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quarta-feira, 23 de maio de 2012

4 anos e assassina: Infantil? - Sociedade

Bem, vamos aos fatos,  conforme o jornal estatal "Al Sharq", um menino saudita de quatro anos matou seu próprio pai por não ter recebido o videogame PlayStation que havia pedido. O porta-voz da Polícia de Jezan - o general Abdel Rahman al Zahani -, explicou que a criança, ao perceber que não iria ganhar o videogame, pegou a pistola do próprio pai e efetuou um disparo.
Segundo a mesma fonte, a criança teria aproveitado um momento de descuido do pai, que teria deixado a arma sobre a mesa para ir trocar de roupa. Al Zahani ainda acrescentou que o disparo efetuado pelo menor atingiu a cabeça do pai e causou sua morte de maneira instantânea. A polícia saudita já abriu uma investigação para apurar este incidente.
Sou pai, tenho filhos, felizmente passaram já dessa idade descrita, mas fica um sentimento de que falta algo. Cada vez que leio sobre tragédias assim, me pergunto se a sociedade não está se perdendo.
Que tipo de crianças estamos formando? O que estamos acrescentando em nossos filhos? Como lidar com esse tipo de comportamento consumista e destrutivo?
Vejo que a psicologia moderna, onde apregoa o diálogo entre pais e filhos, onde mimamos nossas crianças e formamos consumidores e não pessoas preocupadas com o que está à sua volta, tento me remeter a como fui criado, como fui educado e que valores absorvi. Acho válido que os pais não batam em seus filhos. Sim, sou contra a violência doméstica, onde a força é utilizada como forma educacional. Mas filhos devem ter limites.
Volto a insistir que sou pai, e portanto tenho minhas responsabilidades e minha forma de educar. Utilizo como pilares, alguns pontos, que posso ser questionado sim, criticado também. Meus filhos devem me respeitar pelo que represento a eles. Quando não funciona, faço uso de pontos que acredito, sirvam como sustentação.
1o - Sou mais forte que eles;
2o - Eles moram comigo, não o contrário;
3o - Sou o responsável financeiro, portanto, provenho todas as necessidades.
Pode parecer prepotência, talvez até seja, mas isso mantém um ponto onde eles questionam sim, e eu explico sempre que posso ou acho conveniente. Mantenho o diálogo aberto, mas, jamais, falo que minha mão não pode pesar. O tapa corretivo, mostrando que a hipócrita colocação que os pais devem ser amigos dos filhos, entendo como mecanismo necessário. Como conselho, jamais se deve bater no filho no momento de raiva, apenas antes de chegar nesse ponto, de forma única e direta.
Vão me bombardear, mas entendo como correto. Afinal, na minha infância, assim como meus irmãos, apanhei quando aprontei, fui castigado, fui cobrado, e nem por isso me tornei delinquente, assaltante ou algum tipo de psicótico, carregando traumas.
Pais não podem ser amigos dos filhos, não podem se nivelar, não quando eles estão em formação, talvez na idade adulta, mas não antes. Temos que ser educadores, as pessoas que eles podem e devem confiar em qualquer situação, mas não ser amiguinhos. Isso a meu ver destrói o conceito de Pais e Filhos, fomentando atrocidades que cada vez mais aparecem e nos choca, e apenas nos limitamos a lamentar...
O tema não está esgotado. Voltarei a ele em breve, esperando não discutir em cima de uma tragédia, mas outras questões sobre a infância.

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