Políticos e tecnocratas são uma coisa... Anunciam à grandes brados e querem estampados nos Jornais que houve diminuição da Devastação das Florestas, passando a imagem que houve consciência e preservação, mas a coisa não é bem assim. O ritmo predatório aparentemente tem diminuído, mas isso tem outros fatores.
Dizem, que houve diminuição no mês de maio, do desmatamento, perdendo apenas 268Km quadrados... Alguns baterão palmas, oras, mas a quem? Os exploradores continuam cortando árvores, utilizando técnicas de manter algumas próximas, para no monitoramento de satélite, não poder avaliar, visto que ainda existirá cobertura vegetal. Não se consegue avaliar o volume e sim a cobertura, ou seja, mantendo algumas copas não aparecerá a devastação pelo monitoramento eletrônico, apenas com visita à campo. Outra causa para comemorarem a queda no ritmo é que hoje, as cidades estão muito próximas, e portanto não existe tanto espaço para derrubadas.
Outras notícias apontam que no estado de Rondônia houve aumento em 64% da devastação. Mato Grosso liderou o desmatamento na região em maio, com 93,7 quilômetros quadrados de novas áreas derrubadas; seguido por Rondônia, com 67,9 quilômetros quadrados; e pelo Pará, com 65,5 quilômetros quadrados, a menor derrubada de florestas no período. A cobertura de nuvens impediu a visualização de 32% da Amazônia Legal. As informações são do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
As áreas de mata nativa que foram derrubadas nos dois estados são motivos de preocupação para o Prevfogo, sistema nacional de prevenção aos incêndios florestais, ligado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O motivo é que poderá ocorrer uma 'explosão' de queimadas nessas regiões de desmatamento ilegal, no intuito de limpar terrenos para dar espaço à agricultura. Rondônia, por exemplo, já aponta um crescimento de 10% nos casos de queimada entre janeiro e junho deste ano. Durante o período foram registrados 306 focos de calor no estado.
Lembro que não faz muito tempo, houve problemas inclusive com tráfego aéreo pela fumaça provocada pelas queimadas provocadas na região, sendo noticiadas no mundo, causando preocupação ambiental.
Não sou ambientalista, nem eco-chato, mas ou existe manejo sustentável, havendo extração e reposição evitando a erosão e perda de nutrientes no solo (que é pobre), ou teremos grandes áreas descobertas, e aguardaremos as manifestações de pessoas que se omitiram, buscando palanque para defender esse tipo de postura. Recursos minerais são para serem explorados, mas com critérios. Não se pode criar um santuário apenas, mas buscar o equilíbrio. Espero que um dia isso eu possa escrever por aqui...
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