Neste domingo deverá ocorrer a 15a Parada Gay, para um público estimado em 3 milhões de pessoas. Deverão ocorrer diversas interdições de ruas e avenidas para a passagem dos manifestantes, que fazem uma festa, com a participação de vários Trios Elétricos.
Acontece que na quinta feira passada, aconteceu a Marcha para Jesus, que reuniu segundo a polícia, cerca de 1 milhão de pessoas, também interditando várias ruas, em sua 19a celebração.
Além da grande concentração de público, a de hoje provoca os religiosos utilizando como tema: "Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia". Na Marcha Religiosa, virou um ato contra a união homo-afetiva aprovada pelo STF. Em nota a Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT) de São Paulo justificou: "Respeitosamente, nos apropriamos da frase 'Amai-vos uns aos outros' para pedir fim à guerra entre religião e direitos humanos, financiada por aqueles que dão voz aos fundamentalistas e extremistas que ocupam as cadeiras do Parlamento."
O que observo é radicalismo que cada vez mais ao invés de caminhar para uma discussão revela a intolerância mútua. Por um lado a insistência em transformar uma situação social, com o reconhecimento de um novo tipo de núcleo familiar, em ato religioso (persistem em chamar de casamento Gay), do outro, em negar para pessoas que se relacionam afetivamente com pessoas de mesmo sexo, negando a religiosidade e convivência, mesmo sabendo que entre frequentadores, existem aos montes (homens e mulheres), com casos mais do que evidentes, marcados por escândalos...
Está na hora da sociedade evoluir e focar suas discussões em objetivos maiores, não discutindo o que acontece na alcova vizinha, mas no caos da sociedade política. Seria muito mais interessante, observar o que acontece além do próprio umbigo que apenas ficar buscando alternativas para justificar radicalismo mútuo. A união homo-afetiva, com o reconhecimento social é um grande passo, mas querer transformar um ato religioso, ainda leva muito tempo, mas negociando, não querendo impor. Acredito que toda pessoa batizada, seja ela em qualquer rito tem direito aos, considerados, sacramentos religiosos, desde que respeitado o momento e aceitação da sociedade. Partilhem de vitórias sim, só não busquem nisso, provocar discórdia, isso não ajuda em nada quaisquer lados...
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