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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

01 - Câncer de Peritônio - Saúde

O câncer de peritônio é um câncer raro, que afeta o peritônio, uma membrana que reveste a parte interna da cavidade abdominal e recobre órgãos como o estômago e os intestinos, reto, bexiga e útero. Toda essa camada é rica em vasos do sistema linfático, que funcionam como sistema de defesa do organismo. O câncer de peritônio pode ser classificado como primário ou secundário.

Figura da cavidade abdominal mostra o peritônio (em azul) e catéter

O câncer primário no peritônio é considerado raro, acometendo algo em torno de quatro ou cinco pessoas numa população de 100 mil. Seus fatores de risco ainda não são muito bem conhecidos e a doença não apresenta sintomas específicos.
No entanto, o câncer de peritônio primário é mais comum em mulheres do que em homens. Mulheres com risco de câncer de ovário têm um risco aumentado para câncer de peritônio. Isto é ainda mais provável há o fator genético. A idade avançada é outro fator de risco para o câncer de peritônio.
O câncer de peritôneo é bastante semelhante ao câncer de ovário. Isso porque o tecido do peritônio é dos ovários são formados por células epiteliais. É comum que os dois tipos de câncer apresentem sintomas semelhantes. O tratamento para os dois casos também pode ser o mesmo. Ele  se forma na própria membrana e secundário quando ele inicia em algum órgão da região - sobretudo intestinos, ovário, útero, estômago, pâncreas e se implanta no peritônio.
Também conhecido como mesotelioma, pode originar-se de um carcinoma semelhante ao câncer de ovário. Já o câncer que vem de outros órgãos e se implanta no peritônio é conhecido como carcinomatose peritoneal.
Quando progride, o câncer primário no peritônio favorece o aparecimento de nódulos, podendo causar dor abdominal e acúmulo de líquido. Como em qualquer tumor, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, mais positiva é a resposta ao tratamento. O tratamento é baseado na quimioterapia, que ataca e minimiza o tumor. Em alguns casos, após reavaliação médica, se opta por procedimentos cirúrgicos que visam remover lesões residuais e por quimioterapia intraperitoneal hipertérmica.
Os casos em que um tumor de estômago, intestino ou ovário, por exemplo, cresce, se espalha e se implanta no peritônio são mais frequentes do que os diagnósticos de câncer primário no peritônio. Nessas situações, células tumorais se desgrudam do órgão acometido e conseguem migrar e se implantar no peritônio, contribuindo para a disseminação da doença. É o que os médicos chamam de carcinomatose peritoneal. Quando a doença alcança esse estágio, os recursos terapêuticos abarcam desde quimioterapia até intervenções cirúrgicas.
Assim como ocorre com o câncer de ovário, o câncer de peritônio pode ser difícil de ser diagnosticado nos estágios iniciais da doença. Isso porque os sintomas não são claros, portanto difíceis de identificar. Quando os sintomas ocorrem claramente, muitas vezes é um sinal de que a doença progrediu. Muitos dos sintomas acontecem devido ao acúmulo de líquido (ascite) no abdômen.
Os sintomas do câncer de peritônio podem incluir:
- Dor abdominal;
- Diarreia e náuseas;
- Massa abdominal;
- Aumento da circunferência abdominal;
- Distensão do abdômen;
- Ascite (fluído no abdômen);
- Febre;
- Perda de apetite;
- Ganho de peso ou perda inexplicável;
- Fadiga;
- Anemia;
- Distúrbios digestivos;
- Constipação;
- Micção frequente;
- Sangramento vaginal anormal.

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