A mulher relatou ter sido molestada por um membro da tripulação, que estava "completamente drogado". Uma ex-enfermeira, Valentina B, que esteve sob o comando do controverso comandante Francesco Schettino em outro cruzeiro, o Costa Atlantica, afirmou que "a corrupção, a droga e a prostituição" reinavam a bordo. "Vi com meus próprios olhos um oficial aspirar cocaína", afirmou.
Para a funcionária, as condições de vida da tripulação do cruzeiro "eram péssimas" e o capitão tratava os funcionários "como escravos". Os diretores da Costa Crociere informaram que a empresa não tolera drogas a bordo dos cruzeiros e que seu pessoal passa por controles regulares.
Lembrando que em janeiro, após o naufrágio do Costa Concordia, que deixou 32 mortos, a companhia defendeu seu pessoal e elogiou tanto o profissionalismo quanto a coragem demonstrada pelos funcionários e tripulantes durante a tragédia. Schettino está em prisão domiciliar na Itália e é acusado de homicídio culposo múltiplo, naufrágio e abandono de navio, bem como omissão de socorro por ter evitado comunicar às autoridades marítimas a gravidade do acidente.
O Costa Concordia, no qual viajavam 4.229 pessoas de 60 nacionalidades (das quais 3.200 turistas que faziam um cruzeiro pelo Mediterrâneo), bateu contra uma rocha na noite de 13 de janeiro e naufragou em poucas horas. O acidente aconteceu depois que o capitão decidiu aproximar o navio da ilha de Giglio para entreter os passageiros, uma manobra considerada muito perigosa.
Após o acidente, Schettino fingiu, em suas conversas com a Capitania dos Portos, que estava dentro do navio e demorou em dar o alarme, retardando a evacuação dos passageiros. Além do capitão, seu imediato, Ciro Ambrosio, e outras sete pessoas, entre elas dois diretores da Costa Crociere, são investigados pela justiça.
O que denota-se é uma conivência da empresa, que claramente instruía que seus navios passassem próximos à costa (para não dar as costas...) buscando maior visibilidade e encanto aos turistas, que almejavam observar as belezas naturais e outras nem tão naturais assim. Dizer que haviam festas, orgias, consumo de drogas e outras coisas, talvez não seja novidade, afinal o que cada um faz nos seus momentos de lazer é pessoal e privado.
Esse tipo de "informação explosiva e contundente", apenas denigre ainda mais a imagem de uma empresa que estava fazendo o sonho de consumo de muita gente, que era dar uma porção de férias e luxo, antes limitada à quem possui muito, e hoje, quem não tem tanto dinheiro, pode parcelar no cartão de crédito em suaves prestações por algumas dezenas de meses...
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