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quarta-feira, 7 de março de 2012

Parques de Diversão: Quem fica feliz? - Sociedade/Economia

Houveram no Brasil, alguns acidentes recentes envolvendo falha de manutenção, fadiga de materiais e falha na operação. Um ocorreu dia 24, envolvendo o Hopi Hari, com um óbito. Não escreverei sobre o acidente em si, pois acho que ele se esgotou e estará sendo repetido à exaustão ainda por mais alguns dias até surgir tema relevante novo.
Hoje quero escrever sobre o negócio, a operação de entretenimento envolvendo parques temáticos. Uma matéria interessante saiu a alguns anos, informando sobre o parque tema do momento, por ter sido um projeto que nunca se consolidou.
 Nem a turma do Pernalonga, nem a nova montanha-russa que deve ser inaugurada em maio, parecem capazes de arrancar um sorriso dos donos do Hopi Hari. O parque de diversões há tempos acumula mais problemas do que atrações.
Inaugurado em 1999, a construção do parque na cidade de Vinheiro, interior paulista, consumiu 200 milhões de dólares, num investimento conjunto da GP, maior gestora de fundos do país, e de quatro fundos de pensão - Previ, Funcef, Petros e Sistel, o ambicioso projeto nunca decolou. Endividado, o Hopi Hari foi vendido para a consultoria Íntegra em junho de 2009. E, como todo dono novo, seu objetivo era tirá-lo do limbo e finalmente ver algum lucro.
Idealizado pelos criadores do Playcenter, que por limitações de espaço viu seu público diminuir e, como conseqüência, impedir aquisição de novos equipamento para alavancar a frequência. O objetivo inicial foi, primeiramente criar um local próximo ao maior pólo econômico, buscando  reproduzir no negócio a fórmula de sucesso do Magic Kingdom, do complexo americano da Walt Disney Company, na Flórida – e angariar parte dos 300.000 brasileiros que viajavam todos os anos para o parque da Disney. Ou seja, atrair visitantes de alta renda para um parque temático e sofisticado, fato nunca obtido.
O faturamento projetado de 200 milhões de reais por ano jamais se concretizou. No seu melhor desempenho, em 2008, o parque recebeu 1,8 milhão de turistas e faturou 70 milhões de reais. A dívida, que chegava a 500 milhões de reais, não permitia que os controladores fizessem mais investimentos, nem se desfizessem do negócio, previsto para dar lucro em 18 meses.
A solução foi passar os negócios para a consultoria Íntegra. A empresa o comprou por 1 centavo de real para cada lote de 100.000 ações e assumiu o equivalente a 180 milhões de reais em dívidas, estima o mercado. De imediato, a nova dona teve de fazer um investimento de 10 milhões de reais no caixa da empresa, com o intuito de aumentar o número de visitantes. Mas os investimentos não pararam por ai.
A parceria recente do Hopi Hari com a Warner envolveu estimados 100 milhões de reais por parte do parque temático. Pelo acordo, a área chamada Infantasia do parque, dedicada às crianças, foi tematizada, a partir de janeiro, com os personagens Looney Tunes, incluindo Pernalonga, Patolino, Taz, Piu-piu e Frajola, inseridos em oito atrações. Foi a estreia da Warner em espaços desse tipo no Brasil.
Para maio, está prevista a inauguração de uma montanha-russa, avaliada em 12 milhões de reais. O intuito é diminuir o intervalo de retorno dos visitantes, atualmente de cerca de dez meses. Existe também um projeto do SBT de realizar um programa mensal no parque, visto que são parceiros de longa data com a Warner.
Quem sabe, havendo maior facilidade de acesso, talvez facilite sua visitação. Não digo acesso ao parque, mas a rodovia que chega à cidade de São Paulo, que como todo trânsito caótico, trava no final do dia e início da noite, tornando ainda mais cansativo um passeio que seria de lazer e descontração, guardando o restante, apenas o cansaço da diversão e não o estresse da cidade...

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