Continuando o tema de ontem, não querendo ser pessimista mas apenas raciocinando, as quedas apresentadas nos mercados Europeus já eram previsíveis. Uma semana de pressão sobre a dívida da Itália + reunião de urgência da cúpula do euro + alastramento do nervosismo dos mercados aos títulos do tesouro espanhóis + encontro de ministros da Economia e Finanças que dura oito horas que nada decide = uma sucessão de eventos em que os países da zona euro mostram ser incapazes de travar o contágio da crise da Grécia à Itália e à Espanha.
Segundo o jornal espanhol El País, ontem os ministros só conseguiram chegar a acordo na redução dos juros aos países que já foram resgatados - Grécia, Irlanda e Portugal. Emitiram um comunicado conjunto de estarem dispostos a adotar medidas para evitar o risco de contágio na Zona do Euro, sem haver um entendimento quanto ao principal ponto que seria a participação dos setores Financeiros Privados, no resgate da Grécia.
Analistas de mercado especulam sobre a capacidade da Itália conseguir pagar sua dívida pública, e o governo, procura formas de reduzir o déficit, efetuando ajustes e propondo cortes, mas sem muito fôlego. Com isso, as bolsas recuaram, com quedas expressivas dos Bancos detentores das dívidas Italianas.
Apesar do foco, a Espanha também pode ser outro ponto de discussão. É necessário ajustes urgentes e novos aportes em breve. A economia européia está balançando mas isso se deve ao dinheiro farto e barato, que se colocou em muitos países para integrar o bloco, sem que houvesse equilíbrio. Hoje está visivelmente aumentando o número de desempregados na região. Isso assusta, não apenas o velho continente, mas o mundo hoje globalizado e dependente, que acaba se contagiando sob os riscos cada vez mais evidentes de um colapso e moratória unilateral de alguns países que tem suas capacidades de pagamento esgotadas à curto prazo. Vamos aguardar as próximas notícias e até que ponto irão continuar tampando o rombo, de políticas errôneas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário