva e partiu para cima do fã tentando dar socos nele. Há pouco tempo, a cantora passou por uma overdose e sofria de anorexia.
Bem, escandalos formentaram a carreira meteórica dessa excepcional artista, quem infelizmente buscou refúgio nas drogas e alcool, como seus companheiros de infortunio. Muitos jornais irão buscar no núcleo de sua família explicações para isso, falando de sua infância, e outras alegações. O que de fato se tem é uma perda irreparável para alguém de talento ímpar, que dizem, entrou para o Club27 (alusão a idade de Kurt Cobain, Jimmy Hendrix, Janis Joplin e Jimmy Page, que se perderam nessa idade)...

sábado, 23 de julho de 2011

Noruega vítima de ataques - Sociedade

Nesta sexta ocorreram dois ataques em Oslo, Noruega, sendo o primeiro um carro bomba próximo ao complexo governamental. Mais tarde, houve um tiroteio em um acampamento para jovens na ilha de Utoya, no oeste da cidade. A polícia informou que a explosão em Oslo matou sete pessoas e deixou dez feridos, de acordo com fontes oficiais. No outro atentado, um homem de 32 anos, inicialmente apontado como vestido com uniforme policial, na verdade estava de agasalho azul com um distintivo, matou a tiros dez pessoas, utilizando uma arma automática. Bombas não detonadas teriam sido encontradas na ilha.
Ainda não se sabe quem é resposável pelos atentados terroristas. Só há suposições. Inicialmente, o grupo jihadista Ansar al-Jihad al-Aleimi havia reivindicado a autoria dos ataques em um fórum árabe na internet. O responsável pelo comunicado, no entanto, enviou uma retratação logo em seguida.
A polícia norueguesa suspeita que a ação terrorista não tem origem estrangeiras e, sim, de "movimentos locais antigoverno", informou nesta sexta-feira o jornal britânico The Guardian. Segundo fontes policiais citadas pelo periódico, o atirador do acampamento estava vinculado ao atentado com bomba, teria que sido identificado como Anders Behring Breivik, um ativista da extrema direita.
Segundo a Reuters, o ataque no centro de Oslo destruiu a maioria das janelas do prédio de 17 andares que abriga o escritório do primeiro-ministro. O premiê não foi atingido por não estar no prédio no momento do ataque. A polícia foi notificada às 15h36 locais (10h36 de Brasília) da explosão. Vizinha ao prédio do premiê, a sede do Ministério do Petróleo ficou em chamas.
Segundo o chefe de comunicações da Cruz Vermelha, as pessoas estão em choque em Oslo e em toda a Noruega. "Nunca tivemos um ataque terrorista como esse no país - se esse for o caso -, mas claro que todos os noruegueses temiam há tempos isso pelo que se via acontecendo no mundo", disse.
Feridos foram vistos deitados em poças de sangue, de acordo com o Daily Telegraph. Grandes destroços ficaram espalhados nas ruas, e fumaça subiu dos prédios no centro da cidade.
A Noruega, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi ameaçada previamente por líderes da rede terrorista Al-Qaeda por seu envolvimento no Afeganistão. O sucessor de Osama Bin Laden na organização, Ayman Al-Zawahiri, citou o país como um dos possíveis alvos de ataque. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, a Noruega tem quase 700 soldados no país asiático. Apesar disso, a violência política é praticamente desconhecida no país.
É de se lamentar, seja a origem ideológica, ou política, não se justifica os atentados. Mas, quando Bin Laden foi morto, já comentava que os ataques não cessariam, e ao que parece, a insanidade continua, mas até quando???

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tragédia Repetida: Fome no Mundo – Sociedade

Mais uma vez assistimos às tragédias previstas. A ONU (Organização das Nações Unidas), declarou estado de fome em duas regiões da Somália. Esse país Africano, hoje é apenas palco dos noticiários, quando algum navio é capturado pelos piratas que atuam na região. Estima-se que, metade das crianças estejam subnutridas. Cerca de 3,7 milhões de pessoas na Somália, o equivalente a quase metade da população, está agora em risco. Dessas, 2,8 milhões estão no sul do país.
Mark Bowden, coordenador humanitário para a Somália, disse que o sul de Bakool e o Baixo Shabelle haviam sido atingidos pela pior fome na região em 20 anos. A ONU está propondo "medidas excepcionais" para fornecer "ajuda humanitária em dinheiro" enquanto encontra uma forma de arrecadar volumes maiores de ajuda em alimentos para o sul da Somália, disse Bowden. A ONU também está pedindo 300 milhões de dólares durante os próximos dois meses para a Somália. "Se não agirmos agora, a fome irá se espalhar para todas as oito regiões do sul da Somália em dois meses, devido à colheita precária e aos surtos de doenças infecciosas", disse Bowden.
Entendendo um pouco da Somália: É localizado no chamado, Chifre da África e assolado por guerras, anos de seca que prejudicaram suas plantações, assim como o Quênia e a Etiópia. O sul hoje é controlado por insurgentes islâmicos do Al Shabaab, filiado à Al Qaeda, que estão lutando para derrubar o governo apoiado pelo Ocidente. O grupo também controla parte da capital Mogadíscio e o centro da Somália. Os rebeldes, suspenderam uma proibição à ajuda alimentar, que, entendiam, criava uma dependência, mas acredita-se que estão permitindo a entrada dessa ajuda, por temerem pelo respaldo da população à sua causa. Supõe-se ainda que os rebeldes estejam querendo suborno.
Uma situação de crise de fome é decretada em um país ou região geográfica quando não há alimentos suficientes, nem assistência, nem recursos para fornecer comida à população, afetada por elevados índices de mortalidade devido à fome e à desnutrição. A desnutrição, que afeta especialmente mulheres e crianças, dificulta o desenvolvimento físico e intelectual, enfraquece o sistema imunológico e o torna mais vulnerável a doenças e infecções. Os grupos mais ameaçados pela inanição são as populações de baixa renda, que habitam tanto o meio rural quanto o urbano, e as vítimas das catástrofes, como inundações, secas, terremotos e os demais desastres naturais, assim como os conflitos armados.
A história nos conta várias tragédias alimentares que atormentam a memória de alguns e descaso de muitos. Entre as grandes crises de fome que afetaram a população mundial ao longo da história, destacam-se as registradas na Índia colonial, entre 1769 e 1770, que causou a morte de cerca de 10 milhões de pessoas (um terço da população).
Na Irlanda, na década de 1840, a fome decorrente de uma praga que reduziu a produção de batata, alimento básico do país, fez com que mais de 1,6 milhão de irlandeses deixassem o país, sobretudo com destino aos Estados Unidos.
Em 1943, outra grave crise de fome em Bengala (Índia) matou mais de 1 milhão de pessoas e afetou outras 60 milhões.
Entre 1958 e 1961, mais de 15 milhões de pessoas perderam a vida na China por conta da falta de alimentos resultante de secas e inundações, agravadas pelo caos econômico e político.
Em 1966 e 1967, houve uma grave crise de fome em Bihar (Índia), enquanto a guerra de Biafra (Nigéria), registrada entre 1968 e 1970, afundou o país na fome e na miséria.
Entre 1968 e 1973, a crise de fome afetou a região do Sahel, especialmente Chade, Mali, Mauritânia, Nigéria e Senegal.
Na Etiópia, a seca de 1984 agravou a situação de uma região afetada pela fome, causando a morte de 1 milhão de pessoas.
Na década de 1990, em Angola, Libéria, Moçambique e no sul do Sudão, os conflitos civis agravaram a desnutrição e as mortes por crise de fome.
A guerra civil na ex-Iugoslávia provocou graves carências de alimentos entre a população, especialmente na Bósnia.
Já na Somália, os conflitos e a seca de 1992-93 provocaram uma crise de fome que tirou 300 mil vidas e anos mais tarde, em 1999, uma forte seca provocou a morte de quase de um milhão de pessoas.
Em 1995, a ONU advertiu para a falta de alimentos no Níger. Posteriormente, em agosto de 2005, alertou que 1,2 milhão de pessoas estavam ameaçadas pela fome no Mali.
Em 2009 o número de pessoas que padeciam de fome no sul do Sudão quadruplicou, passando de 1 milhão, no início do ano, para 4,3 milhões no começo de 2010, devido à seca e aos conflitos que o país registrava.

