"As mulheres chegam e me dizem que não têm mais o desejo de ter relações
sexuais porque nada sentem", disse Miklos. "Eu garanto que se um homem não
sentisse nada, ele também não faria sexo." A cirurgia cosmética na genitália feminina é um pequeno segmento do mercado
de cirurgia plástica nos Estados Unidos, mas está crescendo, e se estima que
milhares de mulheres se submetam a essa intervenção todos os anos.
Essa expansão ocorre apesar do alerta feito em 2007 pelo Colégio Americano de Ginecologistas e Obstetras (Acog, na sigla em inglês), que questionou fortemente a validade médica e a segurança da cirurgia cosmética no órgão sexual feminino. No começo deste ano a entidade debateu a tendência em seu encontro anual, em San Diego, na Caligórnia.
"Não foi comprovada a eficácia em nenhum desses procedimentos, e há um potencial de danos", escreveu a ginecologista Cheryl Iglesia, de Washington, ex-membro do comitê da Acog, em um editorial na publicação Obstetricia e Ginecologia, edição de junho. "As mulheres estão sendo enganadas ou estão confusas sobre o que é normal... e sobre o que constitui uma condição para a qual podem obter ajuda por meio de tratamento", escreveu ela no artigo.
Críticos dizem que a tendência é o mais recente serviço destinado a mulheres em busca de um ideal impossível de perfeição física, estimulado pela pornografia na Internet e propaganda de cirurgiões que podem não estar explicando todos os riscos, como infecções, cicatrizes, dor e perda das mesmas sensações que algumas pacientes buscam melhorar.
"Mesmo quando as mulheres são informadas sobre as potenciais complicações, como insensibilidade do clitórios… ainda assim elas podem não mudar de ideia se têm a noção de que precisam de uma aparência mais jovem ou uma vulva mais perfeita ou mais desejável", disse o psicólogo Harriet Lerner, especializado em questões femininas.
Mais de 2.140 mulheres se submeteram a cirurgias de "rejuvenescimento vaginal" no ano passado nos Estados Unidos, de acordo com a Sociedade Americana para a Cirurgia Plástica Estética. Mas a Sociedade Internacional de Cirurgiões de Plástica Estética estima o total no país em 5.200 em 2010. Especialistas dizem que essas cifras não incluem muitos procedimentos feitos por ginecologistas.
A Acog alerta não apenas para os riscos da cirurgia na genitália, mas também enfatiza que a resposta sexual feminina é induzida por fatores psicológicos, e não pela aparência da genitália. A entidade pediu que seus membros estejam conscientes de como podem estar influenciando inconscientemente uma paciente ao falar sobre a cirurgia
Nos EUA, médicos dizem que desde adolescentes a mulheres na casa dos 70 anos querem conversar sobre a intervenção cirúrgica, que pode custar entre 2.500 a 12.000 dólares e não costuma ser coberta por planos de saúde.
"Eu digo a todas as pacientes que elas são normais do jeito que são", disse Miklos, que anualmente realiza cerca de 180 labioplastias, para cortar o excesso de pele ao redor da abertura vaginal. "Eu nunca sugeriria que elas fizessem uma (labioplastia). Qual é o tamanho certo de um nariz ou de um queixo? Isso é com cada indivíduo. É seu direito decidir", afirmou.
Pois é, viva a recauchutagem, para a alegria dos casais que acreditam que isso é necessário. Mas que seja de forma que esteja focada na necessidade do procedimento, mesmo que estético. Afinal, estar bem é a forma que buscamos oferecer alegria a quem está do nosso lado, e a nós mesmos, no caso, delas para nós...
Essa expansão ocorre apesar do alerta feito em 2007 pelo Colégio Americano de Ginecologistas e Obstetras (Acog, na sigla em inglês), que questionou fortemente a validade médica e a segurança da cirurgia cosmética no órgão sexual feminino. No começo deste ano a entidade debateu a tendência em seu encontro anual, em San Diego, na Caligórnia.
"Não foi comprovada a eficácia em nenhum desses procedimentos, e há um potencial de danos", escreveu a ginecologista Cheryl Iglesia, de Washington, ex-membro do comitê da Acog, em um editorial na publicação Obstetricia e Ginecologia, edição de junho. "As mulheres estão sendo enganadas ou estão confusas sobre o que é normal... e sobre o que constitui uma condição para a qual podem obter ajuda por meio de tratamento", escreveu ela no artigo.
Críticos dizem que a tendência é o mais recente serviço destinado a mulheres em busca de um ideal impossível de perfeição física, estimulado pela pornografia na Internet e propaganda de cirurgiões que podem não estar explicando todos os riscos, como infecções, cicatrizes, dor e perda das mesmas sensações que algumas pacientes buscam melhorar.
"Mesmo quando as mulheres são informadas sobre as potenciais complicações, como insensibilidade do clitórios… ainda assim elas podem não mudar de ideia se têm a noção de que precisam de uma aparência mais jovem ou uma vulva mais perfeita ou mais desejável", disse o psicólogo Harriet Lerner, especializado em questões femininas.
Mais de 2.140 mulheres se submeteram a cirurgias de "rejuvenescimento vaginal" no ano passado nos Estados Unidos, de acordo com a Sociedade Americana para a Cirurgia Plástica Estética. Mas a Sociedade Internacional de Cirurgiões de Plástica Estética estima o total no país em 5.200 em 2010. Especialistas dizem que essas cifras não incluem muitos procedimentos feitos por ginecologistas.
A Acog alerta não apenas para os riscos da cirurgia na genitália, mas também enfatiza que a resposta sexual feminina é induzida por fatores psicológicos, e não pela aparência da genitália. A entidade pediu que seus membros estejam conscientes de como podem estar influenciando inconscientemente uma paciente ao falar sobre a cirurgia
Nos EUA, médicos dizem que desde adolescentes a mulheres na casa dos 70 anos querem conversar sobre a intervenção cirúrgica, que pode custar entre 2.500 a 12.000 dólares e não costuma ser coberta por planos de saúde.
"Eu digo a todas as pacientes que elas são normais do jeito que são", disse Miklos, que anualmente realiza cerca de 180 labioplastias, para cortar o excesso de pele ao redor da abertura vaginal. "Eu nunca sugeriria que elas fizessem uma (labioplastia). Qual é o tamanho certo de um nariz ou de um queixo? Isso é com cada indivíduo. É seu direito decidir", afirmou.
Pois é, viva a recauchutagem, para a alegria dos casais que acreditam que isso é necessário. Mas que seja de forma que esteja focada na necessidade do procedimento, mesmo que estético. Afinal, estar bem é a forma que buscamos oferecer alegria a quem está do nosso lado, e a nós mesmos, no caso, delas para nós...
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