Em agosto de 2009, desmaiou ao volante e quase se acidentou com o carro do campeão mundial Paulo Barcellos. Sem se lembrar do ocorrido, realizou exames que constataram um tumor de 4cm em sua cabeça. Após cirurgia de risco, que retirou apenas 60% do tumor para evitar sequelas ou até mesmo a sua morte, Elizabeth decidiu retornar ao mar para competir. Optando por tratamentos alternativos ao invés de quimioterapia, a atleta não resistiu à doença e faleceu na noite desta sexta.
Não conheci ou acompanhei a trajetória dela. Não sou especialista em esportes aquáticos, mas me solidarizo com perdas prematuras. Acompanhar rapidamente o esforço, onde ela escolheu a faxina, o trabalho simples mas digno, para tentar abraçar seus sonhos, me faz pensar na luta de tantas pessoas, que escolhem a vida dura, para manter a dignidade.
Comentou-se muito do leilão da virgindade, onde uma menina vai faturar cerca de US$ 700 mil, pela primeira vez. O rapaz que participou do mesmo evento receberá US$ 3 mil (uma diferença conceitual da virgindade masculina e feminina).
Observar que num certo momento de sua vida ela tentou tratamentos alternativos, mesmo sabendo dos riscos, é entender sua desistência ao sofrimento. Que fique aqui, meu manifesto à vida digna. Que fique aqui meus sentimentos à família que não conheço, mas aqui me presto a homenagear alguém que com um sorriso ilumina esta triste notícia, que poderia ser mais uma, de tantas pessoas que sucumbem.
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