Assistimos às tentativas de ajuda humanitária, de forma cíclica, onde conflitos políticos ou religiosos, em regiões miseráveis, e sem atrativos econômicos, mostram-se cada vez mais intensos e repetitivos. Lógico que não controlamos o tempo, as secas em especial. Mas podemos controlar essa vontade absurda de poder, com imposições de tendências radicais, pedindo ajuda apenas quando querem ser subornados...
Será que algum dia, cenas, imagens, notícias desse nível e conteúdo continuarão a estamparem nas capas dos jornais, quando e apenas quando, milhares já tenham perecido? O que choca, não é a estupidez pelo poder, mas ver crianças que não tiveram oportunidade de escolha, se consumirem...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dominique Strauss-Kahn: A novela continua - Sociedade/Economia/Política

Nunca verifiquei tantas indas e vindas de casos como esse. A particularidade é que quanto mais se mexe, mais coisas aparecem, e acho que vão ter outras novidades, um tanto antigas, de segredos de alcova. Dominique Strauss-Kahn continua sendo a bola da vez, seja na expectativa política como grande concorrente ao Governo Francês, seja nos tabloides sensacionalistas, que povoam a imaginação das pessoas, que buscam nos segredos, terem assuntos para se falar durante horas, tentando questionar a impulsividade ou a seqüência de escândalos cada vez mais declarados...
Agora existem novidades ainda do caso.
Uma delas diz respeito à mãe de jornalista que acusa ex-chefe do FMI fez sexo com ele. Anne Mansouret, de 65 anos, disse que foi "agarrada por Dominique Strauss-Kahn e fez sexo brutal", em 2000, quando os dois trabalhavam para a Organização para Coordenação e Desenvolvimento Econômico, isso segundo o jornal britânico "Daily Mail". Ao contrário da filha, Anne Mansouret disse que a relação foi consentida e que estava feliz por ter feito sexo com um homem conhecido como "grande sedutor".
No outro lado, temos as filhas. A filha do ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn, Camille Strauss-Kahn, foi interrogada nesta terça-feira por investigadores franceses. O objetivo do depoimeto da jovem é tentar esclarecer a acusação de estupro contra seu pai feita por sua amiga, a jornalista Tristane Banon, alegando que o ex-chefe do FMI cometeu o crime durante uma entrevista em Paris em 2003, A vítima é criticada por tê-lo acusado somente agora, depois do episódio envolvendo a camareira do hotel Sofitel, em Nova York.
E para ajudar a provocar mais discussões, A mãe de Camille e ex-mulher, Brigitte Guillemette foi interrogada na última sexta-feira. admitiu à uma revista francesa ter feito “sexo consensual e brutal” com o ex-chefe do FMI. Segundo ela, confrontou-se com Strauss-Kahn sobre o ocorrido, obtendo a seguinte resposta: “Eu não sei o que aconteceu comigo. Eu dormi com a mãe... Perdi o controle quando vi a filha”.
Acho que virá muitos segredos de alcova, até onde eu não sei...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Código Penal e Constituição Brasileira – Sociedade/Legislação (IV)

Finalizando a seqüência sobre o assunto, vou colocar minhas considerações, a respeito do tratamento que deveria, ao meu ver, ser dado ao presidiário, guardadas as proporções criminais.
Como no Japão, quem é enviado para o sistema fechado não pode mais ter os mesmo direitos do cidadão de bem. Deve ser considerado de outra forma, pois ele está lá para tentar se recuperar, e entender que prisão não é colonia de férias, nem meio de negócios, visto que muitos crimes são cometidos, ou orientados à partir das prisões. Presenciei um "sequestro" por telefone, onde o bandido queria um resgate, à partir de uma prática que foi bem trabalhada, que é o contato inicial dizendo que houve acidente, até perceberem a fragilidade da vítima e extorquir dinheiro. Tive meu telefone clonado, onde muitas ligações partiram ou foram direcionadas à presídios.
Outros tantos crimes que ficaria muito extenso de relatar, então não posso admitir que quem está preso não trabalhe, tenha até academia, benesses, pensão, auxílio aos familiares, e continuem comandando atividades dos presídios.
Mudaria algumas coisas, tirando a hipocrisia que se estabeleceu. Lembro do caso do Padre Julio Lancelotti que defendia os direitos dos presidiários, até que foi achacado por um casal que alegou, inclusive contatos sexuais. Isso ainda está em processo judicial, e provavelmente em segredo de justiça, mas o Padre em questão sumiu da mídia, e não houve mais defesa dos presidiários através de pastorais hipócritas e tendenciosas. Se alguém, na cadeia se converte e passa a acreditar em DEUS, ela não está imune de pagar pelos erros cometidos.
Temos que defender os direitos do cidadão de bem, aquele que trabalha, que paga impostos, que cuida de sua família através do fruto do seu trabalho. Não podemos achar que defendendo o direito reduzindo penas, criando alternativas para a superlotação presidiária, iremos recuperar alguém. Houve mudança na Legislação Brasileira. Apenas um efeito paliativo, mas nada de efetivo direcionamento a recuperação. Que o crime, quando cometido seja menos interessante, pois o criminoso considera o risco e a pena, e hoje, ele entende que o fato de cometer um crime, ele terá vantagens, se não no fato de ficar impune, ao menos em manter benefícios que hoje vemos, e sinceramente, me irritam.
Acredito num futuro, quem sabe, com esta seqüência, não seja um início para se pensar em mudar???

terça-feira, 19 de julho de 2011

Código Penal e Constituição Brasileira – Sociedade/Legislação (III)

O sistema prisional Japonês me agrada, e coloco uma matéria publicada em 07 de agosto de 2010, no Paraná Shimbun...

“Eu tinha uma garagem de veículos, uma oficina. Era tudo legalizado, até que os brasileiros começaram a roubar carros e desmontar. Fiquei amigo demais deles e foi aí que comecei a roubar também. Éramos em oito no total, até que pegaram o primeiro e assim todos os outros foram caindo”.
Essa história é contada por R.F., 26 anos, que durante um ano e meio permaneceu na prisão em Shiga Ken, no Japão. Atualmente ele mora em Londrina e possui um negócio próprio. Por esse motivo, não quis se identificar, mas conta aos leitores do Paraná Shimbun um pouco dessa experiência que vivenciou no Japão.
Julgamento- Assim que foi pego juntamente com os outros companheiros, R.F. foi detido à espera de julgamento. Segundo ele, nessa parte já dá para notar diferenças entre os dois países. Enquanto no Japão o julgamento acontece em, no máximo, três meses, aqui no Brasil o tempo de espera é bem maior.
R.F. foi condenado a três anos de prisão, no entanto,
o presidiário estrangeiro precisa cumprir apenas 50% da pena devido ao custo que ele gera para o governo japonês. Assim, o brasileiro cumpriu, no total, quase dois anos de pena, contando com os três meses antes do julgamento e mais dois meses que permaneceu na imigração logo que saiu da prisão.
Dia-a-dia – Segundo R.F., quem toma conta dos presídios japoneses é o exército, e por esse motivo, tudo lá dentro é movido a regras.
Ele conta que em cada cela, 12 pessoas dividiam um espaço de mais ou menos 60 metros quadrados. Às 7 horas da manhã todos deviam estar em pé. Em seguida, 10 minutos para limparem o quarto e a cada semana as tarefas eram divididas. Depois de terminada a limpeza, todos sentavam em fila esperando pela contagem feita diariamente, cinco vezes por dia.
“Eu me lembro até hoje que meu número era o 22. Lá os brasileiros são as dezenas, os japoneses são os milhares e os chineses são as centenas”, diz.
Em seguida, todos iam tomar o café da manhã. O cardápio diário era arroz integral, missoshiru e tsukemono. Apenas aos domingos, na hora do almoço, eles serviam pão. “ Era a alegria de todos. Voltei de lá com 30kg a menos”, conta.

