Apesar que tenho evitado, não posso me omitir: O Caso Palocci vai gerar muito conflito ainda. É estranho ver pessoas que foram e são influentes nas mais altas esferas governamentais, atuarem dentro da iniciativa privada. Isso é conflito de interesses. Quem se volta para cargos públicos (cargos eletivos), devem se dedicar ao público, não a interesses pessoais. Ao menos é assim que deveriam ser os políticos. Defendendo interesses de classes, de atividades, de grupos, mas não objetivando se enriquecer com a facilidade nos meios...
Bem, essa visão é romântica, teórica, onde isso deveria ser o certo. Quem se elege, deve representar quem o elegeu. Ser fiel à bandeira que carregou durante a campanha. No caso em questão vemos uma pessoa, que estava próxima do Governo, inclusive como coordenador de campanha da Candidata à época, hoje presidente, do bloco da situação. Tolos seriamos em acreditar que ele não possuía acesso a informações privilegiadas. Mas incautos seríamos acreditar que o tratamento a ele, seria semelhante ao que transformou num inferno a vida de um Jardineiro que ousou contar o que ele sabia. Se lembram, o caso Francelino, ele teve sua vida vasculhada e teve que explicar um valor que recebeu.
Somos os responsáveis pelo que está ai, nos gerindo. Achar que ele o fez dentro da legalidade, pode até ser, mas não dentro da moralidade. Quem o contratou sabe o que e por que o fez. Está ganhando dinheiro, e muito, mesmo alegando que não fez negócios com o governo, mas teve acesso a informações com respaldo do governo. Fica uma pergunta de que como alguém, que é Deputado Federal, coordenador da campanha presidencial, possui tempo para prestar consultoria???
Ele deu uma entrevista, achando que com isso seria o suficiente, se esquivando de muitas perguntas, alegando sigilo. Oras, não é ele homem público? Sua vida não deve ser transparente?
E o partido então, antigamente cheio de ética, onde foi parar isso? A presidente está refém sendo ele moeda de troca, pelos partidos de sustentação. Acho que este país deve fechar para balanço e repensar qual o caminho que devemos seguir. Ou esse tipo de situação deixa de existir, ou nos transformaremos num país marcado pela corrupção e oportunismo, onde ficaremos à mercê das bolsas sociais que nada acrescentam na dignidade, apenas viram esmolas para contentar o rebanho eleitoral que acaba vivendo no comodismo das ideologias hipócritas, que só valem quando não são governo.
Hora de pensar já passou...
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