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sábado, 14 de abril de 2012

Brinquedos de Milionários I - Sociedade/Comportamento

Quando ficar enfadado de fazer as mesmas coisas, busque alternativas. Com essa motivação os Super-ricos agregam novos passatempos. Uma nova classe de submarinos particulares agora é o novo meio de diversão dos super-ricos. Eles permitem que estes novos aventureiros naveguem em meio aos maravilhosos recifes de corais, explorem carcaças de navios afundados ou mesmo cruzem com golfinhos. O preço mínimo dos modelos mais baratos é de US$ 1,7 milhão, mas os valores podem chegar até a US$ 80 milhões.
Recentemente, Graham Hawkes chegou mesmo a localizar um grupo de tubarões martelo. Na ocasião, junto com ele no seu Super Falcon, estava um investidor chamado Tom Perkins, um cliente potencial. "Literalmente nós os seguimos embaixo", disse Hawkes. "Era como se estivéssemos voando num céu líquido."
Hawkes é engenheiro em Point Richmond, Califórnia e seu local de trabalho está na marina da cidade, que dá diretamente para a baía de San Francisco. Os visitantes não andam por ali com frequência, mas quando aparecem, geralmente chegam com as carteiras recheadas. Hawkes fabrica submarinos para milionários.
Sua empresa, a Hawkes Ocean Technologies, é uma de uma série de companhias especializadas em levar os super-ricos para passear. Para os interessados em comprar, o modelo "de entrada" é o Deepflight Super Falcon, a US$ 1,7 milhão. Já o Ocean Pearl, da fabricante americana SEAmagine, sai por US$ 2,5 milhões, mas tem a vantagem de até 900 metros de profundidade.
A Triton Submarines, sediada em Vero Beach, Flórida, é outra companhia especializada em submarinos para os ricaços. "Nossos clientes são proprietários de iates que desejam oferecer aos amigos e à família algo especial", disse Bruce Jones, CEO da Triton. No fundo do mar, "eles podem mostrar aos amigos coisas que jamais viram antes".
Sem crise. A crise econômica não fez cessar a demanda por submarinos, segundo Jones. Cerca de 20 clientes potenciais chegaram à ilha Grand Bahama para testar os submarinos da Triton. Das docas em McLeans Town, uma lancha rápida os leva pelas águas turquesa para o Atlantis II, um navio de pesquisa aposentado que Jones utiliza como "nave-mãe" para sua frota de submarinos.
O CEO recebe seus convidados no deque, onde dois submersíveis estão à espera. Os volumosos flutuadores montados nos lados funcionam também como contêineres de água. As características da marca Triton, contudo, são as esferas de acrílico projetadas no topo e na base do submarino, o que garante uma vista panorâmica de 360 graus.
Uma grua coloca na água o Triton 3300/3 de três lugares, que pesa oito toneladas métricas. Os convidados embarcam pelo convés superior. O piloto Troy Engen aponta para duas válvulas localizadas atrás dos assentos de couro sintético cinzento e explica que podem elas ser usadas para "trazer rapidamente o submarino para a superfície, numa emergência". Então, o piloto deixa a água entrar nos flutuadores. Algumas ondas quebram contra o submarino, e então tudo fica calmo outra vez. Os únicos sons são o zumbido dos motores elétricos e o ronco do ar condicionado.
Engen empurra a pequena alavanca preta do painel de controle para a frente. "Rumo: 285 graus", informa ao barco acima. "Sistemas de apoio, OK". O Triton segue em frente zumbindo sobre um recife como numa cena tirada de um filme de James Bond.
Peixes coloridos brilham com os faróis dianteiros LED do submarino. Um tubarão desliza sob os pés dos passageiros - uma experiência surreal, pois a parede acrílica do cockpit, cerca de 16 centímetros de espessura, é invisível sob a água. "Emocionante, não?", provoca o piloto.
O Triton 3300/3 pode permanecer sob a água por cerca de 10 horas e custa em torno de US$ 3 milhões. A maioria dos clientes da empresa prefere ficar anônima. Jones recentemente vendeu dois submarinos para um empresário australiano que possui uma ilha particular em Belize.
A próxima ideia da Triton é levar turistas para o fundo do mar. Está construindo um resort submarino com suítes submersas (ao preço de US$ 15 mil por semana) em uma ilha particular no arquipélago Fiji. Cinco submarinos estarão à disposição diariamente para levar os hóspedes até os recifes artificiais. "Sou uma velha criança revivendo um sonho", diz o CEO. Quando menino, escrevia cartas para o lendário oceanógrafo francês Jacques-Yves Cousteau. "Infelizmente ele nunca respondeu."  (continua amanhã)

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