Depois do café, era hora de marcharem até a fábrica onde prestavam serviço. Os presos de cada pavilhão trabalhavam em horários e fábricas diferentes. No caso de R.F., seu trabalho era das 8h ás 12 horas, e das 13h às 18 horas, na fábrica 3M, que produz o errorex de fita.
“Lá, o preso sai da prisão e já tem emprego garantido. Eles dão opção, então se o cara volta para o crime é porque é safado”.
Além disso, os presos ganhavam salário pelo trabalho prestado, mas que, segundo R.F., era muito pouco. “Eu ganhava, pra você ter uma ideia, 300 ienes por mês ( o equivalente a R$ 6)”, diz.
Depois do trabalho, todos tinham direito de assistir TV durante 1h30. No entanto, os programas eram específicos: apenas educativos e documentários durante a semana e, aos domingos, filmes. Outra opção era ler livros. Todos lá podiam ler até dois livros por semana. “Na biblioteca do presídio tem vários tipos de livros em diversas línguas”, conta. Às 20 horas, todos iam para as celas e nenhum barulho podia ser ouvido no local.
O lado ruim - No local, nada de conversas paralelas. Aliás, a cada três advertências, o presidiário era obrigado a ficar na solitária, uma sala escura onde a pessoa permanece sentada, com as pernas cruzadas durante 12 horas. Banheiro, só na hora do intervalo. “Já fiquei nessa solitária por causa de uma geléia. A gente apostava qual cantor ia ganhar os Campeonatos de Canto que passavam na TV, e o prêmio eram aquelas geleinhas de pão. Um dia, o guarda nos pegou apostando e foi todo mundo pra solitária”, conta.
Segundo R.F. havia também outro tipo de solitária, para aqueles mais agressivos, que se revoltavam. “ Nessa sala, a pessoa é amarrada e tem de comer igual a um cachorro”.
As refeições servidas eram individuais, não podendo ser trocadas. Além disso, nenhum tipo de alimento podia ser levado pelas visitas, realizadas uma vez por mês durante 20 minutos, sem contato físico. “ Lá tinha aquele vidro que separam a gente das visitas, e a comunicação era por telefone. Quem não têm família no Japão se comunica por carta e visita íntima nem pensar”, descreve.
Rebeliões, assim como no Brasil, também existiam por lá, mas R.F. conta que quem fazia esse tipo de coisa já sabia qual seu destino. “ Em todo lugar têm uns revoltados. Mas, ao se rebelarem, o negócio ficava feio pro lado deles, o destino é a solitária”.
O lado bom – De acordo com o ex-presidiário, o local é muito limpo, incluindo as roupas que usam, futons, utensílios, etc. Ele afirma também que a comida, tradicional japonesa à base de peixe, era muito boa.
O cuidado com a saúde dos presos é prioridade. “Se a pessoa está com dor nas costas, vai para o massagista, raio X, tudo no dia, na hora. Até problemas na pele eles atendem, e muito bem. Qualquer coisa é só ir para o médico ou dentista que o atendimento é rápido”, lembra.
Violência física por parte dos policiais, de acordo com R.F. não existe. No dia-a-dia eram mais ou menos seis guardas para cuidar de 300 presos. No entanto, cada um andava com um botão, que ao ser acionado, em caso de briga ou desrespeito, em menos de três minutos, cerca de 500 policiais apareciam. “Isso aí é pra que? É pra intimidar. Não há necessidade de vir 500 guardas, mas eles fazem isso pra mostrar a força que eles têm. E não importa o horário. De repente você está dormindo e escuta aquele barulhão, aqueles guardas correndo”, lembra.
Em relação ao sistema, R. F. é enfático ao dizer que, diferentemente do brasileiro, o sistema carcerário japonês funciona, já que é educador. “ Lá a reincidência não é zero, mas é bem menor que aqui. Enquanto estive preso tive aulas, palestras, refleti muito. Os presidiários não podem formar grupos e não têm tempo ocioso, por isso ninguém tem chance de pensar em bandidagem”, diz, e completa: “Lá, assistíamos muitos documentários a respeito das prisões, e eu ouvi dizer que o sistema mais educador do mundo é o chinês e o filipino. Em terceiro lugar está o japonês. Eu era terrível, hoje eu tenho mais calma, juízo e atribuo o que aprendi ao sistema carcerário do Japão ”.
Livre- Depois de quase um ano e meio preso, R.F. finalmente fica livre. “A primeira coisa que fiz foi pegar o telefone e falar com a minha mãe que também estava no Japão. Eles estavam esperando que eu fosse voltar pra casa, mas fui direto pra imigração. Outra coisa que fiz foi comprar um chocolate, e olha que nem sou chegado em doce”, conta. Logo depois, o brasileiro lembra que, ao ser chamado para jogar bola com outros rapazes que ali estavam, teve uma reação normal para quem estava privado de diversão a tanto tempo. “ Eu achei estranho e a primeira coisa que pensei e falei foi: Aqui pode?”,diverte-se.
Apesar de permanecer por dois meses na imigração até ser deportado para o Brasil, R.F. afirma que sua estadia foi tranquila. “Quando eu cheguei na imigração e me vi sem as algemas e o uniforme já me senti livre. Logo depois, vi um monte de brasileiro e me senti em casa”.
Hoje – Atualmente R.F. mora em Londrina, é casado, tem filho, e é proprietário de uma empresa. Considera sua vida muito boa, e atribui sua estadia na penitenciária japonesa, uma das responsáveis pelo sucesso pessoal e profissional. “ Eu costumo olhar sempre o lado bom das coisas. Se eu não tivesse passado por lá, hoje não teria nada. Eu era um louco que não pensava nas consequências dos meus atos. Hoje sou uma pessoa calma, tranqüila, e principalmente, tenho juízo. Lá você adquire juízo, e começa a dar valor nas pequenas coisas da vida”, diz.
(continua...)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Código Penal e Constituição Brasileira – Sociedade/Legislação (II)

Muito se diz a respeito de mudanças, mas o que se pode fazer? Todo mundo quer segurança, e vemos sistemas lotados como nos Estados Unidos, sistemas altamente opressores, como nos países do Oriente Médio ou Asiáticos. Qual seria o melhor modelo?
Não sou especialista em Direito Criminal ou Constitucional. Apenas sou especialista em segurança empresarial, e conheço algumas técnicas e procedimentos de segurança pessoal. Mas sou cidadão, e não quero me tornar refém do sistema hoje imposto.
Já ouvi falar do sistema prisional Japonês, e comentarei isso depois, mas vou colocar alguns pontos interessantes. A filosofia que dirige o sistema carcerário japonês é diferente da que rege todos os outros presídios ocidentais, que tentam reeducar o preso que ele se reintegre a Sociedade. O objetivo, no Japão, é levar o condenado ao arrependimento. Como errou, não é mais uma pessoa honrada e precisa pagar por isso. “Além de dar o devido castigo em nome das vítimas, o período de permanência na prisão serve como um momento de reflexão no qual induzimos o preso ao arrependimento”, explica Yutaka Nagashima, diretor do Instituto de Pesquisa da Criminalidade do Ministério da Justiça.
Os métodos para isso são duros para olhos ocidentais, mas em nada lembram os presídios brasileiros, famosos pela superlotação, formação de quadrilhas, violência interna e até abusos sexuais. A organização e limpeza imperam e os detentos têm espaço de sobra. Ficam no máximo seis por cela. Estrangeiros têm um quarto individual. Além disso, ninguém fica sem trabalhar e não tem tempo livre para arquitetar fugas.
O dia do preso japonês começa às 6h50min, às 8h ele já está na oficina trabalhando na confecção de móveis ou brinquedos. Só pára por 40 minutos para o almoço e trabalha novamente até as 16h40min. Durante todo este período nenhum tipo de conversa é permitido, nem durante as refeições. O preso volta à cela e fica ali até 17h25min, quando sai para o jantar. Às 8h tem que retornar ao quarto, de onde só sairá no dia seguinte.
Banhos não fazem parte da programação diária, no verão eles acontecem duas vezes por semana, no inverno apenas um a cada sete dias.
“Não pode ser diferente porque faltam funcionários, mas damos toalhas molhadas para eles limparem o corpo”, justifica-se Yoshihito Sato, especialista em Segurança do Departamento de Correção do Ministério da Justiça. Logo ao chegar à penitenciária, os presos recebem uma rígida lista do que poderão ou não fazer. Olhar nos olhos de um policial, por exemplo, é absolutamente proibido, cigarro não é permitido em hipótese alguma, na hora da refeição o detento deve ficar de olhos fechados até que receba um sinal para abri-los.
Qualquer transgressão a uma das determinações e o detento termina numa cela isolada, apesar de oferecer tudo o que teria num quarto normal (privada, pia e cobertor), ela tem pouca iluminação, se houver reincidência na falha, será punido com algemas de couro, que imobilizam os braços nas costas elas não deixam nenhum tipo de marca, mas impedem o preso de fazer coisas básicas.
“Os policiais colocam a comida dentro da cela numa tigela, sem a ajuda das mãos, o preso tem que comer como se fosse um cachorro, também tem dificuldades para fazer as necessidades fisiológicas”, reclama Yuichi Kaido, advogado do Centro de Proteção dos Direitos dos Presos.
Se ainda assim o detento desrespeitar outras regras, será mandado para a solitária a pior de todas as punições, ficará num minúsculo quarto escuro e não poderá se sentar durante o dia, o controle é feito por uma câmera interna. Muitos presos, principalmente os estrangeiros, ficam indignados com o tratamento e processam o Estado pelos maus tratos.
“Recebemos todo ano mais de cem processos contra as prisões, mas na maioria dos casos eles perdem porque agimos exatamente dentro do que prevê a lei”, afirma Jun Aoyama, especialista em segurança do Departamento de Correção do Ministério da Justiça.
Apesar das reclamações, quem vêm do exterior, recebe um tratamento ainda melhor que os japoneses. Além do quarto individual, ganham cama e um aparelho de televisão onde passam aulas de japonês. A comida também é diferenciada, não é servido nada que desagrade religiosamente qualquer crença de um povo, para os arianos, por exemplo, não é oferecida carne bovina.
Um consolo para os estrangeiros é que não podem nem pensar em cumprir pena no seu país, o Japão é a única nação do mundo que não aceita acordos de extradição afinal, como causou sofrimento à população do arquipélago, o criminoso tem que pagar por isso no Japão mesmo.

(continua...)

domingo, 17 de julho de 2011

Código Penal e Constituição Brasileira – Sociedade/Legislação

Quando observo notícias assim, fico pensando quem hoje é culpado, se são as vítimas ou os bandidos. Um dos acusados pela morte do jornalista Tim Lopes, Cláudio Orlando do Nascimento, conhecido como Ratinho, jogou água fervente na companheira, durante a visita íntima. Ele está preso, cumprindo a pena de 23 anos e 6 meses. Fernanda Marins de Carvalho sofreu queimaduras pelo corpo e imediatamente foi encaminhada ao Hospital, foi atendida e já recebeu alta.
Tirando o crime, pois alguém que já assou as pessoas, não tem nenhum amor a quem quer que seja, vejo o criminoso, hoje, com direito a visitas intimas, não ser algemado, para não constrange-lo, a família receber ajuda do Estado, para sustentar os filhos e mulher deste... Existem outros tantos benefícios e ai eu pergunto: E a vítima? Fica como?
Temos que evoluir no código penal, mas para isso tem-se que mexer na constituição, tirando o direito de cidadão de quem vai para a prisão. Ele não pode ser protegido e não pagar o prato que come, e todos os benefícios que lhe estendem. Existe uma postura hipócrita de que eles são fruto da sociedade.
Não me podem culpar que eles escolhem o caminho de roubar e matar, por entender que trabalho em horário comercial e salário mínimo não lhes permite ter o mesmo padrão de vida de quem trabalhou muito e conquistou algo. Quem defende o criminoso, que descaradamente sabe-se culpado, e age por motivo torpe, não é alguém que mereça meu respeito e admiração. E quem defende direitos e benefícios absurdos, merece algum tipo de punição. Não consigo entender que isso possa ajudar na recuperação de alguém que cometeu um crime.
Tenho um amigo que foi vítima de seqüestro. Hoje ele mudou, não vive mais no Brasil. Por sorte, ele teve condições de sair e quem não as tem? Nosso sistema não reabilita ninguém, absolutamente não recupera, não trabalha o presidiário, em muitos casos, alguns saem piores do que quando entraram.

