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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Yahoo: Desafios à frente - Tecnologia/Economia

Como estou já tem um tempinho na internet, lembro dos indexadores dos endereços "www". Alguns foram criados por empresas de tecnologia como o AltaVista, ou HotBot, ou Excite. No Brasil criou-se o Aonde e o Cadê, este último adquirido pelo Yahoo.
Mas, falando do Yahoo, ele foi um marco no segmento. Criaram uma ferramenta que conseguia indexar e dar relevância. Com isso, criou-se o conceito de propaganda por banners, links patrocinados e outros, que engordaram as contas dos executivos, e transformaram seu valor de mercado astronômico.
Houveram contratempos, como o estouro da Bolha. Mas a empresa, criativa e inovadora, parou no tempo. Se agarrou nos sucessos dos anos 90, sem buscar uma evolução. Com isso, observou o crescimento de outros locais de busca, e consequente, migração de propaganda. O MSN se tornou grande, mas também com uma empresa gigante, se movimentou pouco. O Google, por inovação e formato, se tornou o foco, e agora, é também afrontada pelo Facebook.
O Yahoo, possuí ferramentas excelentes, a contar pela estabilidade e segurança do e-mail. Mas, outros produtos, por falta de inovação, ou mesmo incentivo, se perdem. Hoje as empresas que vendem espaço publicitário e ferramentas para tal precisão de que os usuários fiquem um bom tempo à frente das telas.
Nos últimos 5 anos, a empresa teve três presidentes. Houve tentativas de fusão, ela perdeu valor de mercado, e mais que isso, perdeu espaço dos anunciantes.
A última queda foi de Carol Bartz, demitida por telefone. Ela passou mais de 2 anos reestruturando a empresa. Os executivos a consideravam a cominação exata da experiência e conhecimento que necessitavam, quando a contrataram em 2009.
No meio empresarial, quando as coisas começam a derrapar, com queda nas receitas, ou insatisfação dos acionistas, que querem mais dividendos de forma rápida, os gestores adotam a política de cortes. Buscam na redução de custos melhorar sua visão no mercado, e com isso ganhar fôlego para tentar outras alternativas menos onerosas e que possuam resultados imediatos.
Carol assim o fez,  tentando reviver a empresa por meio de corte nos gastos, fechando e vendendo alguns serviços que poderiam ser promissores, mas consumiam recursos. Essas medidas não foram suficientes.
O Yahoo precisa tentar responder se, ainda tem capacidade de conseguir ainda ter brilho, junto aos jovens, como no passado, quando comandou o boom da internet. Alguns alarmistas consideram que caso não consiga sair do marasmo, ela deverá se desmembrar para se salvar.
Saudosismo à parte, tenho profunda simpatia pela empresa, acho sensacional, e lamento que a criatividade sempre tenha que ser vista em segundo plano, ante à necessidade de ganhos imediatistas. O Google já começa a enfrentar isso, e a próxima vítima pode ser o Facebook. Afinal, os investidores, quando colocam dinheiro em um projeto querem resultados, e isso significa dividendos...

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