Diz o ditado que um raio não atinge o mesmo lugar duas vezes... Nem sempre isso pode ser considerado como verdade máxima. Algumas coisas acontecem, de forma semelhante, ou em sequencia, cada vez mais inoportuna.
Um barco de pesca francês começou dia 28 de fevereiro, a rebocar o cruzeiro italiano Costa Allegra, que ficou à deriva no Oceano Índico após um incêndio. Enquanto isso, um helicóptero decolava da ilha de Mahè, em Seychelles, para levar mantimentos e equipamentos de comunicação para o navio, que tem 643 passageiros e 413 tripulantes a bordo. A expectativa era que o cruzeiro chegasse à ilha de Desroches, também em Seychelles, na manhã do dia 29. Depois, os passageiros foram levados a Mahè, maior ilha do arquipélago, por avião ou barco. A transferência, porém, poderia levar bastante tempo, já que o aeroporto local tem capacidade apenas para aviões de pequeno porte, capazes de levar no máximo 20 passageirosO navio ficou à deriva dia 27, após um incêndio rapidamente controlado ter deixado o navio sem energia e feito com que o motor parasse de funcionar. O governo da Itália providenciou o envio de mais três navios e um barco pesqueiro para auxiliar no resgate.Segundo a guarda costeira italiana, o Costa Allegra ficou sem ar-condicionado, a cozinha não funcionava e o gerador de emergência para o rádio de bordo poderia perder sua capacidade a qualquer momento. A Costa Cruzeiros, empresa operadora do navio, afirmou que as condições da embarcação foram estáveis e seguras e que nenhum passageiro ficou ferido.
A operadora é a mesma do navio Costa Concordia, que naufragou na costa italiana em janeiro, provocando a morte de 32 pessoas. A empresa entrou em contado com dois terços das famílias dos passageiros e afirmou ter colocado um telefone de emergência à disposição de familiares, no dia seguinte ao fato.
O navio ficou em um local considerado perigoso por conta da atuação de piratas somalis. Mas uma porta-voz do governo de Seicheles afirmou à BBC que os ataques a embarcações na região caíram no ano passado e que a segurança aumentou.
O navio possuía com nove guardas armados a bordo, e outros seguranças estariam na traineira francesa. Um avião do governo de Seicheles também estaria fazendo sobrevoos para patrulha aérea. Os piratas da região nunca atacaram um navio de cruzeiro. O Costa Allegra havia saído no sábado de Madagascar e deveria chegar em Seicheles no sábado. O itinerário do cruzeiro incluía também Alexandria, no Egito, e Nápoles, na Itália.
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