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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Doação de órgãos: Um ato de amor - Sociedade/Comportamento

Sempre entendi que existem atitudes que nos dignificam. Outras, mostram o despojamento que fazemos em benefício de outras pessoas que necessitam de uma ajuda. Sou doador regular de sangue, sei do meu papel, e sou saudável, então, nada me impede que eu faça esse ato de amor a quem não tenho a menor ideia que seja, mas estou dando um pouco de mim...
Também tem campanhas que ajudo, como no Teleton, onde conheço a seriedade, apesar de que algumas coisas não me agradam, além de campanhas como Mutirão da Catarata, promovida por um político amigo, onde se consegue ajudar quem precisa. Mas o que dizer quando precisam de nossa ajuda e não podemos, mesmo que queiramos, fazer algo pelos outros?
O número de doadores de órgãos no Estado de são Paulo registrou uma pequena queda este ano, de 5%, depois de acumular um recorde histórico em 2010, segundo balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados da Central de Transplantes. De janeiro a 15 de setembro houve 603 doações, contra 635 no mesmo período de 2010. O número, no entanto, é 23% superior aos 490 doadores computados entre janeiro e 15 de setembro de 2009. O total de transplantes realizados no Estado caiu 7,3% até 15 de setembro, ficando em 1.624, contra 1.505 no mesmo período de 2010. Em 2009, até a metade de setembro, foram 1.376 cirurgias.
Apesar da queda, a taxa média de doadores paulistas por milhão de população neste ano, de 19,5, é superior a de países como a Argentina (14,3), cuja população estimada é semelhante ao Estado de São Paulo. Houve neste ano, até 15 de setembro, 49 transplantes de coração, 89 de pâncreas, 1.004 de rim, 420 de fígado e 21 de pulmão. Os dados não computam transplantes intervivos.
Essas são informações da Secretaria de Saúde do Estado de São paulo, e podem refletir uma característica mundial. Desconheço campanhas de incentivo à doação de órgãos. Uma ou outra, deve aparecer, mais como algo que jogam numa programação ou num dentro de um horário inadequado, ou seja por desconhecimento ou preceitos absurdos.
Existe também, isso não se pode desconsiderar, que muitos doadores, perdem suas vidas devido à doenças infectocontagiosas, o que agrava o problema da falta de doadores de órgãos. Pessoas que apresentam no histórico de saúde doenças como AIDS, hepatite B e C e doença de Chagas, dependendo do órgão a ser doado, são descartadas da lista de doadores.
O ideal seria ensinar desde as primeiras lições às crianças a importância da doação. Isso deve ser regular e constante, pois acabamos "esquecendo" que outras vidas podem ser beneficiadas. Sendo prático e objetivo,  quando alguém falece, o que será enterrado ou cremado, não fará falta mais, então, por que os familiares, não podem ajudar e possibilitar a continuidade da vida de outra pessoa? Afinal, mesmo que a pessoa manifeste em vida seu desejo, dependerá dos familiares, autorizar ou não a doação dos órgãos.
Sei que o momento da perda não é o mais apropriado, mas devemos por isso, nos preparar desde cedo a encarar isso como uma possibilidade. Para quem consegue pensar e agir de forma humanitária, por muitas vezes, observa no receptor, uma parte daquele(a) que partiu, mas permanece de certa forma, vida no corpo de outrem... Isso poderia ser uma forma de dar continuidade a quem amamos e nos separamos, de estar mais um tempo junto a nós...

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