(continua...)

sábado, 16 de julho de 2011

Gafe ao Vivo - Sociedade

Nem todo careca de óculos é igual. Essa foi a lição tomada por um âncora da BBC que confundiu os comentaristas e cometeu gafe ao vivo, em transmissão da TV britânica. Esperando falar com Ben Walker, jornalista especializado em beisebol, sobre o julgamento de Roger Clemens, o apresentador do telejornal teve uma ingrata surpresa: quem apareceu na tela foi Michael Wolff (ele tem feito várias aparições devido ao escândalo do tablóide britânico ‘News of The World’). A cena foi engraçada e constrangedora.
Ao chamar Roger erroneamente de Ben Walker, o âncora diz: “Estamos com Ben Walker, o editor de baseball da ‘Associated Press’. Ben, eu sei que você tem feito a cobertura da carreira de Roger Clemens por grande parte dos últimos 23 anos. Nos lembre da importância dele para o baseball”. Um silêncio de sete segundos invade os estúdios da BBC. O âncora tenta justificar: “Desculpas, não sei se Ben consegue nos escutar. Ben, você pode me ouvir em Nova York?”.
Eis que Michael Wolff responde, com uma expressão cômica: “Você sabe, existem situações piores que essa. Eu não sou Ben Walker e eu não sei nada sobre baseball. Eu sei...”. O âncora interrompe, pede desculpas pelo convidado errado e muda de assunto: “Perdão, nós temos o convidado errado, vamos falar agora sobre a Copa do Mundo de Futebol Feminino na Alemanha...”.

O vídeo poderá ser visto no YouTube.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Redes Sociais: Guerra de Gigantes – Tecnologia/Sociedade

Paul Adams é considerado o pai da ideia dos círculos de relacionamento, que é a base do Google+. Ele escreveu o livro Social Circles, sobre o assunto, com autorização do Google, onde trabalhou até janeiro. O livro chegou a ser anunciado na loja Amazon, ainda antes do lançamento. Mas Adams é, agora, gerente de produto do Facebook. E o Google cancelou a permissão para publicação do livro, e parece ter subestimado a ferocidade da competição que está se desenvolvendo entre Google e Facebook. Trabalhando para um rival, ele não deveria mesmo esperar ser bem tratado pelo antigo empregador. Mas seu estudo sobre círculos de relacionamento parece confirmar que ele é o teórico por traz do Google+.
Com o lançamento rescente do Google+, ainda em testes, e apenas para convidados (felizmente tenho meu convite), o foco, da gigante de buscas era atingir incialmente a incômoda presença cada vez mais marcante do Facebook. Isso se deve a perda ou possível perda, de receitas publicitárias, devido ao tráfego e tempo d epermanência conectado ao aplicativo. Mas agora estão lançando dúvidas quanto ao que sobreviverá ao mercado…
Estão chamando do Google+ como “Facebook Killer”. Lógico que esse é o foco. Alguns especialistas dizem que se houver de fato uma competição forte entre eles, poderá haver um extermínio mútuo, com os usuários migrando para um terceiro tipo de aplicação, buscando a estabilidade e manutenção dos seus contatos, o que direcionaria possivelmente para o MySpace (aplicação pioneira, mas que dizem, superado).
Essa guerra de gigantes, tem sido cada vez mais evidente. Atitudes do Google tentando indexar as páginas públicas do Facebook para inclui-las em suas buscas. Isso provocou a ira do Facebook, que recentemente contratou uma empresa de relações públicas para sujar a imagem da Google na imprensa. E a recente parceria do Facebook com a Skype para competir com o Hangout do Google+ sugere que cada gigante da Internet tem a outra como pedra em seus sapatos. Para aplacar os ânimos, existe o Twitter provou que o “social” pode vir em diferentes formatos – e 140 caracteres é mais apropriado para certos recados que para outros.
Existem outros problemas para ambos, como o crescente mercado Chinês, que cria suas próprias ferramentas de busca e redes sociais, para um público concentrado e cada vez mais promissor. A China tem sido o grande motor mundial da economia, e teve um crescimento no semestre passado de quase 10% no tamanho de de seu PIB. A Índia, logo a seguir mostra fôlego. Os BRIC’s tem impulsionado o mercado mundial, contrapondo-se aos demais países industrializados com crescimento inexpressivo, ou taxas negativas – em especial o Japão que somente agora, está conseguindo atingir a produção industrial anterior, após as tragédias decorrentes do terremoto.
O IDG Now, publicou uma série de teorias, que coloco abaixo na íntegra, para apreciação e leitura...
Teoria 1: Coexistência independente
Embora a guerra entre as empresas pareça iminente (se é que ela já não começou), o presidente executivo da Google (e ex-CEO) Eric Schmidt pensa que há pleno espaço para as duas companhias existirem de forma independente. De acordo com um artigo publicado em 7 de julho pela Reuters, Schmidt disse que o Google+ terá tanto sucesso quanto o Facebook e o Twitter porque 1) a demanda por inscrições no Google+ é alta e 2) o recurso de videochat com várias pessoas, oferecido pelo Hangouts, é muito popular entre jovens.
Em se tratando de Schmidt, a resposta soa bastante familiar. Em 2005, o executivo afirmou ao programa de TV “60 Minutos” que a Google acreditava que poderia coexistir com o (à época) novo serviço de buscas da Microsoft, o Bing.
Dado o tamanho e a precisão das buscas do Google, a empresa parece nunca quebrar uma promessa em público, insistindo que serviços idênticos possam existir em paralelo. Mas esse discurso pode ser apenas uma peça de relações públicas: Google e Microsoft competem corpo a corpo pelos dólares da publicidade em buscas, assim como Facebook e Google+ farão na arena das redes sociais. Em junho, a Comissão Federal de Comércio dos EUA deu início a um inquérito antitruste sobre as práticas da Google, evidenciando a preocupação de que a empresa possa exercer controle excessivo sobre o que nós vemos na web.
Embora se confrontem, Google e Facebook têm amplas bases de usuários (e uma base potencialmente massiva no caso do Google+). Assim, é muito provável que as duas possam coexistir. Empresas pequenas como a LiveChat, que produz software para atendimento a clientes por videochat, preveem que ambas as redes sociais terão sucesso e já reorganizam suas estratégias de acordo. Mariusz Cieply, CEO da LiveChat, afirma que sua empresa espera oferecer seus serviços tanto pelo Facebook quanto via Google+ num futuro próximo. Assim, as empresas poderão, por exemplo, fornecer suporte técnico pós-venda com vídeo tanto pelo Facebook como pelo Google Hangouts. “Será ótimo ter os dois”, dis Cieply. “Nós começaremos com o Facebook, mas vemos uma enorme oportunidade no Google Hangouts.”
A ideia de que Google+ e Facebook possam oferecer às pessoas diferentes tipos de mídia social e, portanto, coexistir sem hostilidade não é assim tão maluca. As pessoas têm canais no YouTube, perfis no Twitter, screen names no AIM, álbuns no Flickr, páginas no Tumblr. Por que não haveria espaço para mais um?
Teoria 2: Coexistência via cooperação
Muitos especialistas do setor acreditam que a capacidade do Google+ e do Facebook de coexistir dependerá de como as empresas permitirão conexões mútuas. Jason Shellen, chefe de produtos AIM na AOL, vê a batalha Google+ versus Facebook de forma familiar – afinal, o AIM coexistiu com o MSN Messenger e agora tenta reinventar a si mesmo para competir com o chat do Facebook e o Gchat (o bate-papo do Google Mail), permitindo que os usuários façam bate-papos de vídeo sem qualquer login ou conta além de uma URL gerada pela AOL – e o AIM espera que essa URL seja compartilhada e incluída nos murais do Facebook e do Google+.
“Nós fizemos a coisa de tal forma que você poderá ir ao Gchat e adicionar um buddy no AIM”, diz Shellen sobre a estratégia de coexistência do AIM. “Nós combinamos e conversamos juntos; algumas vezes esse aparente ‘jardim murado’ não precisa ser tão árduo.” Isso certamente funcionou para o Twitter, cujas hashtags e tuítes de 140 caracteres podem ser incluídos em praticamente qualquer outro hub de mídia social, do Facebook aos canais YouTube.
Neste aspecto, contudo, o Google+ tem uma desvantagem. No mesmo artigo recente da Reuters mencionado anteriormente, Eric Schmidt, da Google, admitiu que as conversas com o Facebook para permitir a importação de amigos do Facebook para o Google terminou em impasse, e as negociações com o Twitter para integrar seus serviços também fracassaram. Isso torna o Google+ um tanto menos conveniente para pessoas que gostam de associar seus vários perfis.
Mas o outro perdedor na tentativa falha de integração da Google é o Facebook, já que a Google tem uma enorme base de usuários (incluindo gente que usa Gmail, Google Checkouts ou Picasa, por exemplo), e o Facebook tem se posicionado de forma incisiva contra a enxurrada de notícias negativas que informavam sobre o crescente desejo dos usuários de Facebook de migrar para o Google+ caso tivessem de escolher entre um ou outro.
Teoria 3: Só pode haver um único sobrevivente
A mentalidade “Uma rede social para governar a todos” pode estar certa à medida que os consumidores ficarem mais espertos sobre como lidar com mídia social. Judy Shapiro, blogueira da AdAge e CEO da EngageSimply, uma empresa de marketing de tecnologia, afirma que tanto o Facebook como o Google+ estão em guerra e os consumidores vão escolher o vitorioso com base em políticas de privacidade ou na capacidade de conseguir sair de uma das redes sociais. “O Google+ é apenas a tentativa da Google de ser o Facebook, e o Facebook tem tido sua parcela de tentar ser o Google”, diz Shapiro.
No começo, a Google buscou um jeito de fazer dinheiro com anúncios e o Facebook tinha dados sociais. A Google parece sentir que o melhor jeito de melhorar sua precisão nos resultados de busca é integrar dados sociais, algo que tentou fazer em 2010 quando comprou a Aardvark, uma empresa que dava respostas a questões com base nas preferências dos amigos e seguidores do usuário. De sua parte, o Facebook tem construído gradualmente uma plataforma on-site que permite aos anunciantes enviar anúncios dirigidos com base nos dados pessoais e de preferência dos usuários. Ele também fechou uma parceria com o Bing para gerar receita sobre todos os seus dados sociais.
Mas Shapiro argumenta que a convergência sobre o que Google e Facebook podem fazer não cria simplesmente um êxodo em massa de uma rede social para outra; ela pode levar à destruição mútua. “Quanto mais precisa uma rede é [para atingir um usuário com anúncios dirigidos], mais resistente seremos a ela”, diz. “Se você casar a força das buscas que a Google tem com a base comportamental de mídia social que o Facebook tem, serão dois golpes em um. Mas nossa privacidade será o dano colateral.”
No futuro, poderemos ser mais capazes de buscar alternativas que permitam compartilhar informações com amigos e família e, ao mesmo tempo, evitar compartilhar dados com empresas que têm um interesse acima do razoável em monetizar nossos dados.
(Megan Geuss)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Fim de uma Era: ATLANTIS - Ciência e Tecnologia

