Segundo a ONG World Cancer Research Fund (WCRF) - como o pessoal gosta de criar siglas - houve um aumento de 20% nos casos de câncer no mundo, estimando um total de 12 milhões de pessoas acometidas pela doença a cada ano, ou, um pouco mais que uma cidade de São Paulo. Isso sugere um cresciemnto na incidência, visto que a população mundial aumentou 11% em dez anos, passando de 6,2 bilhões para 6,9 bilhões de habitantes, segundo estatísticas da ONU (Organização das Nações Unidas). Mantendo-se essas proporções, para os próximos anos, poderá haver uma ampliação significativa.
Os dados brasileiros, relacionam à 2008, apontando serem mais comuns, entre os homens, o de próstata e pulmão. Para as mulheres, na ordem vem o de mama e colo de útero.
O alerta é feito em antecipação à conferência da ONU, entre 19 e 20 de
setembro, sobre as chamadas doenças não transmissíveis - câncer, males
cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e diabetes.
"As doenças não transmissíveis são uma ameaça ao mundo inteiro e, em
particular, países em desenvolvimento", diz comunicado da WCRF.
Mas oras, por que em especial a preocupação nos países em desenvolvimento?
Muitos casos de câncer estão associados ao estilo de vida. Com o aumento do poder econômico, as pessoas abandonam algumas práticas que podem interferir e direcionar. Passam a consumir mais alimentos industrializados, diminuem à prática de exercícios (ao invés de andarem a pé usam carros), com isso, obtém-se números assustadores. Sedentarismo, má alimentação e estresse formam uma combinação perigosa.
Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do IBGE, apontam um
ritmo crescente de obesidade entre as crianças brasileiras: cerca de 16% dos
meninos e 12% das meninas com idades entre 5 e 9 anos são hoje obesas no país,
quatro vezes mais do que há 20 anos. Ainda observa-se um aumento nas taxas de excesso de peso, que
passaram de 42,7%, em 2006, para 48,1%, em 2010, segundo pesquisa do Ministério
da Saúde.
Conclui-se que um país em crescimento econômico, consegue absorver muito mais que melhorias no poder de compra, mas adquire os males do dito progresso, que fomenta consumo desenfreado de bens, mudanças no comportamento, social inclusive, e, inversamente em fornecer melhor saúde à população, está se oferecendo melhoria nos diagnósticos. Não seria mais interessante haver uma melhoria na comunicação e incentivo à práticas maus saudáveis desde os primeiros anos nos bancos escolares, podendo a hoje criança, no futuro, decidir se ela busca, não apenas ganhar dinheiro e consumir, mas ter qualidade de vida?
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