A notícia não é nova, mas a propagação, cada vez mais evidente. Uma espécie originária da região do Indo-Pacífico, muito procurada por sua beleza ornamental, hoje é motivo de preocupação em vários ambientes, pois está se propagando em outros locais que não possuem predadores naturais. Trata-se do Peixe-Leão.
Esse animal, de grande beleza, possui espinhos espalhados por seu corpo, que contém duas glândulas que produzem e armazenam veneno, que quando tocada, provoca dor intensa localizada. Costuma viver em recifes, suportando temperaturas de até 11oC.
Sua infestação pelo mar do Caribe, deu-se, segundo informações, após terem escapado de um tanque nos Estados Unidos. Existem estudos de tentativa de captura, mas como vivem perto de recifes e muito fundo, as redes costumam não conseguir pega-los, sendo caçados por pescadores manualmente, mas poucos se arriscam a manipular sua carne, devido aos espinhos.
O peixe é um predador temido, que pode devastar populações de peixes onde estiver. Sua alimentação consiste de qualquer outro peixe ou crustáceo que caiba em sua boca - incluindo filhotes de peixes bem maiores que ele. As espécies nativas são presa fácil, já que nunca viram um peixe-leão em sua história evolutiva e não o reconhecem como ameaça. Ao mesmo tempo, predadores maiores, como tubarões, moreias e garoupas, que poderiam devorá-lo, ignoram-no. Talvez, por questões evolutivas. Ou pelos 18 espinhos cheios de veneno espalhados pelo corpo. Em resumo: o peixe-leão come de tudo, mas nada o come. Cientistas dizem que o peixe pode produzir 30 mil ovos numa única desova, e consegue desovar até uma vez a cada quatro dias.
Em breve, se continuar sua propagação, será ele responsável por desastres ambientais nos recifes do litoral brasileiro...
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