Bem, sempre volto ao tema, pois me agrada muito. Afinal, faz parte de parte da minha adolescência, quando me era permitido sonhar e fantasiar. Atlantis, último ônibus espacial do programa da Nasa, em que a 135ª e derradeira última missão, vai ter um dia a mais no espaço. O principal objetivo da missão com quatro tripulantes, foi de entregar cerca de 4 toneladas de alimentos e equipamentos à Estação Espacial Internacional. Com esse suprimento, poderá prover a tripulação da ISS de seis pessoas por mais um ano.
A Agência Espacial Americana decidiu estender a permanência no espaço por mais um dia, pela nave ter economizado eletricidade. O ônibus espacial Atlantis, que partiu no dia 08 de julho para a Estação Espacial Internacional (ISS), acoplando dia 10 à ISS, deverá pousar na Flórida às 6h56 (horário de Brasília) do dia 21 de julho.
Felizmente, além de informar a extensão da missão e permanecia, a Nasa informou que não houve quaisquer danos, durante a inspeção realizada no espaço, descartando a necessidade de novas análises.
O Atlantis realizou 32 voos espaciais e percorreu 194.168.330 quilômetros. Ao todo, passou 293 dias, 18 horas, 29 minutos e 37 segundos no espaço. O seu retorno à Terra marcará o fim da era dos ônibus espaciais. Nos próximos anos, os americanos devem depender das naves russas Soyuz para chegar à Estação Espacial Internacional, até que novas naves para tripulação sejam desenvolvidas pelo setor privado.

O astronauta Mike Fossum (dir.), da Estação Espacial Internacional, recebe um pacote com comida do piloto do Atlantis, Doug Hurley (esq.) (Foto: Nasa)


Agora o convite feito: A Nasa convida o público, para um jantar com os astronautas (virtualmente), e a usar as receitas formuladas pela agência para os astronautas e fazer uma refeição enquanto acompanha os astronautas comendo os mesmos pratos, em órbita, pela internet.
O menu, segundo a Nasa, é o de uma “típica refeição do verão americano”, com peito de frango grelhado, churrasco em fatias, feijão e milho. O “churrasco” começa com bolachas salgados, queijo brie e salsichas de aperitivo – exatamente como são vistos na Terra, mas embalados para suportar a viagem ao espaço. Depois, as entradas: frango grelhado (para a tripulação do Atlantis), churrasco em fatias (para a da estação espacial), feijões assados e milho. Para a sobremesa, o doce mais famoso dos Estados Unidos: torta de maçã.

A alimentação dos Astronautas hoje em dia, é muito mais diversificada e saborosa, que as levadas pelos Tripulantes do projeto Apollo, tiveram que degustar. Há pelo menos 180 tipos diferentes: de ovos mexidos a coquetel de camarão, passando até por sorvete de chocolate. A diferença é que os alimentos são aquecidos e desidratados para destruir microorganismos. Depois embalados a vácuo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Reclamação de Barulho no Sexo - Sociedade

Essa não da para deixar de comentar: Foi condenado um vizinho que reclamou do barulho de um casal durante o ato sexual. Ele deverá desembolsar R$ 5.100,00 para cada um deles, conforme foi determinado, em decisão, do desembargador Sergio Jerônimo Abreu de Silveira, da 4.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), considerou que houve excesso por parte do réu, que foi processado pela reclamação que fez no livro do condomínio, no Rio de Janeiro. Ele escreveu que o comportamento do casal seria aceitável somente em "prostíbulos e motel de beira de estrada". O vizinho relatou que o casal passava de gemidos indiscretos a gritos escandalosos, a forma como a intimidade do casal foi exposta denegriu a imagem de ambos perante outros moradores do prédio.
Bem, tirando o fato bizarro, existem muitos casais que fazem alguns barulhos estranhos e pitorescos durante o ato de amor, e com os métodos construtivos hoje em dia, o vazamento do som é cada vez mais freqüente. Por certo, viver em condomínio é uma atividade comum, e a boa convivência é um ato de civilidade, mas o que fazer com esse tipo de reclamação, ou mesmo que pertinente, o que fazer com casais malabaristas?
Coisas da sociedade moderna, onde cada vez mais nos mostra que temos muito a aprender a conviver e dividir o mesmo espaço. Já ouvi reclamações e comentários sobre outros casos, mas jamais tive notícia de um que chegou a uma reclamação formal e essa se transformou em processo...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Itália + Espanha: Mercados em queda - Economia

Continuando o tema de ontem, não querendo ser pessimista mas apenas raciocinando, as quedas apresentadas nos mercados Europeus já eram previsíveis. Uma semana de pressão sobre a dívida da Itália + reunião de urgência da cúpula do euro + alastramento do nervosismo dos mercados aos títulos do tesouro espanhóis + encontro de ministros da Economia e Finanças que dura oito horas que nada decide = uma sucessão de eventos em que os países da zona euro mostram ser incapazes de travar o contágio da crise da Grécia à Itália e à Espanha.
Segundo o jornal espanhol El País, ontem os ministros só conseguiram chegar a acordo na redução dos juros aos países que já foram resgatados - Grécia, Irlanda e Portugal. Emitiram um comunicado conjunto de estarem dispostos a adotar medidas para evitar o risco de contágio na Zona do Euro, sem haver um entendimento quanto ao principal ponto que seria a participação dos setores Financeiros Privados, no resgate da Grécia.
Analistas de mercado especulam sobre a capacidade da Itália conseguir pagar sua dívida pública, e o governo, procura formas de reduzir o déficit, efetuando ajustes e propondo cortes, mas sem muito fôlego. Com isso, as bolsas recuaram, com quedas expressivas dos Bancos detentores das dívidas Italianas.
Apesar do foco, a Espanha também pode ser outro ponto de discussão. É necessário ajustes urgentes e novos aportes em breve. A economia européia está balançando mas isso se deve ao dinheiro farto e barato, que se colocou em muitos países para integrar o bloco, sem que houvesse equilíbrio. Hoje está visivelmente aumentando o número de desempregados na região. Isso assusta, não apenas o velho continente, mas o mundo hoje globalizado e dependente, que acaba se contagiando sob os riscos cada vez mais evidentes de um colapso e moratória unilateral de alguns países que tem suas capacidades de pagamento esgotadas à curto prazo. Vamos aguardar as próximas notícias e até que ponto irão continuar tampando o rombo, de políticas errôneas...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Itália: Novo temor da UE - Economia

