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sábado, 28 de abril de 2012

Fetiche Moderno - Comportamento/Sexualidade

Imagem do site Cheap Zentai
 
Eu poderia falar de vários fetiches sexuais, alguns deliciosamente românticos, outros absurdamente bizarros. Alguns povoam a fantasia dos casais, ou mesmo praticantes solitários. Desses fetiches algumas coisas podem fugir ao controle e planejamento inicial. Mas e quando se tem vontade de algo e falta coragem?E se quando você tivesse vontade de realizar uma fantasia sexual você pudesse fazer isso sem ser reconhecido? Uma coisa meio personagem mascarado, no estilo Homem-Aranha, com máscara cobrindo o rosto. Melhor que isso, e se você pudesse encontrar outras pessoas com essa mesma fantasia e se relacionar com ela, sem saber quem é quem e sem julgamentos no dia seguinte? Pois isso existe e chama Zentai.
O Zentai é uma prática japonesa que nasceu nos teatros, apenas para shows, mas tomou conta de um grupo de pessoas interessadas em trocar experiências anônimas. As pessoas se vestem com roupas de lycra bem justas, como macacões, que cobrem até a cabeça e se encontram para trocar toques e carícias.
Nessa brincadeira sexual não há penetração, sexo oral ou qualquer troca de fluidos. Também não há olhares ou conversas, é apenas o toque e a sensação que isso causa. Como não se vê quem está ao seu lado, o gênero da pessoa também não importa, todos são pessoas.
Há homens que colocam seios sob a fantasia e você nunca diria que são homens (sei lá a surpresa que aguarda...). Cada um se veste para o seu próprio prazer, sem tentar alcançar um padrão visual que os outros esperam, já que ninguém se vê nesses momentos.
Em japonês, Zentai quer dizer "o homem em sua totalidade", o que contempla o bem estar e físico, mental e emocional. Essa maneira de cobrir o corpo e o rosto para garantir esse bem-estar pode ter dado muito certo por ser a sociedade japonesa muito tradicional e conservadora. A prática atravessou os oceanos e aportou em nossas terras do Atlântico Sul. Por enquanto são poucos adeptos, mas a febre zentai começa a tomar conta de alguns grupos, como mostra reportagem da revista Marie Claire.
O foco do fetiche é o toque, coisa que falta nos relacionamentos atuais, cheios de pressa e com objetivos muito claros. Seria essa prática, uma manifestação de um contato com sensualidade e erotismo, sem as vias de fato, onde quem o faz, sairia satisfeito, mas sem o peso da culpa em ser reconhecido com outra pessoa? Como o objetivo são toques e carícias, objetivos e certeiros, não estaria muito próximo do sexo anônimo, omitido por muitas pessoas, mas que se encontra em locais de alguns centros urbanos? A diferença é que lá existem o que chamam de dark-room ou os famigerados cinemões, entre uma sessão de filmes "calientes" ocorrem contatos imediatos com alto grau de promiscuidade...

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