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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Planeta de diamante - Astronomia

Uma equipe franco-americana de astrônomos encontrou um planeta formado em grande parte por diamante, com o dobro do tamanho da Terra, registra altíssimas temperaturas e orbita em torno de uma estrela visível a olho nu, anunciaram nesta quinta-feira os cientistas. "A superfície deste planeta está provavelmente recoberta de grafite e diamante em vez de água e granito", disse Nikku Madhusudhan, da Universidade de Yale (Connecticut, nordeste), um dos autores da descoberta, publicada na revista Astrophysical Journal Letters, que também contou com a participação do Instituto de Pesquisa em Astrofísica em Toulouse, na França. "Esta é nossa primeira visão de um exoplaneta (fora de nosso sistema solar) rochoso, com uma composição química radicalmente diferente da (composição) da Terra", acrescentou.
Planeta não contém água e parece ser composto principalmente de carbono em forma de grafite e diamante / Haven Giguere / YALE UNIVERSITY / AFPEste exoplaneta, denominado 55 Cancri-e, tem um raio duas vezes maior que o da Terra, de 12.747 quilômetros. Encontra-se a 40 anos-luz de nosso planeta (um ano-luz equivale a 9,461 trilhões de quilômetros), na constelação de Câncer. O 55 Cancri-e gira tão rápido que orbita ao redor de sua estrela, chamada de 55 Cancri, em apenas 18 horas, contra os 365 dias da Terra ao redor do Sol. Também é muito mais denso que nosso planeta, com uma massa oito vezes superior. As temperaturas em sua superfície alcançam os 2.148 graus e o tornam muito inóspito.
Este planeta foi observado pela primeira vez em 2011, quando passou em frente a sua estrela, o que permitiu aos astrônomos medir seu raio. Esta informação, combinada com as estimativas mais recentes de sua massa, permitiu deduzir a composição química baseando-se em modelos informáticos de seu interior e calculando todas as combinações possíveis de elementos e componentes que produzem estas características físicas específicas.
Diferentemente do que os pesquisadores pensaram inicialmente, o exoplaneta não contém água e parece ser composto principalmente de carbono em forma de grafite e diamante, assim como de ferro e silício. Segundo eles, a quantidade de diamante pode representar ao menos um terço de 55 Cancri-e, ou o equivalente a três vezes a massa da Terra. Em comparação, o interior da Terra é rico em oxigênio, mas muito pobre em carbono, destacou Kanani Lee, geofísico da Universidade de Yale e também autor do estudo.
A identificação deste exoplaneta rico em carbono significa que "já não podemos supor que os planetas rochosos à distância têm a mesma composição química, a mesma atmosfera e a mesma estrutura interna que a Terra", disse Madhusudhan. Segundo os cientistas, esta descoberta abre novos caminhos para o estudo dos processos geoquímicos e geofísicos de exoplanetas cujo tamanho é similar ao da Terra.
Adoro astronomia, mas a precisão na identificação de compostos me faz refletir se não passa de suposição ou se de fato tem embasamento científico firme. Definir órbita e translação, para isso existem modelos matemáticos, contemplados que possibilitam a precisão.
Agora estimar a composição, assegurando ser diamante, principalmente na superfície, destoa do que aprendi. Afinal, diamante é carbono submetido a altas temperaturas (o que parece ser condizente com a órbita pela estrela), mas concomitantemente, a altíssima pressão. Algo que está na superfície não tem uma pressão tão intensa. Ou então terei que aprender muito mais (o que não será sacrifício algum)...

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