Nem bem recuperados do temor da Grécia, que a duras penas conseguiu fechar uma parte do acordo para socorrer sua economia, ampliando a preocupação do calote para a Islândia, Portugal e Espanha, agora, uma grande máquina da produtiva e cultural (apesar que a Europa toda é Cultura), a Itália, causa temor na EU (União Européia). Houve a convocação do chefe do Conselho Europeu, o Sr. Herman Van Rompuy, para uma reunião de emergência, para discutir a crise da dívida da Zona do Euro, se estender à Itália, a terceira maior economia da região.
Participação da reunião o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, o chefe dos ministros das Finanças da região, Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn. O porta-voz de Van Rompuy, Dirk De Backer disse que "é uma reunião de coordenação, não de crise." Apesar de não admitir, a situação na Itália será discutida, pois aumentaram os temores após uma grande venda de ativos italianos na sexta-feira.
A Itália, com a maior relação entre dívida soberana e produção econômica na zona do euro após a Grécia, poderá ser o próximo país a sofrer com a crise. O governo grego ainda precisará, segundo projeções, de um segundo pacote de ajuda. A pressão do mercado se deve, em parte, à elevada dívida pública da Itália e à sua economia letárgica, mas também à preocupação de que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi possa estar tentando prejudicar e até mesmo derrubar o ministro da Economia, Giulio Tremonti, que promoveu grandes cortes para controlar o déficit orçamentário.
O encontro de emergência deverá ocorrer nesta segunda-feira vai preceder uma reunião previamente marcada entre os 17 ministros das Finanças da zona do euro para discutir como garantir a contribuição de investidores do setor privado para o segundo pacote de socorro à Grécia, assim como os resultados dos testes de estresse dos 91 bancos europeus. A Espanha, tradicionalmente vista como o próximo dominó da crise, tem conseguido manter o seu acesso a financiamentos do mercado por meio de reformas fiscais. Mas por causa do tamanho das economias da Espanha e da Itália, a pressão na zona do euro pode aumentar drasticamente se os países eventualmente vierem a precisar de ajuda financeira.
O jornal alemão Die Welt citou no domingo uma fonte não identificada do BCE que teria dito que o atual fundo de resgate europeu, que tem um tamanho nominal de 440 bilhões de euros, não seria grande o suficiente para proteger a Itália porque não havia sido projetado para fazer isso. Na Itália, no domingo, políticos e funcionários do governo se esforçavam para apresentar uma frente unida e defender Tremonti. Umberto Bossi, o poderoso líder da coalizão de aliados da Liga Norte de Berlusconi, elogiou Tremonti por "ouvir os mercados."
Vamos esperar para ver as próxima informações, mas penso: Até quando haverá possibilidade de manter os rombos, e até que ponto os Bancos Alemães e Franceses agüentarão cobrir a gestão dos administradores desses paises?

domingo, 10 de julho de 2011

Politicamente correto (virou chato) - Sociedade

Hoje estamos na fase do politicamente correto. Ecologicamente correto. Socialmente correto. Tudo tem de ser correto, e os corretos não são processados. Meu Blog tem de ser politicamente correto, sob risco de alguém denunciar, bloquear, ou mesmo me processar por danos morais (só gostaria de entender o valor arbitrado, visto que nada ganho com isso, apenas o prazer de partilhar o que penso e o que leio).
Está rolando uma polêmica com relação ao humorista da vez: Rafinha Bastos. Ele provocou alvoroço com a colocação: "Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra car... Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus". Com isso, o comediante e jornalista do programa CGC da Bandeirantes, está sob os holofotes do Ministério Público de São Paulo.
O Órgão pediu abertura de inquérito policial, por suposta incitação e apologia ao estupro, que foi feita durante uma apresentação de stand-up comedy. O oficio da promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, que pediu a instalação do inquérito, considera que Bastos comparou o estupro como uma oportunidade para as vítimas se satisfazerem sexualmente, enquanto o criminoso seria um benfeitor. A requisição de instauração de inquérito é resultado de representação feita à Promotoria pela coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Thais Helena Costa Nader.
Agora vamos ao que interessa: O que pode significar isso? Uma jogada de Marketing? Sem sombra de dúvida, pessoas obscuras, interessadas em alavancar suas carreiras (sejam elas em órgãos públicos ou ONG's), processam por alguém fazer piada, e o pior, devem ter se escrachado de rir, mas, a moral e bons costumes, não permitem que admitam isso e vão processar. Acredito que deveriam ser processados também todos os que riram da piada que foi feita durante uma apresentação. Eles pagaram para ver e ouvir a incitação e apologia ao crime.
Penso com relação às músicas dos morros, e hoje de festas sofisticadas, com as popozudas, se não teriam que ter o mesmo tratamento. Fazem explicitamente apologia ao sexo, drogas, violência e outras coisas. Ou filmes que passam, onde existe cenas de violência, ou livros, que podem estar incitando às práticas. Ou mesmo Blogs como o meu, que criticam abertamente essa postura do Ministério Público que têm profissionais altamente capacitados e outros que buscam com esse tipo de postura, alavancar suas carreiras.
Sei que corro riscos, mas corre mais risco quem absurdamente busca uma sociedade apática, cheia de regras para pobres mortais, mas que deixam aberto o caminho para outras atrocidades que matam muitas pessoas neste país, como corrupção e desvios, onde políticos e pessoas ligadas aos poderosos, fazem o que querem, e tem seus processos prescitos pelo decurso de prazo, por que quem deveria processar perdeu o prazo, por cuidar de uma piada que foi contada...

sábado, 9 de julho de 2011

O Fim de uma Era - Tecnologia/Sociedade

O último vôo do ônibus espacial, programa visionário da NASA, com a nave Atlantis, partiu rumo ao espaço na sexta, do Cabo Canaveral, na Flórida, com destino certo, a ISS (Estação Espacial Internacional). Existiam condições meteorológicas desfavoráveis, mas quis o destino, abriu-se uma janela de tempo bom, permitindo seu lançamento. Este é a 135a missão do programa, inaugurado há 30 anos, com a Columbia.
Existia uma grande expectativa, já com um misto de saudozismo anunciado, pois com o mau tempo, apenas 30% seriam as chances de se cumprir o previsto, mas ao menos 1 milhão de pessoas assistindo localmente, ficaram tensos, pois segundos antes das 12h26, horário originalmente previsto, houve sua interrupção. Com o suspense da platéia, foi, com dois minutos posteriores, acompanhando a contagem regressiva, e viram as labaredas fumegantes dos motores, rasgarem o horizonte.
O retorno está previsto para o próximo dia 20, trazendo de volta, quatro dos experientes da Nasa, a agência espacial americana: o comandante Christopher Ferguson, o piloto Dough Hurley e os especialistas de missão Sandra Magnus e Rex Walheim. O Atlantis já realizou 32 voos espaciais e percorreu 194.168.330 quilômetros. Ao todo, passou 293 dias, 18 horas, 29 minutos e 37 segundos no espaço.
A missão final do Atlantis tem a previsão de durar apenas 12 dias, mas o estoque de alimentos a bordo pode abastecer a estação por um ano. Isso porque esta última viagem é também uma espécie de apólice de seguro: com a aposentadoria dos ônibus, a ISS e seus astronautas terão que contar com reabastecimentos periódicos de duas empresas privadas americanas, além do transporte de naves russas e européias. A Space Exploration Technologies (SpaceX), do empresário sulafricano Elon Musk, testou com sucesso em dezembro de 2010 a cápsula Dragon, na esperança de levá-la à ISS no fim de 2011. Outro compartimento de carga está sendo desenvolvido pela Orbital Sciences Corp, mas ainda não houve nenhum lançamento de teste.
Concluir a construção da ISS foi a principal razão pela Nasa ter mantido os ônibus espaciais depois do acidente com o Columbia em 2003. A agência vem trabalhando no centro de pesquisa orbital há 11 anos ao custo de 100 bilhões de dólares, em parceria com outros 15 países. Com o término da construção, os EUA usarão os 4 bilhões de dólares que o programa sugava todos os anos para desenvolver uma nova espaçonave, com a qual planejam missões para além da órbita baixa da Terra: Lua, Marte e asteróides, lugares que os ônibus espaciais são incapazes de alcançar...

Mas, o fim de uma era, assim sinto quando vejo as reportagens, e mais que isso, fotos que me permitiram sonhar e ainda me fazem, como um menino, mesmo hoje adulto, tentando me colocar no lugar dos Astronautas, invejando-os, por sua coragem em ficar soltos, no espaço, ligados a um cabo, em sua espaçonave. Ah, tolos sonhos, mas que ficarão em imagens marcantes, mas esperando que possam fomentar a curiosidade, e quem sabe um novo espírito nas crianças...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ainda da Apple... - Tecnologia

Atingiu-se a incrível marca de 15 bilhões de downloads de aplicativos, originados da Apple Store. Como a Apple anunciou em janeiro a marca de 10 bilhões de downloads, os dados indicam que, em menos de seis meses, os consumidores baixaram 5 bilhões de apps. Este ritmo é inédito. De cada aplicativo pago à venda na loja, a Apple retém 30% da receita. Os preços dos programas variam entre US$ 0,99 e US$ 49,99.
O aumento no ritmo de downloads é atribuído, principalmente às novas aplicações desenvolvidas especialmente para o iPad, a prancheta eletrônica da marca. Outra novidade da maçã deve chegar ainda este ano. De acordo com o jornal The Wall Street Journal, o iPhone 5 deve ser lançado até outubro. Deve ser mais rápido, fino e trazer câmera de oito megapixels.
Uma máquina de fazer dinheiro, mas até quando haverá folego e criatividade? Lembrando que o mentor e guru, Steve Jobs está doente, e o que existe hoje é inovação de produtos, nenhum novo objeto de consumo, apenas atualização dos que existem, marcados com uma estratégia que alimenta o desejo na atualização, mas até quando???

