“O Facebook sabe quem você é porque você contou para eles”, pois a rede social é capaz de exibir anúncios para navegantes, personalizados de acordo com seu perfil. “Os usuários oferecem voluntariamente uma série de dados, como localização, idade, sexo, interesses, status de relacionamento, educação e trabalho”, de quebra explicado os motivos do gigante da web estar investindo tão agressivamente em sua própria rede social (e em seus potenciais lucros) nos últimos tempos.
Tudo isso não passaria de mera especulação se não fosse a postura agressiva do CEO Sergey Brin em relação ao Facebook em uma entrevista dada ao jornal inglês The Guardian. “Forças muito poderosas estão se alinhando contra o lado aberto da internet ao redor de todo o mundo” disse o executivo ao jornal, que em seguida explica que as ameaças vêm de governos que querem restringir as comunicações de seus cidadão, empresas que querem combater a pirataria e dos “jardins murados” que o Facebook (e a Apple) constroem para controlar rigidamente o conteúdo acessado por seus usuários.
De acordo com Brin, o Facebook “não torna fácil a transferência de dados de seus servidores, enquanto vem sugando contatos do Gmail há anos”. E completa afirmando que ele e Larry Page jamais conseguiriam criar o Google se algo como o Facebook existisse na época. “Você tem que jogar de acordo com as regras deles, que são bem restritivas. (…) Desenvolvemos o Google em um ambiente aberto. Hoje há muitas regras que limitam a inovação”, diz.
Em todo caso, as opiniões do Google sobre o Facebook já foram bem diferentes. Em 2011, o chairman Erich Schmidt chegou a afirmar que Mark Zuckerberg chegou a negar uma parceira com sua empresa, o que acabou dando na criação do Google+.
David e Golias, eis a lenda que um homem sozinho venceu um gigante. Talvez o gigantismo do Google, comece a dar sinais de peso em suas decisões e inovações, assim como ocorreu com o Yahoo, que se perdeu pelo seu gigantismo e falta de genialidade. O Facebook está crescendo, consolidando e comprando inovações. O Instagram foi a última compra expressiva que agregou valor ainda maior.
Mas a tendência de empresas que crescem muito é atingir um limite, onde sua mobilidade se torna pesada demais para agir rapidamente. Todas grandes organizações acabam criando mecanismos de proteção que acabam com sua agilidade por impor mais controle.
Pessoalmente entendo que redes sociais é uma forma de dizer que queremos ser vistos. Acabamos partilhando muito de nossa vida, e nos tornamos consumidores ávidos por nossas predileções especificadas. Anunciantes conseguem filtrar o tipo de público e o produto diretamente ao nosso instinto de exposição pública, apesar de acharmos que ninguém está vendo, e desejos pessoais. Nos tornamos alvo de nossa vontade de fazer com que "amigos" saibam o que queremos ganhar de aniversário, ou mesmo de amigo secreto. Bem, ainda estou esperando meu Jaguar XJ de presente, se alguém achar uma pechincha, me avise ou me mande com um cartão de boas festas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário