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terça-feira, 10 de abril de 2012

Titanic 100 anos: Influência da Lua? - Sociedade/Ciência

No dia de hoje completa-se 100 anos do início de uma viagem, onde o navio RMS Titanic partiu para sua viagem inaugural, saindo de Southampton, na Inglaterra, rumo a Nova York, nos Estados Unidos. Na época a maior embarcação de passageiros do mundo, o navio saiu do porto inglês com 2.223 passageiros a bordo.
O naufrágio ocorreu no dia 14, quando o navio se chocou contra um iceberg no Oceano Atlântico. Afundou quase três horas depois, já na madrugada de 15 de abril, provocando a morte de mais de 1.500 pessoas.
Agora, um novo estudo liga o naufrágio do Titanic,  a um raro alinhamento do Sol e da Lua, quatro meses antes do desastre. Segundo cientistas da Universidade Estadual do Texas em San Marcos, nos Estados Unidos, o evento astronômico teria desprendido um grande número de icebergs, que acabaram entrando na rota do transatlântico.
"A real causa do naufrágio evidentemente foi o fato de o navio atravessar a toda velocidade uma região cheia de icebergs, mas a conexão lunar pode explicar como um número extraordinariamente grande de icebergs entrou no caminho do Titanic", conta Donald Olson, um dos autores da pesquisa, publicada na edição de abril da revista Sky & Telescope.
Para explicar o número incomum de icebergs na rota da embarcação, os astrônomos se inspiraram no trabalho do oceanógrafo Fergus J. Wood, da Califórnia. O estudioso das marés sugeriu que uma aproximação rara da Lua ao planeta Terra, ocorrida em 4 de janeiro de 1912, pode ter contribuído para marés também mais altas do que o normal.
Os pesquisadores descobriram que, nessa mesma data, ocorreu também outro fenômeno raríssimo: a Lua e o Sol se alinharam de forma que a atração gravitacional foi reforçada, causando um efeito conhecido como maré de sizígia. Este efeito é responsável por produzir marés altíssimas. Associado a isso, a proximidade da Lua com o planeta foi a maior registrada em 1.400 anos e ocorreu durante seis minutos de uma lua cheia. Já a aproximação máxima do Sol à Terra aconteceu no dia anterior. "Essa configuração maximizou as forças lunares que levantam as marés dos oceanos do planeta", diz Olsen.
Inicialmente, os cientistas pesquisaram se as marés mais cheias tinham aumentando o desprendimento de icebergs na Groelândia. Porém, eles perceberam que, para alcançar a rota de navegação do Titanic em abril, os icebergs desprendidos das geleiras da Groelândia em janeiro deveriam ter se deslocado muito rápido e em sentido contrário às correntes.
No entanto, segundo depoimento das tripulações dos outros navios que responderam ao chamado do Titanic no dia do naufrágio, havia muitos icebergs na área do acidente. Tanto é que as rotas marítimas foram desviadas muitos quilômetros para o sul pelo resto da temporada de 1912. Assim, a dúvida sobre a procedência desses icebergs ainda existia.
De acordo com a pesquisa americana, a resposta sobre essa abundância de gelo na região está nos icebergs encalhados ou à deriva. À medida que os icebergs da Groelândia se movimentam para o sul, muitos ficam presos nas águas menos profundas do litoral de Terra Nova e Labrador, província do Canadá.
Normalmente, os icebergs permanecem no local até que derretam o suficiente para desencalhar ou até que uma maré alta os liberte. Assim, os astrônomos chegaram à conclusão de que a maré excepcionalmente alta de janeiro de 1912 teria desencalhado estes icebergs, que se deslocaram rumo ao sul pelas correntes oceânicas, tendo tempo suficiente para chegar às rotas de navegação do Titanic.
Ainda haverá muitas manifestações e tentativas de explicar a tragédia, mas, o filme contou em forma de romance, o naufrágio. Muito a tentar explicar, muito a pesquisar, mas teorias mesmo que válidas, não ofuscam a vergonha dos construtores que alardeavam como impossível de afundar...




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