Duelo de marcas: Apple x Amazon - Tecnologia/Economia

Esta semana, um tribunal Californiano, negou o pedido da Apple de impedir a utilização do termo Appstore pela Amazon, por não conseguir demonstrar que App Store é uma marca proeminente e renomada, entendendo que o termo possa ser utilizado por outras empresas, como descritivo para obtenção de aplicativos de software para aparelhos móveis. Na interpretação da juíza Phyllis J. Hamilton (da Califórnia) em um documento de 18 páginas, não há evidências de que a Amazon queria criar uma associação entre seus aplicativos Android e os apps da Apple.
A ação se iniciou em março, devido a Amazon usar o termo na sua loja on-line para aplicativos com o sistema Android (pedra no sapato de Steve Jobs) do Google, que alegou que as duas empresas vendem produtos pela internet, sendo que a Amazon também oferece produtos da Apple, o que poderia induzir os consumidores a ficarem confusos quando da aquisição desses downloads.
No entendimento as juíza, a marca é genérica (também contestada pela Microsoft) e não pode ter seu registro efetivado pela Apple (que entrou com este em 2008) . A Amazon ainda argumentou que seu uso do termo em “Amazon Appstore for Android” constitui uma utilização justa e não pode ser contestada, mesmo que seja assumido o argumento que o termo “App Store” é público, uma afirmação negada pela gigante de vendas online, de acordo com a juíza do caso.
A Amazon afirma não usar o termo “App Store” como uma marca registrada, mas simplesmente para dizer aos consumidores que o serviço é uma loja de aplicativos (app store, em inglês), e que oferece programas para o sistema Android. Haverá novo julgamento em outubro, para definir o caso, mas o problema agrava, devido aos serviços disputados na hospedagem de arquivos, com o Cloud Player e o iCloud. Vamos ver como isso irá caminhar...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Turismo na Favela - Sociedade/Política

Algumas coisas são bizarras, mas por esse fato, acabam sendo atraentes. O Rio de Janeiro é uma cidade linda, com vários atrativos, uma natureza generosa, enfim, um local que costuma receber turistas de todas as partes do mundo, apesar do noticiário...
Estará sendo inaugurado nesta data, um novo tipo de serviço. Trata-se do teleférico, mas não um teleférico comum, ou melhor, não um que leve a um local comum de espetacular beleza. Ele está instalado no complexo do Alemão, um conjunto de favelas na zona norte da cidade maravilhosa. Inspirado no modelo de Medelim, na Colômbia.
Para a construção do teleférico, foram investidos R$ 210 milhões, entre recursos do governo federal e contrapartida do governo do estado. Com 3,5 quilômetros de extensão, são 152 gôndolas (bondinhos), com capacidade para transportar 10 passageiros em cada cabine, que vão percorrer as estações de Palmeiras, Itararé, Alemão, Baiana, Adeus e Bonsucesso. Os moradores terão direito à duas passagens grátis, diárias, e demais frequentadores pagarão R$ 1,00 por trecho.
Isso faz parte do PAC, e será inaugurado pela Presidente Dilma, acompanhada de outros políticos, autoridades e papagaios. A imprensa estrangeira deverá acompanhar essa inauguração.
Logo no início comentei de coisas bizarras. Bem, existe o turismo das favelas, onde pessoas de várias localidades vem conhecer e fazer um tour cultural por favelas, visitando Comunidades, Escolas de Samba, Projetos Sociais, Baile Funk e outras atividades peculiares.
Não sou contra o investimento e a melhoria das comunidades, pois sei que pode parecer isso de início, mas políticos insistem em maquiar problemas sociais, regularizando Favelas e outras ocupações irregulares. Entendo isso como desvio de recursos, onde se ganha votos, mas esquece que as pessoas buscam nas favelas uma localização próxima ao trabalho, ou a outros serviços, mas muitos não querem pagar por isso. A sociedade que não consegue escapar ao fisco (me incluo nesse meio) precisa arcar com os custos sociais, e com a eleição de políticos oportunistas, que se travestem de benfeitores, criando leis para regularizar e transferir renda.
Quem sabe um dia alguém verá com seriedade os problemas sociais, e vai agir de forma digna e correta, não apenas escondendo a sujeira para debaixo do tapete, mas tendo uma postura correta em ver e corrigir ao menos em parte, os problemas existentes neste país...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mudanças à Vista? - Tecnologia

Isso me incomoda e muito, pois quero saber até que ponto pode me afetar e me tirar o prazer de escrever...
Ao que anda-se comentando, o Google está investindo pesado no Google+, e, comenta-se que dois serviços poderão sofrer com isso o que chamam de rebranding (reposicionamento): O Picasa e em especial o Blogger. O Mashable relatou que a empresa modificará os nomes de ambos no final deste mês, juntamente com a abertura da nova rede social para o público.
Já ocorreu no passado recente quando a VOIP GrandCentral se tornou o Google Voice, após sua aquisição. Talvez, busque com isso alavancar essa nova ferramenta para competir com o Facebook, unindo vários serviços.
O esforço deve ser grande para alavancar o Google+, buscando unir todos os elementos sociais para um site: mensagens móveis e de vídeo (Huddle and Hangouts), gestão de relacionamento (Circles), e compartilhamento de fotos (Picasa, que em breve será o Google Photos).
Minha preocupação: Renomear o Picasa esclarece a finalidade do produto, mas e o Blogger? Muitos vão ter uma pequena revolta, principalmente pelas boas recordações que a plataforma de blogs proporcionou no início da existência dos blogs, mesmo se você já largou o Blogger há algum tempo. Muitos já mudaram para outras plataformas, mas o Blogger continua sendo relevante, já que continua um dos sites de maior tráfego da web. Este ano a Google até brincou um pouco e atualizou o visual do Blogger, mas remover a marca da plataforma é uma mudança maior que apenas disponibilizar novos templates.
Já que a mudança é eminente, bem que poderiam também implementar uma integração mais completa do Blogger com o Google+, com links entre os perfis de ambos os serviços, e disponibilizar uma posição de destaque pra as atualizações do blog. Mas isso não seria algo que gostaríamos de ver apenas com o Blogger, não é mesmo? Além de outras plataformas de blogs, também esperamos integração da rede social com outros serviços da Google, como o Google Docs, e o Google Apps.
Rebranding da Google - Grande parte dos produtos já se enquadra na nomenclatura da Google. Mas e o YouTube? Será que a Google não vai fazer o mesmo com o principal serviço de streaming de vídeos? O Mashable informa que a Google ainda não tem planos para alterar a marca do YouTube, muito menos mudar seu nome para Google Video (uma boa decisão, considerando o terrível destino do Google Video).
Alinhar todos os produtos com a mesma nomenclatura ajuda a solidificar a marca da Google – seja na busca, no social, na comunicação e em todos esses componentes de colaboração. Mas se isso coloca mais lenha na fogueira das disputas judiciais de violações da empresa, só o tempo dirá.
Mas provoco uma revolta???

terça-feira, 5 de julho de 2011

Reviravolta - Internacional/Sociedade

Quem diria, de acusado para acusador... Está acontecendo uma reviravolta jurídica e social, no caso do Sr. Dominique Strauss-Kahn, ex-todo poderoso Chefe do FMI, onde uma funcionária do hotel onde ele estava hospedado, disse ter sido abusada sexualmente, mudou e entrou em contradições. Os procuradores vão retirar as acusações de crime sexual, por conta de dúvidas sobre a credibilidade da suposta vítima, informou nesta terça-feira (5) o jornal "New York Post".
Após quase dois meses (a acusação data de 14 de maio), ele foi acusado de atacar sexualmente a camareira, onde sempre negou as acusações, mas por pressão, acabou renunciando ao cargo, e ao mesmo tempo, sentenciando o fim de sua consistente carreira política, pois surgiram outras denúncias. Foi preso e algemado, e depois ficou cumprindo prisão domiciliar, sem poder sair dos EUA, tendo uma fiança arbitrada em cerca de US$ 1 milhão. Os promotores, em audiência nesta sexta, consideraram que a camareira mentiu repetidas vezes desde o dia 14 de maio, quando ocorreu o incidente em um quarto de hotel em Nova York. Com base nestas informações, o juiz decidiu libertar o político francês.
Mas como eu disse, ainda pesam outras acusações. A jornalista e escritora francesa Tristane Banon, afirmou ter sido vítima de agressão sexual por Dominique Strauss-Kahn em 2002, e disse que vai apresentar queixa por tentativa de violação do antigo diretor do FMI. “Não quero saber do que as pessoas irão pensar nas próximas horas ou dias. Recebemos muitas mensagens insultantes e também de apoio. Tristane foi insultada pelos que dizem que se ela passou pelo que passou, devia ter apresentado uma queixa. Agora esses que a insultaram pedem desculpa”, disse David Koubbi advogado da jornalista.
Em fevereiro de 2007, Tristane Banon, atualmente com 31 anos, afirmou na televisão ter sido sexualmente agredida cinco anos antes por Strauss-Kahn. Mas não apresentou cargos contra o político francês. Anne Monsaret, mãe de Banon e membro do partido socialista francês, lamentou ter dissuadido a filha a não apresentar queixa naquela época. Em França, o período para a prescrição do crime de tentativa de violação é de 10 anos. Entretanto ao saber das intenções de Tristane Banon, Dominique Strauss Khan encarregou advogados franceses de apresentarem uma ação na justiça por calúnia. Strauss-Kahn era uma das figuras do partido socialista francês a concorrer nas próximas eleições presidenciais na França com, até a aparição dos escândalos sexuais que o envolveram, boa imagem para o eleitorado desse país.
Ainda vou escrever mais coisas a respeito do sr. Strauss-Kahn, visto que muitas letras vão circular. O que não entendo é como alguém espera quase 9 anos para efetivar uma denúncia...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Alemanha: Contra festas pelo Facebook - Sociedade

