Hind Ahmas, de 32 anos, foi condenada a pagar multa de 120 euros e Najate Nait Ali, de 36 anos, a pagar 80 euros. O tribunal não condenou as duas a assistir ao curso de cidadania, como pedia a promotoria, que também solicitara multas de 150 euros. As mulheres não puderam assistir à audiência desta quinta porque chegaram tarde. Durante a primeira audiência, meses atrás, uma delas não pôde entrar porque se negou a tirar o véu integral que usava. Conhecida a sentença desta quinta, o advogado da associação "Não toque na minha Constituição", que defende as mulheres que usam o véu islâmico, disse que as duas condenadas apelarão ao tribunal de Cassação e que, em caso de confirmação da pena, recorrerão à Corte Europeia de Direitos Humanos.
A França, que abriga a maior comunidade muçulmana da Europa, com seis milhões de pessoas, foi o primeiro país europeu a adotar uma lei semelhante, apesar de outros países - Suíça, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Espanha e Alemanha - estudaram medidas similares. Nos últimos dois anos, o governo conservador francês dirigido por Nicolas Sarkozy, que pensa em concorrer à reeleição em 2012, promoveu fracassados debates sobre a identidade nacional, o lugar do Islã, a imigração, a deliquência e o laicismo. Em 16 de setembro passado, entrou em vigor na França a proibição de realizar a oração muçulmana das sextas-feiras na rua, uma prática que surgiu nos últimos dez anos devido à falta de mesquitas suficientemente grandes, em particular em Paris.
A burca ou niqab são véus que cobrem a mulher da cabeça aos pés, com apenas uma pequena abertura na altura dos olhos
Mas, entendendo um pouco de sociedade, onde ficam os direitos constitucionais das pessoas? A forma como estão fazendo simplesmente jogam sobre aqueles que professam uma fé, a culpa pela intolerância de uns poucos, que dentro do radicalismo, justificam seus atos contra a humanidade. Sempre houve discórdia, por conflitos de terras, de bens, sera que algum dia conseguiremos conviver de forma harmônica?
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