Ferramentas sociais são um mecanismo muito interessante, onde pode-se saber todos os passos de alguém. Twitter, Facebook, Orkut, MySpace e outros mecanismos de comunicação, mantém os seguidores cientes, quase que em tempo real, do que está ocorrendo. Isso facilita o acesso à notícias, muitas delas provindas de localidades onde apenas anônimos conseguem com muita persistência, enviar.
Na Alemanha, existe uma preocupação com esse tipo de comunicação: A promoção de festas. Um jovem, de Hamburgo, Alemanha, recebeu mais de 1600 pessoas numa festa que comunicou pelo Facebook, para comemorar seu aniversário. Essa aglomeração sem planejamento, dificulta os trabalhos policiais.
No caso específico, mais de 100 policiais foram destacados para controlar a multidão, que teve como conseqüência, 11 detidos, por agressão, danos materiais e resistência. Na comemoração do seu 16o aniversário, o jovem esqueceu de assinalar que o evento era privado, tornando-o público para todos os contatos da rede social.
Por isso, os ministros do Interior dos estados federais da Baixa Saxónia, da Renânia Norte Vestefália e da Baviera querem proibir as festas convocadas através das redes sociais, pela facilidade com que se podem tornar ameaças à ordem pública.
A liberdade de comunicação, quando efetuada sem critérios pode acarretar problemas desse tipo, felizmente controlados, mas com riscos evidentes. Imagine-se num local superlotado, onde alguém dê um alerta de bomba: O resultado pode ser desastroso. Talvez um trabalho de conscientização, e demonstração com imagens de problemas ocorridos no passado, possam auxiliar e formar um pouco melhor a forma como deve-se planejar festas. Muitos casos aconteceram e acontecem, em locais lotados, com um pequeno princípio de incêndio, com pessoas mortas ou seriamente feridas por terem sido pisoteadas... Questão de responsabilidade...

domingo, 3 de julho de 2011

Mais um adeus - Política

Ontem, 02 de julho, faleceu o ex-presidente Itamar Augusto Cautieiro Franco. Homem de hábitos mineiros, que se fixou em Juiz de Fora, nasceu a bordo de um navio que fazia a rota Salvador/Rio de Janeiro. Órfão de pai, que morreu de malária antes de seu nascimento, sua mãe registrou o filho em Salvador (BA), onde morava um tio. A família era de Juiz de Fora e ele se mudou para Minas Gerais com poucos meses, viveu uma infância pobre, ajudando a mãe a entregar marmitas.
Formou-se em engenharia e eletrotécnica pela Escola de Engenharia de Juiz de Fora, em 1945. Foi durante o curso que iniciou sua vida pública, participando da política estudantil. Ainda na década de 50, se filiou ao PTB e tentou se eleger vereador e, depois, vice-prefeito em Juiz de Fora. Com o golpe militar em 1964 e a instalação de um regime de bipartidarismo, Itamar migrou para o MDB, sigla pela qual conquistou seu primeiro mandato eletivo, na prefeitura de Juiz de Fora, em 1967.
No pleito de 1972, foi reeleito, mas deixou o cargo um ano depois para concorrer, com sucesso, a uma vaga no Senado - sendo reeleito em 1982, já no sucessor do MDB, o PMDB. Em 1986, sem apoio para ser candidato ao governo mineiro em seu partido, se filiou ao PL, mas foi derrotado por Newton Cardoso, candidato de sua ex-agremiação. Com a derrota, Itamar voltou ao Senado para cumprir o restante de seu mandato, que ia até 1990. No período, participou da Assembleia Nacional Constituinte e das campanhas para a volta das eleições diretas. Em 1989, trocou novamente de sigla e foi para o desconhecido Partido da Reconstrução Nacional (PRN), para ser candidato à vice na chapa de Fernando Collor de Mello, que saiu vencedora.
Na vice-presidência, Itamar criticou atos de Collor, como os processos de privatizações, mas se manteve discreto. Com o surgimento das denúncias de corrupção contra o governo e o início da campanha pelo impeachment do presidente, a figura pacata de Itamar ganhou espaço. Em setembro de 1992, quando a Câmara decidiu autorizar a abertura do processo contra Collor, Itamar assumiu a vaga interinamente. Três meses depois, o presidente renunciou ao cargo e o mineiro foi conduzido à Presidência, sem uma posse formal.
Itamar Franco assumiu o País com uma inflação de 1.100%, que chegaria a 6.000% no ano seguinte. Em meio à crise, o presidente trocou o comando do Ministério da Fazenda diversas vezes, até que Fernando Henrique Cardoso, então ministro das Relações Exteriores, assumiu a pasta com um projeto para a implantação do Plano Real, lançado em 1º de março de 1994. Estabelecido pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, o plano promoveu a queda da inflação, e no primeiro trimestre de 1994, a atividade econômica cresceu em proporções comparáveis apenas ao início da década de 1980, verificando-se um grande aumento do consumo, apesar da manutenção das altas taxas de juros.
Com o plano, era criada uma unidade real de valor (URV) para todos os produtos, desvinculada da moeda vigente na época, o Cruzeiro Real. Cada URV correspondia a US$ 1. O modelo conseguiu atrair capitais estrangeiros e foi exitoso no combate à inflação em um curto período. Apesar de ousada, a medida estabilizou a economia brasileira. Com o sucesso do real, Itamar elegeu Fernando Henrique Cardoso seu sucessor em 1995 e deixou o Palácio do Planalto com altos índices de aprovação. No período até a eleição seguinte, Itamar foi embaixador em Portugal e na Organização dos Estados Americanos (OEA), nos Estados Unidos.
Ao retornar ao Brasil e ao PMDB, o político tentou se lançar candidato à Presidência para as eleições de 1998, mas encontrou resistência no partido, que apoiaria a reeleição do tucano FHC. Decidiu, então, tentar o governo de Minas Gerais, e foi bem sucedido. O início do governo foi turbulento. No primeiro dia, Itamar decretou a moratória para renegociar a dívida do Estado, gerando uma crise com a presidência do Banco Central. A suspensão do pagamento da dívida durou pouco mais de um ano e gerou retaliação por parte do governo federal, que suspendeu repasses como o do Fundo de Participação dos Municípios.
Aos 81 anos, atualmente cumprindo o mandato de senador, morreu no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O político, que cumpria mandato até janeiro de 2019, estava internado desde o dia 21 de maio, diagnosticado com leucemia, mas seu estado de saúde piorou na sexta-feira, quando foi levado para a UTI com pneumonia grave.
Bem, isso é parte da bibliografia desse homem, que nos deixou. existe uma matéria interessante, que na realidade é um relato pessoal de quem conviveu com Itamar Franco, trata-se de Antonio Carlos Passos de Carvalho, é ex-chefe da ajudância-de-ordens do presidente da República (1992-95) e ex-diretor presidente da Companhia de Processamento de Dados de Minas Gerais, Prodemge, publicado no Jornal do Brasil, intitulado Itamar Franco, um brasileiro, onde particularmente acho que merece um pouco de atenção...

sábado, 2 de julho de 2011

Caos Previsto: Venezuela - Internacional

Muito se especulou sobre a saúde do Presidente Venezuelano, Sr, Hugo Chavez, que em visita programada à Cuba, para beijar a mão de seu mentor intelectual Fidel Castro, digo, fechar acordos bilaterais com a República “Democrática” de Cuba, sendo outro país democrático, onde as críticas dos opositores ajudam a construir uma reputação de “grande” estadista da Revolução Bolivariana, acabou por ter que ser internado e efetuado uma cirurgia.

Seu vice-presidente, Sr. Elias Jaua, afirmou que o Sr. Chávez (não o do seriado) será mais uma vez o “Candidato da Revolução”, para as eleições de 2012, pois houve alteração na constituição Venezuelana dando possibilidade de re-eleições ilimitadas, perpetuando um líder carismático como esse senhor, no poder, quase tornando-o um autocrata, sem existência de opositores, visto que existe harmonia perfeita no país, sem desigualdades, e sem conflitos sociais de quaisquer espécies. Lá, reina o respeito às leis, inclusive com seus vizinhos, acordos comerciais são respeitados, e vive-se uma economia plena de mercado...

Após muita especulação, finalmente foi revelado o que houve. “Um dia após o tirano anunciar de Cuba que havia sido operado de um tumor maligno, o vice-presidente declarou que o processo de recuperação do caudilho foi satisfatório e que "existem todas as condições médicas para que tudo saia bem". Pouco antes, Jaua havia afirmado, segundo o jornal The New York Times, que o tiranete pode ficar em Cuba e manter o comando da Venezuela por até seis meses, se necessário, e que não pretende substituí-lo.”

Em pesar pela doença real que o ditador, digo, presidente da Venezuela, lindo país, rico em petróleo, mas infelizmente acometido por insanos no poder, observo que existe um grande alvoroço em seus pares, em virtude de sua ausência, pois a oposição, apesar de estar acuada e sufocada, existe, e outros interesses também, de alguns parceiros econômicos. Hoje ele trava uma luta pela vida, mas que está no caminho da recuperação.

Tomara que ele se recupere. E tomara ainda, que a Venezuela consiga enxergar que se o Rei, digo, Presidente cair, faltará quem ocupe seu lugar, e a massa contida e ordenada que o colocou no poder e vive a utopia populista que acometeu o País, fique dispersa e outro aproveitador, digo, ditador, digo, populista, digo, Líder Político, ocupe seu lugar...